Foto: SharkJá pouco resta daquilo que foi. Cada vez mais sobra daquilo que seria.
O desperdício de um futuro alimenta-se do que num passado se acumula em vão. Simples termos de comparação, engolidos pelo tempo, soprados pelo vento das páginas de um menu escrito à pressa na areia de uma praia qualquer. Efémeros.
Sem opção, a fome da emoção devora no presente as raízes daquilo que a alimentaria depois de crescer.
Semear para colher.
Temporais, coisa trágica.
A esperança, tão humana, tem instintos canibais.
E a memória, leviana, tem tiques de autofágica.