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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

15
Jul06

A POSTA QUE ASSUNTO NÃO NOS FALTA

shark
barco pirata.JPGFoto: Shark
Talvez esteja encerrada num cofre apodrecido, há muito esquecido num porão submerso que ninguém conseguiu encontrar. Roubada por piratas, gente má, escondida numa caixa antes do barco naufragar. De Pandora, agora que os anos passaram e forças misteriosas se apropriaram dos segredos que escaparam entre os dedos de um velho lobo-do-mar.

Uiva agora fantasma nas profundezas do esquecimento, um terrível lamento pela perda que sofreu. Ninguém o ouve lá fora, no mundo das trevas, mergulhado num silêncio sepulcral. Arrastadas para o fundo com o peso dos canhões, perderam-se com as vidas quaisquer ilusões.

De um dia alguém conhecer a verdade enclausurada numa caixa fechada fora do alcance de qualquer olhar. Todas as respostas, mais um ror de perguntas que ainda nos restam por fazer. As dúvidas esclarecidas por palavras escondidas, tesouros únicos cercados e à mercê da implacável erosão.

O tempo a passar e o texto a esborratar até se tornar ilegível para o mergulhador do futuro, um homem no escuro com um fato especial incólume à pressão. O segredo num borrão, a mancha negra num pedaço de papel. Um traste sem valor, incompreensível, uma prova tangível da estupidez dos que ambicionam em demasia aquilo que não é seu.

O vazio no interior do casco, reproduzido agora no cofre aberto, corrompido pelo sal e pela força que o comprimiu. O tesouro perdido em pequenos pedaços, espalhados pela corrente, cada um, até um ponto distante que o tempo se encarregará de cobrir com as suas marcas.

As almas piratas vagueiam agora por todos os oceanos, numa busca eterna pelas peças do puzzle que o acaso entendeu tresmalhar. A verdade omitida pela ausência da sua revelação, a fortuna repartida por milhões de criaturas sem tempo para leituras, analfabetas e cheias de azar, pedaços da herança maldita de uma folha proscrita que um dia o sábio escreveu.

E porque ninguém a leu, temos sempre assunto para a próxima posta.
É ou não é?
15
Jul06

A POSTA QUE ENTENDI A MENSAGEM

shark
Há várias interpretações para a utilidade de uma caixa de comentários de qualquer blogue. Existem os que a consideram inútil ou mesmo prejudicial e blogam sem caixa. Soa pouco simpático, mas faz todo o sentido à luz de algumas perspectivas.
Outros optam pelas caixas abertas mas filtradas, para deterem o controlo sobre a publicação de cenas desagradáveis, spam ou insultos e coisas assim. Estão no seu direito.
Outros ainda, a maioria, escolhem abrir as caixas ao livre arbítrio de quem quiser deixar uma manifestação da sua presença.

Neste caso, a única interpretação possível é a de que esses/as colegas estão receptivos à comunicação com o exterior. Acessíveis. E por inerência assumem a obrigação polida de se dignarem responder a quem os aborda.
Claro que cada um sabe de si e é livre de deixar ou não alguém “pendurado” na sua caixa.
Todavia, até nisso vale a opinião de cada um.
A minha consiste no seguinte: se me deixam sem resposta num comentário ou são pessoas sem educação ou não estão interessados na minha presença e deixam isso implícito no desdém que o seu silêncio representa.

À conta disso, já esta semana retirei três ou quatro blogues da minha lista de “favoritos” e não voltarei a tê-los em conta no tempo que gasto aqui.

Tenho mesmo um feitiozinho de merda, não é?
15
Jul06

A POSTA QUE O CLIMA NÃO SOFREU QUALQUER ALTERAÇÃO

shark
clima normal de verao.JPGFoto: Shark

No Piódão, um homem com 34 anos de idade foi subitamente arrastado por uma enxurrada diante da mulher e de um filho. Até à data as buscas foram infrutíferas e é pouco provável que encontrem outra coisa que não o cadáver deste português de Oliveira de Azeméis que fazia turismo com a família num local fresco para fugir ao calor seco deste pedaço de Verão.

Bom, podia pegar pelo sentido da vida e de como a cena acima não faz sentido em contexto algum. Seria um exercício interessante, mas bem acima da minha capacidade de filosofar acerca das coisas mais complexas.
Mas bem vistas as coisas basta-me levantar uma pequena questão.

Tornado em Odemira, granizo do tamanho de ovos de avestruz no Douro, enxurrada em Piódão.

Soa-vos normal?

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