Existem escolhas terríveis, situações impossíveis por não deixarem opções ganhadoras ao nosso dispor. Perdas inevitáveis nos dois lados da decisão a tomar.
Contudo, a vida continua. Mesmo quando as circunstâncias nos empurram para a necessidade de escolher o menos mau dos caminhos, para evitar o amorfismo de uma alternativa comprovadamente pior.
Mas os dias têm passado. E eu estou a reaprender-me no silêncio, em recolhimento de monge urbano no seu pequeno casulo da capital.
Enfiado no meu mundo privado e com a certeza absoluta de a minha existência não chatear seja quem for.
A sós comigo, autista.
Cada vez mais irrequieto o instinto predador.