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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

21
Ago06

A POSTA QUE NÃO SABEMOS DE QUEM ELE ESTÁ A FALAR

shark
catedral da luz.JPGFoto: Shark

De vez em quando gosto de fazer uma incursão pelo tema Blogosfera. Bem sei que pouco interessa a quem não avalia esta realidade sob o prisma de quem a constrói. Mas para quem se integra no grupo dos que fazem acontecer, existem tópicos que nos tocam de forma mais notória.

Isto a propósito de algo que li no espaço do Weblog.pt, nomeadamente numa discreta referência à criação de uma listagem editada do Blogómetro (um medidor de “audiências”). Para resumir, os editores desta listagem decidiram criar duas em paralelo, uma com “tudo ao molho e fé em Deus” e uma outra, a nova, onde sob critério dos editores são eliminados, por exemplo, os blogues de cariz pornográfico.
Mas não é essa a questão que move estas palavras e sim um comentário do Ognid, do Catedral, a propósito dessa inovação de utilidade ainda por comprovar mas reveladora de um novo empenho por parte de quem gere esta plataforma. E reza assim a parte que prendeu a minha atenção:

Não me aquece nem me arrefece nada disso. Se os blogs mais vistos são os porno então devem estar nos lugares que ocupam pelas visitas que têm. Pior, muito pior, é quem utiliza métodos "menos limpos" para aumentar o número de visitas. E há para aí muitos, oh se há. Até dos mais "respeitáveis".
O Ognid, membro conceituado desta comunidade virtual, fala em métodos “menos limpos” para aumentar o número de visitas. Isto soa inconcebível, considerando o que está em causa. Só por vaidade descontrolada ou ganância bem direccionada passaria pela cabeça de alguém aldrabar os contadores. Mais: na parte da ganância, só para embarretar terceiros (eventuais anunciantes/patrocinadores) faria sentido proceder à vigarice em causa.

Mas o bizarro nesta intervenção é, e que o Ognid me perdoe, o discurso à Octávio Machado (vocês sabem bem a quem me estou a referir), trazido para a blogosfera pela voz de um dos seus protagonistas. O meu colega blogueiro lança uma acusação pública, uma “boca”, mas omite factos e nomes. “Muitos”, afirma ele sem os nomear, e “até dos mais respeitáveis” (não sei como se mede essa respeitabilidade, confesso), são vigaristas (penso que será o termo a aplicar, caso se verifiquem os pressupostos que o Ognid levanta com a sua intervenção).

O discurso do futebol, do “sistema”, entra assim na Blogosfera. E isso faz-me confusão. Gosto das coisas claras, com os bois chamados pelos nomes, com a coragem da denúncia levada ao único expoente que lhe confere alguma legitimidade e resultado prático. Assim, lançada ao ar a ver se alguém veste a carapuça, soa apenas como uma acusação leviana e despeitada que levanta suspeitas sobre os tais “muitos” dos quais, naturalmente, este espaço fará parte enquanto não forem identificadas as situações que permitem ao Ognid afirmar com tanta convicção esta certeza perturbadora.

E a perturbação resulta, para lá da tristeza implícita na suspeita em causa, da constatação de que existem de facto suspeitas acerca da verdade dos números expressos nalgum medidor que o Ognid não identifica. E essa falsidade resultará dos tais métodos “menos limpos” que desconheço mas gostaria de aprofundar (para entender até que ponto bate no fundo a consciência de quem bloga e alinha nesses malabarismos), aplicados por “muitos” dos até agora insuspeitos sucessos de popularidade neste jogo para crescidos que parece entrar num domínio muito “profissional”.
Isto, claro, se o Ognid puder provar o que afirma. Com factos, com provas inequívocas de que existe quem falseie os números. Para desmascarar os impostores, os batoteiros, e para todos sabermos o porquê da vulnerabilidade dos contadores em causa e exigirmos a respectiva correcção.
Acho que é assim que se faz e gostaria imenso de ver concretizadas (ou desmentidas) as acusações que o homem do Catedral deixou, como minas, na caixa de comentários do Weblog.

É que a gente gosta de saber o calibre das pessoas com quem lidamos, tal como na vida “lá fora”, e (pelo menos no meu caso concreto) não gostamos de nos ver num rol potencial de “muitos” que fazem não se sabe bem o quê nem para quê mas acima de tudo não se sabe QUEM está a fazê-lo e onde.
E isto não me ocorre por causa da suma importância dos contadores numa fase em que poucos extraem dividendos do seu trabalho publicado, mas porque me incomoda ver lançar suspeitas sobre toda uma comunidade (“muitos” é uma data de gente) sem avançar com algo de palpável para conferir legitimidade e substância à afirmação produzida.

Talvez o Ognid se sinta tentado a esclarecer melhor o teor do que acima reproduzi. Caso contrário, acho que ficamos conversados.

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