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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

08
Dez06

A INVENÇÃO DE GARDEL

shark
tango magic.jpg
Existem pessoas cuja passagem pelo mundo deixa um rasto mais intenso, uma marca indelével que muitas vezes nem associamos a alguém em concreto mas que acaba por influenciar aspectos importantes da nossa vida.
Alguns dedicaram-se a salvar vidas, a mudar o rumo da História ou a contribuir com o seu génio para enriquecer a Cultura.
Outros apenas contaram com a dedicação extrema a uma qualquer actividade humana.

Foi o caso de Carlos Gardel (Charles Romuald Gardés), que se presume argentino mas terá nascido em França (Toulouse). E essa conotação imediata deste nome com a terra das pampas deriva precisamente do facto de ele ser a maior referência mundial quando se fala de tango.
E se é incerta a verdadeira origem deste género musical e de dança dita de salão que se atribui aos prostíbulos de Buenos Aires do início do Séc. XX, ninguém pode negar à memória de Gardel o facto de ter sido sua a invenção do tango tal como hoje o admiramos.

O tango representa acima de tudo romance, paixão intensa, harmonia perfeita entre uma mulher e um homem que se desenham na pista ao ritmo de uma música que fala de sedução. E é aqui que entra a figura do señor Tango, um homem que abraçou esta forma de expressão com um charme latino e com um empenho que o imortalizou por imediata associação de ideias.
Cantor e actor, El Morocho conferiu ao tango a aura romântica que ainda perdura. Se à valsa ligamos a dança “nas nuvens” sob a luz dos candelabros palacianos, o tango é a expressão mais carnal e intensa da magia que emana de um par mergulhado num ritmo e numa forma de estar.

E por forma de estar entendo aquela que distingue os latinos dos restantes no que concerne ao amor e à sensualidade, reconhecida globalmente, e que urge preservar como qualquer outro traço que nos diferencia de entre a população mundial.
Nessa perspectiva, o tango é um símbolo que se ouve e se dança.

Com um olhar em chamas e uma alma incendiária.
08
Dez06

DIVORCIADOS DA RAZÃO

shark
Estavam casados há uns anos e a coisa não resultou. Cada um para o seu lado, o dia ganho pelo advogado no litígio que depressa assumiu o descontrolo da situação. O costume, em boa parte das relações conjugais que se apagam como velas ainda cheias de cera e de pavio. Sopradas pelo vendaval da discussão.

Foi ela quem saiu, coisa rara, e não cuidou de alterar a morada nos contratos que só a si interessavam. O seguro do carro, por exemplo. Cujo aviso de pagamento ele terá recebido na caixa de correio que ambos partilharam enquanto a harmonia reinou. Tudo se esfumou ao vento, as coisas boas também, tábua rasa. O aviso não chegou às mãos a que se destinava e o seguro caducou.
Ela não reparou até ao dia em que se viu culpada de um acidente de viação.

O ex, que terá talvez todas as razões válidas para a odiar (e nem isso justificaria um acto/omissão tão irresponsável), comportou-se de uma forma ingrata, infantil e leviana. Canalha, se quiserem. E é fácil de ver porquê.
As relações entre as pessoas são difíceis de manter, sobretudo quando às diferenças se somam as divergências, o despertar sem maquilhagem, o wc partilhado e o fim do amor ou da pachorra. Por isso as relações podem acabar, de uma forma tão natural como começaram. E entretanto acontecem uma data de coisas boas e outra data de coisas más.

Nenhuma delas pode justificar o risco de mandar alguém que um dia no passado uniu o destino com o seu, a fé que nos move até que a vida os separe, para uma armadilha que pode implicar coima pesada, apreensão do veículo e, se as coisas correrem mesmo mal, uma pena de prisão.
Não consigo encontrar sentido numa "vingança" assim.

Gosto de pessoas. Mas ele há dias...

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