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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

03
Jul06

A POSTA QUE SABIAM

shark
Na verdade, tudo aquilo que se sabe não passa ainda de um rumor. Agimos com confiança, tomando como certo cada pedaço da escassa informação que somos capazes de digerir.

Contudo, arrotamos ignorância como uns alarves no preciso instante em que nos deparamos com o conteúdo das nossas certezas inabaláveis (mas mancas na interpretação subjectiva, que o problema está sempre em nós), e descobrimos, entre golos ávidos de água com gás da marca Evidência, que afinal a vida como a pensamos é apenas um boato que só nos é desmentido à beira do suspiro final, tarde demais para remediarmos o problema.
03
Jul06

SÓ PARA NÃO HAVER CONFUSÕES

shark
Para quem ainda não tenha percebido, e isso nota-se pelo teor de alguns comentários aqui no charco, a Mar já não escreve neste blogue. Devem pois, os que procuram prosa dela, dirigir-se ao seu blogue individual, aqui.

Por outro lado, e porque neste blogue foi bastante alardeada a nossa relação emocional, é também natural que se desmistifique o pressuposto da sua existência nesta altura para que não se mantenha uma “colagem” entre nós os dois que já não se justifica.

Somos bons amigos.
E nada mais.
03
Jul06

PELA MEMÓRIA COLECTIVA

shark
memoria.jpg

Há coisas que a gente não pode ver só sob o prisma da ideologia. O regime salazarista cometeu excessos e esses não constituem mais uma panca exclusiva de comunas. Houve malta presa e torturada para chibar os amigos. Não se faz. Não pode voltar a acontecer neste país. Nem aos de esquerda, nem aos de direita. É uma violência, um abuso de poder intolerável.

E a porra é que aconteceu. Não há volta a dar e não há como passar um apagador nos exageros de quem se sentiu legitimado para ir longe demais na defesa de um poder, de qualquer poder. Eu friso esta questão: sou de esquerda mas nem é preciso invocar essa tendência para não admitir a possibilidade de portugueses voltarem a passar por este tipo de merdas hediondas.

A democracia dá-nos a liberdade e os meios para defendermos aquilo em que acreditamos, por muito estúpidas que as nossas crenças possam soar a quem vê a coisa completamente do avesso. Isso faz sempre mais sentido do que entrar pela casa das pessoas, vasculhar-lhes os pertences e arrastá-las para um buraco qualquer só porque pensam diferente e agem de forma incómoda para os interesses instalados em dado momento da História.

É que os interesses mudam, os ditadores caem das cadeiras, as revoluções e os golpes de estado acontecem, a malta vota ou pensa diferente, mas a ignomínia não passa. Não pode ser esquecida, não só em memória dos que a sofreram como em prol dos que nunca a querem ver repetida. Sejam eles de que ideologia forem. Eles somos nós todos e nenhum merece ser preso por acreditar que o mundo devia ser pintado de outra cor, mesmo que essa crença se revele, tempos depois, absolutamente disparatada.
Nem é o caso, pois acima de tudo os que sofreram na pele batiam-se por direitos tão elementares como este, o de blogar, que temos como um dado adquirido mas sabemos não ser assim em muitos pontos deste planeta absurdo.

Isto tudo a propósito de mais uma chamada de atenção da Emiéle. E eu agora, que não simpatizo com o apagar de provas que possa conduzir a falhas de memória e às distorções associadas.

O fascismo existiu e pode voltar a existir.
Basta consentirmos o desleixo.

Basta perdermos o respeito aos que o conheceram por dentro.
Os poucos que tiveram tomates para o enfrentar.
03
Jul06

JÁ VOLTEI

shark
Na verdade, bebi um bocado demais. E se calhar é por isso que tenho esta dor de carola.
Além disso, a brisa marítima anda demasiado fresca para esta altura do ano. Acho que me constipei.
Estou feito uma florinha de estufa, sem cabedal para me aguentar à bronca com estas cenas para putos novos.

Será que um gajo cria dependência por excesso de uso do sofá?

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