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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

31
Mai06

A POSTA NA ALEGADA BOCA NA BOTIJA

shark
alegado piromano.gifAlegado pirómano
Notícia do Jornal da TVI: alegado incendiário detido pela GNR em flagrante delito.
A ver se eu entendi a questão.
Um bacano foi caçado pela GNR a deitar fogo ao mato. Flagrante delito quer dizer "ser apanhado em pleno acto". Alegado quer dizer "não há ainda a certeza de ser mesmo o que se presume". Atão um gajo é apanhado a incendiar, na hora, e é um alegado incendiário?

A ver se eu entendo com as coisas sob outro prisma.
Se um gajo for caçado em cima de uma vizinha com a sua pilinha introduzida no pipi dela, o marido da vizinha chama-lhe o quê? Alegado amante? Ou seja, o facto de ele ter efectivamente a pilinha no pipi da senhora não basta para lhe certificar o estatuto, mesmo que a Judite ou outra polícia qualquer o detenha nesses propósitos?

Sempre me fez confusão, esta mariquice do Estado de Direito que leva as coisas a extremos palermas só para honrar o sagrado princípio da presunção de inocência.
Presunção é só podermos chamar incendiário a um cabrão que ateia as nossas florestas depois de suas altezas os Grandes Juristas proferirem a sua sentença, mesmo que ele tenha sido apanhado por agentes da autoridade no preciso instante em que encostava o fósforo ao combustível.
Mas alegado o quê? Se o tivessem apanhado duas horas depois, mesmo acusado por testemunhas, a tresandar a querosene e com os bolsos atafulhados de fósforos, aí ainda entendia (e defendia) essa história do alegado.

Mas num flagra, senhores? Porquê, pela questão de princípio? Não estaremos a ser um nadinha preciosistas e ciosos do poder que a sociedade nos confere?

Bom, como não possuo formação jurídica até posso estar a ser um grande estúpido a falar de coisas de que não percebo. E como fica escrito nesta posta, podemos afirmar que sou apanhado nessa qualidade em flagrante delito.

Mas se um canalha incendiário apanhado no acto merece estas delicadezas, não me assumo estúpido.
Serei talvez um presumível ignorante.

Alegado.
31
Mai06

BIS, BIS...

shark
A rapaziada que por aqui passou hoje no turno do final da tarde deve ter reparado que a posta abaixo saiu repetida. Ou seja, eu afirmo ter sido insultado duas vezes e a nossa soluçante plataforma de publicação achou que quatro vezes era uma conta mais redonda...

Isto para vos pedir desculpa por não ter dado pela "clonagem" da posta durante um bom bocado e, claro, para vos oferecer uma explicação para esse problema (sobretudo aos que blogam noutros suportes ou não blogam sequer).
De vez em quando o Weblog sofre uma filoxera. Tanto quanto entendi, e a avaliar pelos trackbacks marados e pelos comentários não autorizados que lincam para sites que publicitam teen porno e outras bodegas do género, a coisa é bombardeada por spam às toneladas e entope.

O resultado é o que viram (posts que dizem que não entram e aparecem depois) mais o funcionamento irregular das caixas de comentários (nestas fases recomendo que quando escreverem um comentário-lençol façam um "copy" do mesmo antes de clicarem no botão), mais a dificuldade de acesso aos bastidores desta cena e o tempão que tudo demora a acontecer nestas alturas.
Um gajo flipa com a soma de gaitas, mas a malta do AEIOU parece estar empenhada em resolver o problema e por mim ainda merecem por mais algum tempo o direito ao benefício da dúvida.

E assim apelo à vossa paciência relativamente às malapatas do sistema que nos alberga e que vos possam afectar o pleno usufruto desta casa que vos dou.
31
Mai06

E ESTA POSTA É PROVA DISSO MESMO

shark
Hoje fui duplamente insultado.

Por alguém que me acusou de algo que já defini neste espaço como pouco menos do que execrável. E pela sinceridade lenta da minha inteligência, que insiste em demonstrar-me o cariz precário da sua condição sempre, mas sempre, apenas depois de esta já ter produzido os seus péssimos reflexos na minha actuação.

Dantes eu chamava-lhe impulsividade.
Ingénuo…
31
Mai06

A POSTA LINCADA

shark
palco dos umbigos.jpgFoto: Shark
A blogosfera revela-se como uma comunidade virtual com características próprias em diversos aspectos que nos passam despercebidos no meio da correria diária. Ou seja, mesmo sem existir um manual de bom comportamento blogueiro a malta aprende uns com os outros as regras essenciais a cumprir para uma boa integração no colectivo que formamos.

Alguns desses aspectos saltam à vista e são do domínio comum. Como a “obrigação” de retribuir os comentários que os colegas nos fazem e que acaba por conduzir alguns novatos à tentação de deixarem comentários do género gostei muito do teu blog, visita o meu, logo seguidos do linque para o seu espaço embrionário e sedento de projecção.
Ainda mais óbvia é a resposta “exigida” aos comentários que se deixam. A ausência de retorno a um comentário é sentida como um insulto.
Pior, só a eliminação do comentário (já me aconteceu e num blogue onde tal nunca me passaria pela cabeça).

Outra das mais óbvias gentilezas que qualquer colega descobre serem do agrado geral é a cena dos linques. Lincas-me e eu linco-te. That simple. Trata-se de uma forma de definirmos o nosso “núcleo duro” no meio da confusão e de distinguirmos os espaços que mais prendem a nossa leitura em dada altura.
O charco não respeita essa tradição blogueira, por dois motivos fundamentais: a minha inépcia em lidar com os bastidores da coisa (os templates são mandarim para a minha inexistente costela de poliglota) e o facto de os meus linques (os meus hábitos de “consumo") variarem de tal forma que poucos dos originais ainda constariam na listagem destes dias (ou porque os blogues fecharam ou porque as pessoas deixaram de me interessar sob qualquer perspectiva). Não teria mãos a medir…

Claro que isto dos linques também serve de arma de arremesso em caso de conflito com algum colega. Zango-me com fulano e zás, oblitero a referência na minha coluna lateral. Um insulto também, como se sente essa exibição pública do corte de relações virtuais. Da mesma forma que se recebe como uma espécie de homenagem qualquer citação, na listagem de blogues ou no meio de uma posta.
São mariquices nossas que nos distinguem das restantes tribos que a net alberga.

Isto tudo a propósito de me ter dado um rebate de consciência quanto à minha postura no seio da comunidade onde já dei provas de merecer o meu espaço virtual. Comento pouco nos blogues alheios que visito (que são igualmente escassos) e não tenho a tal listagem pública dos linques que adornam os meus “favoritos”.
E isso torna-me menos simpático do que as dezenas de colegas que conferem ao charco essa forma de distinção, além de ser egoísta da minha parte guardar sigilo relativamente aos espaços que me impressionam e justificam o tempo investido a acompanhar a sua evolução.

Vou passar por isso a incluir na postagem muito mais linques do que outrora, ou mesmo postas inteiramente dedicadas a espaços que eu sinta merecedores da vossa atenção. Acabam por ficar a saber um pouco mais acerca do tubarão, avaliando as minhas preferências na matéria. E essas são determinadas pela qualidade e criatividade da escrita, pelo cuidado na selecção de temas, pelo sentido de humor, pela empatia gerada pelo/a comunicador/a e por mais uma série de aspectos que não adianta aqui referir.

No fundo, todos quantos fazemos acontecer esta realidade cada vez mais preponderante no conjunto do que a Internet engloba temos que assumir o nosso papel na divulgação do melhor (perspectiva descaradamente subjectiva) que encontramos na “concorrência”. É a única forma, para além do cuidado em servir bem quem nos visita, de cultivarmos a nossa ligação ao meio e, em simultâneo, de creditarmos o esforço (que existe de facto, pois a malta tem que bulir) e o talento dos que reconhecemos como válidos e/ou indispensáveis e/ou malta porreira que gostamos de mimar com esta ferramenta ao nosso alcance.
Sempre que possível, oferecerei um ou mais critérios para justificar as minhas recomendações, até para evitar mandar-vos ao engano para espaços que possam colidir com os vossos interesses e preferências ou mesmo ferir alguma susceptibilidade mais puritana.

A “minha” blogosfera está muito diferente da que conheci há quase dois anos atrás. Basta verificarem os nicks que ocupavam a caixa de comentários na altura e compararem com o panorama actual. E se blogam, façam essa análise ao vosso espaço e depois digam lá se não tenho razão quando refiro que são muito voláteis a maioria das ligações estabelecidas entre quem bloga, mesmo quando tudo indica que se criou uma intimidade que transcende o cariz virtual das palavras que se trocam.

Só me falta perceber exactamente porquê. Mas ando a ruminar a questão.
31
Mai06

O ESTADO DO TEMPO

shark
ceu muito nublado.JPGFoto: Shark
Na óptica do serviço público que um blogue também deve prestar e seguindo a tendência para a maior atenção dada por estes dias à meteorologia, informo que o céu de Lisboa está tão encoberto como o da foto acima.
Ou pior.
(Claro que isto é algo que qualquer alfacinha já constatou ao sair da porta de casa, mas o charco tem leitores(as) em todo o país - worldwide, se considerarmos os paraquedistas googlianos - e somos adeptos da descentralização do poder).
30
Mai06

JURO QUE PAGARÁS

shark
De forma voluntária, os cidadãos de classe média sobem a escada até ao patamar da ilusão. Degrau a degrau, eufóricos, conquistam as alturas embalados pela garantia de prosperidade eterna que se insinua nos principais indicadores. Sucesso, aumento salarial, promoção. Vida nova para os vencedores, aclamados como heróis pela plateia invejosa, acolhidos como iguais nos camarotes ou nos balcões. Lugar cativo no festival da ostentação.

Ao longo da subida, a ambição desmedida é o motor principal das mais celebradas realizações. Bons negócios para os patrões e outras vitórias pontuais, riqueza. Beleza de sonhos, impossíveis de concretizar, carro novo, roupa fina, bom colégio para a menina e uma casa mais bonita e descaradamente maior.
Bem vindos, senhoras e senhores, ao mundo fantástico do poder ter. Tudo o que se queira, crédito à maneira, facilidades de pagamento e oportunidades de investimento, só não tem quem não quiser. Privações, só para os outros, mais abaixo, os satisfeitos com o pouco, incapazes sociais.

Mas para si, só o melhor. Assine aqui por favor e oferecemos-lhe esta magnífica gravata fabricada na cordoaria, feita para durar uma vida em redor dos pescoços de excepção como o seu. Alivie o nó sempre que queira, ignore a ratoeira, acrescente um contrato com suaves prestações. Em frente é o caminho, amanhã logo se vê.

E a classe média avança, destemida, pelo palco da vida minado de tentações. Quero isto, quero aquilo, lágrimas de crocodilo nas traseiras dos globos oculares dos que preparam a rede para a retirarem depressa quando chega a hora de cair mais alguém. Ciclos da economia, inevitáveis como os gurus que os teorizam. Porém, enquanto a prancha desliza na crista da onda sinusóide ninguém se preocupa com a rebentação. O surfista desprevenido mergulha nas águas gélidas do incumprimento e serve de alimento a uma seita implacável de tubarões. Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma num pesadelo económico que o cidadão anónimo assume como consequência da ingénua esperança de escapar à sua posição na cadeia alimentar financeira. Bom proveito, senhor credor...

Mas a classe média insiste em avançar, esperançada, sobre os despojos dos eliminados pela crise anterior. Caminham, sorriso nos lábios, para o destino reservado à maioria dos sonhadores do mercado dito global. A verdade chega quando a vida abre o alçapão e a gravata de corda lhes abraça o pescoço como uma anaconda, até ao suspiro financeiro terminal. Puf, como um sonho pintado no interior de um balão na banda desenhada em que a sociedade se tornou. Lembra-se, caro insolvente potencial, de toda a papelada que lhe deram a assinar aquelas pessoas sorridentes que o encorajaram quando o seu processo de ascensão iniciou?

No bolso do carrasco, essas cópias autenticadas da sua autorização isentam de culpas qualquer executor. Imaculado o seu extermínio social, purificada a sua desapropriação. Tudo dentro do espírito da lei que aceitou por subscrição voluntária, temerária, e que agora os falsos amigos de outrora utilizam a seu desfavor sem um pingo de hesitação. É mesmo assim, dizem eles. São regras do jogo que todos aceitamos pela distinção de nos permitirem jogar, perder ou ganhar. Admissão reservada.
E só joga quem quiser, ninguém é obrigado mas apenas convidado para participar nesta evidente batota onde a sorte se forja e o azar é demolidor.
Só questionam este sistema pernicioso aqueles que lhe conhecem as reacções de homem atraiçoado, de senhorio desrespeitado, odioso, a raiva controlada de uma máquina calibrada para triturar sem apelo quem se desiluda nalguma conjuntura menos boa.

Oxalá nunca saiba como.

Nunca entenderá porquê.

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