Meteu a ferramenta na boca dela e aguardou uma reacção. Ela assentiu com um piscar de olhos e ele deu início a um suave rodeio nas bordas daquele buraco que lhe competia tapar.
Sentia-a tensa, receosa, e tentou tranquilizá-la com o olhar enquanto prosseguia o movimento delicado. Entrava e saía daquela boca sem um pingo de emoção, alheio aos pequenos saltos que o corpo dela produzia quando ele avançava um pouco mais.
Esteve naquilo um bocado, até que decidiu ir mais fundo na questão. De imediato ela gemeu.
Perguntou-lhe se doeu e ela fez que sim com a cabeça.
Decidiu então abordar outro orifício, aproveitando o ensejo de a ter disponível para a função. Sabia-a medrosa, raramente a conseguia apanhar naqueles propósitos e empenhou-se em dar o seu melhor para aproveitar ao máximo a situação.
Ela gemia enquanto o seu corpo se contorcia, ele abrandava um pouco e depois recomeçava o acto. Cada vez mais apressado pela pressão do tempo que passava. A outra, que se seguiria, aguardava impaciente na sala contígua o momento de abrir a boca para o receber. E ele temia o adiamento, privava-o do sustento que obtinha daquela forma, insaciável no seu furor invasivo.
Alternou entre os buracos à disposição, consoante os sinais que ela lhe transmitia. Um gemido mais forte, uma mão que se erguia pedindo clemência, um pouco mais de paciência para com as suas hesitações. E ele concentrava noutra cavidade o seu talento reconhecido, a sua exímia destreza para cobrir com uma substância esbranquiçada qualquer espaço necessitado de um tratamento eficaz.
Meia hora mais tarde deu por terminado o serviço, satisfeito com o resultado obtido.
Olhou-a com um sorriso, deu-lhe os parabéns pelo comportamento exemplar.
E depois, olhando o relógio, apressou-a.
Mandou-a bochechar.
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