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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

05
Jul06

DE CABEÇA ERGUIDA

shark
talvez no futuro.jpgFoto: Shark

Acabou o lindo sonho. Saímos do palco principal e baixamos em definitivo a fasquia, magoados pela derrota mas sem motivo para nos sentirmos humilhados ou com vergonha.
A alta competição é assim mesmo, não há perdão para certas falhas, para deslizes que são castigados com crueldade na verdade do marcador.
Não há coração que resista a desgostos tão profundos, mas o futebol, como a vida, é mesmo assim. Há que dar a volta por cima e ignorar o sentimento de revolta, a desilusão, as cenas foleiras que nos invadem quando atribuímos demasiada importância ou criamos demasiada expectativa relativamente ao que, afinal, não passa de um jogo.

Por vezes o jogo é mal jogado, por desgaste dos jogadores ou apenas porque nem sempre eles enfrentam dias bons. Mas em momentos decisivos isso pode hipotecar um sonho, um objectivo ambicioso. É que o adversário não perdoa, como a França provou. Fria, cínica, implacável, impiedosa. E letal.
A esperança trucidada num momento infeliz. À bruta.

Agora, no próximo jogo tanto faz ganhar ou perder. É quase como se fosse a feijões. E o país regressará ao seu ritmo normal, aos poucos, depois de recuperar o chão que fugiu sob os pés. Entristecido, sem dúvida, mas convicto da sua capacidade para surpreender pela positiva. No mesmo campeonato ou naquele que venha a seguir.

Temos equipa. Faltou-nos apenas um adversário que nos permitisse aplicar o melhor do nosso futebol.

Mas os outros também jogam. Ou não deixam jogar…
05
Jul06

A POSTA NOS ALTRUÍSTAS

shark
Acho magnífica a forma como ainda há pessoas que são capazes de tudo para protegerem a imagem dos seus amigos. Mentem, se necessário, entendendo que numa amizade muito próxima os fins justificam os meios para a defender com unhas e dentes.

Mais raro ainda, e merecedor da minha admiração devotada, é aquele tipo de pessoas capazes de investirem o seu tempo a ajudarem os outros, perfeitos desconhecidos, mesmo que esse tempo seja precioso e falte depois para a ajuda aos mais próximos (que às vezes também precisam). E tudo isto apenas pelo prazer descomprometido.
De ajudar quem precisa.

Já fui assim. Mas perdi algures esse dom.

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