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Dez06
A POSTA FORA DA LEI
shark
Já há uns meses que o grupo congemina um plano para que nada possa correr mal. Detalhes acertados em diálogos cifrados para despistar as escutas, tudo definido ao pormenor. Um esquema traçado por verdadeiros profissionais da coisa, calejados por situações precedentes em que o resultado
Bom, o resultado foi sempre o mesmo e todos escapámos impunes.
Amanhã vou de novo fazer parte de um comité que executará a sentença letal, numa cerimónia sangrenta. E ilegal.
Nada me move contra o alvo seleccionado. Aliás, nenhum dos membros deste gang improvisado possui questões pessoais ou outras que possam justificar o acto que, sem dúvida, praticaremos com a limpeza do costume. Tudo muito rápido, eficaz, implacável e assassino.
Não se pode hesitar, agora que a vítima potencial já se encontra em nosso poder. Cativa num espaço exíguo onde vive neste momento as suas horas derradeiras, ignorando o destino que lhe está reservado. Um final marcado para as primeiras horas da manhã.
Não sei se pressentirá o momento da agonia pouco antes de o arrastarmos ao cadafalso, pouco me interessa. O seu último suspiro acontecerá minutos depois.
E de seguida o ritual macabro de esquartejamento da única prova do crime que algum dia existirá.
Ninguém saberá, excepto os envolvidos, o que está na origem do seu desaparecimento.
Ninguém saberá como morreu numa manhã escolhida ao acaso pelos seus algozes de avental, gente anónima e comum. Clandestinos, como eu o serei na ocasião.
Confio plenamente nos meus cúmplices nesta matança, não há chibos entre nós.
E estou certo de que o porco, mesmo que conheça a legislação comunitária que o pouparia a tal fim, não conseguirá gritar alto o bastante para nos denunciar.
Jorrará o sangue nos alguidares e depois fazemos uns chouriços, umas morcelas, umas febras. Tudo bem regado com um tinto regional
NOTA: Esta era a posta de ontem. Não foi publicada pelo motivo do costume. Se não sabem que motivo é esse, perguntem à malta que cuida do Weblog.
Bom, o resultado foi sempre o mesmo e todos escapámos impunes.
Amanhã vou de novo fazer parte de um comité que executará a sentença letal, numa cerimónia sangrenta. E ilegal.
Nada me move contra o alvo seleccionado. Aliás, nenhum dos membros deste gang improvisado possui questões pessoais ou outras que possam justificar o acto que, sem dúvida, praticaremos com a limpeza do costume. Tudo muito rápido, eficaz, implacável e assassino.
Não se pode hesitar, agora que a vítima potencial já se encontra em nosso poder. Cativa num espaço exíguo onde vive neste momento as suas horas derradeiras, ignorando o destino que lhe está reservado. Um final marcado para as primeiras horas da manhã.
Não sei se pressentirá o momento da agonia pouco antes de o arrastarmos ao cadafalso, pouco me interessa. O seu último suspiro acontecerá minutos depois.
E de seguida o ritual macabro de esquartejamento da única prova do crime que algum dia existirá.
Ninguém saberá, excepto os envolvidos, o que está na origem do seu desaparecimento.
Ninguém saberá como morreu numa manhã escolhida ao acaso pelos seus algozes de avental, gente anónima e comum. Clandestinos, como eu o serei na ocasião.
Confio plenamente nos meus cúmplices nesta matança, não há chibos entre nós.
E estou certo de que o porco, mesmo que conheça a legislação comunitária que o pouparia a tal fim, não conseguirá gritar alto o bastante para nos denunciar.
Jorrará o sangue nos alguidares e depois fazemos uns chouriços, umas morcelas, umas febras. Tudo bem regado com um tinto regional
NOTA: Esta era a posta de ontem. Não foi publicada pelo motivo do costume. Se não sabem que motivo é esse, perguntem à malta que cuida do Weblog.