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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

07
Mai06

UM DIA MEU

shark
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Se bem me recordo, não faltaram vozes a desdenhar e a contestar a existência do Dia da Mulher (que o charco assinalou). Aposto que não encontrarei pela blogosfera o mesmo número de contestatários(as) relativamente ao Dia da Mãe que hoje se comemora.
Os dois dias estão ligados à Mulher e ao seu papel vital na vida como a experimentamos, mas só o primeiro parece mal amado pelas suas implicações em matéria de descriminação positiva que lhe associam.
Nesse caso, o que faz a diferença?

À primeira vista, nada. Excepto o facto de existir um Dia do Pai e não se comemorar o Dia do Homem, o que equilibraria a parada e retiraria a carga pejorativa de um dia especial para mim (por celebrar o melhor do mundo na minha ideia).
Assim se vê o quanto as mulheres nos apreciam, não sendo poucas as que se insurgem contra essa efeméride sexista. E pelos vistos, essa é a sua forma de pugnarem por um direito masculino que ninguém cuida de respeitar.

Eu, como qualquer pessoa, comemoro as efemérides que me der na bolha e ignoro as que nada me dizem e sobretudo quando nem estão associadas a um feriado à maneira.
O Dia da Mãe é um desses dias a que atribuo um significado especial. Pelos meus motivos e não pela interpretação da maioria.
Eu não comemoro apenas uma mãe (a minha), mas todas as mães dignas desse nome. As que quantas vezes se vêem forçadas a cingirem a sua existência ao papel de mãe, deixando a mulher de fora.

Uma mãe serve o melhor aos filhos e só depois se preocupa com a sua parcela, a que resta. Uma mãe abdica de um grande amor da sua vida em prol da garantia de uma vida melhor para as suas crias. Uma mãe é capaz de se dar à morte, sem hesitar, se em causa estiver a sobrevivência da sua prole.
Uma mãe, na maioria dos casos, vive até ao último dos seus dias preocupada com o destino dos seus filhotes mais do que com o seu.
Merece bem o seu Dia, tal como o justifica enquanto mulher capaz de gerir uma existência sob os condicionalismos que o nosso tempo (ainda) lhe impõe.

Sou um apreciador de mulheres, mas confesso-me particularmente entusiasta das que são mães. Sem desprimor das que não podem ou não querem assumir tal papel, pois não se trata de opção que possa servir para sobrevalorizar uma pessoa, mas é a minha forma de reagir a esse estatuto que, no meu entender, acarreta uma sensibilidade distinta e uma capacidade de entrega mais genuína. Qualquer mãe conhece sacrifícios que a tornam mais sólida, mais confiante, mais tolerante perante as madurezas reguilas dos putos crescidos que somos, a maioria de nós gajos.
Dou-me melhor com mães porque lhes descubro uma série de características que se compatibilizam mais com o meu estilo de homem. E porque nutro um respeito particular pelas que enfrentam um dia-a-dia que inclua as maravilhosas pestinhas que as absorvem quase por inteiro, sem abdicarem no entanto de todas as maravilhas que as fazem mulheres. Sublimadas, a meu ver, pelo seu confronto com esse papel extraordinário de progenitoras.

Tudo isto para dizer que o Sharkinho envia a todas as mães que lêem este blogue (e às que não lêem, também) os votos de um dia bem feliz, sorte e saúde para acompanharem o crescimento dos vossos rebentos e o penhor da minha admiração pela coragem e pela estaleca que exibem a toda a hora nessa nobre condição que partilham com todas as outras inerentes ao género que vos calhou na rifa.

São lindas aos meus olhos. E este dia, nessa perspectiva, também é um dia meu.

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