A Lei define, e muito bem, quantos copos podemos beber até atingirmos o limite estipulado como máximo e a partir do qual deixamos alegadamente de poder conduzir com a mesma segurança.
E esse limite, que é atingido com maior ou menor facilidade consoante os tipos de bebida (e de pessoa), acaba por fazer a distinção entre os efeitos das diferentes opções ao nosso dispor na garrafeira.
Contudo, e agora que as autoridades se preparam para estrear o novo aparelho que detecta a presença de drogas no organismo, ainda não tomei conhecimento de quantos charros ou snifes de coca podem consumir-se até se atingir o limite equivalente ao das bebidas alcoólicas.
E a avaliar pela mentalidade tacanha que insiste em misturar no mesmo saco as drogas leves com as duras, omitindo por exemplo o efeito dos drunfos (que tantas tias consomem à fartazana para combaterem a neura), é de prever que ninguém se tenha dado ao trabalho de distinguir os efeitos das diferentes substâncias na capacidade efectiva de manobrar máquinas e em particular os veículos automóvel.
Isso leva-me a concluir que o Estado apenas pretende explorar um novo filão tapa-buracos à custa do maior número possível de cidadãos, aproveitando para infligir um golpe de misericórdia na questão da liberalização do consumo das drogas leves que, como se sabe, depende em absoluto da mentalidade vigente.
E essa é que colocará o cidadão caçado depois de fumar um charro de erva que lhe dá vontade de rir no mesmo plano do que consumiu heroína ao ponto de nem ser capaz de conduzir um carrinho de mão.
Soa-me imbecil.
Nota: Em condições normais nunca deixaria a caixa de comentários de uma posta destas fechada, pois não receio o debate das minhas posições e até a sua contestação.
Se testarem as caixas das postas abaixo percebem logo porquê.
Mas fica disponível o email sharkinho at gmail dote come para quem não consiga reprimir uma reacção a estas palavras.