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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

01
Mar06

CASA DE ALTERNE PASSOU A ARMAZÉM

shark
Uma vez que a renda tá paga e que o meu antigo sócio já se reformou destas lides, informo-vos que a Casa de Alterne vai reabrir as suas portas na qualidade de espécie de fotoblogue.
Isto acontece porque já estou a ficar com falta de espaço no disco, porque tenho algumas fotos demasiado pesadas para as publicar nesta versão do Weblog (e não tenho pachorra para as "encolher") e porque aquele berço da virtualidade charquinhense é também o meu espaço para os linques da malta que leio. Assim, mato vários coelhos de uma só blogada.

Quando não tiverem mais nada que fazer e quiserem descansar a vista, já têm onde esbanjar mais uns segundos do vosso tempo.
Não quero que vos falte nada...
01
Mar06

A POSTA NO ABANDONO

shark
o meu cao.JPGFoto: sharkinho
É óbvia a propensão dos portugueses para abandonarem os seus animais de estimação à primeira contrariedade. Ou porque vão de férias e não têm a quem deixar o empecilho, ou porque o empecilho cresceu e a criancinha deixou de achar piada à novidade que passou. Ou apenas porque existe uma tradição lusitana de descartar os empecilhos sem problemas de consciência.
Isso verifica-se igualmente com os empecilhos de duas pernas.

Agora que a gripe das aves acaba de produzir a sua primeira vítima de quatro patas no continente europeu, um felino com apetites proibidos, será de prever que outros mamíferos carnívoros (como os cães, claro) comecem a tombar que nem tordos (a comparação faz sentido nesta altura) e que isso constitua um factor adicional de motivação para o abandono da bicharada num ermo qualquer.
Nada melhor para tranquilizar uma consciência do que uma boa justificação.

- Então que é feito do teu Bobby?
- Ó pá, nem me digas nada. Tive que o entregar (notem a ligeireza deste “entregar”) a quem cuidasse dele (a divina providência), por causa da gripe, tás a ver? Um gajo não pode arriscar…
- Deve ter-te custado imenso…
- Custa sempre um bocadinho, por causa dos miúdos e tal, mas a vida é assim. Uma pessoa afeiçoa-se aos bichos, mas isto é como no resto, tem o seu tempo. Ao princípio achávamos piada ao animal, mas aos poucos uma pessoa acaba por se fartar, sabes?
- Como assim?
- Atão, mesmo o amor aos animais de estimação tem um prazo de validade…
- Como os iogurtes?
- Exactamente. São muito apetitosos quando os compramos, mas depois estragam-se, perdem aquele interesse que um gajo desenvolve quando os vê na prateleira. Depois, quando os temos como certos no frigorífico, deixamo-los lá ficar, sem lhes ligarmos pevas, até azedarem. O que é que se pode fazer, a vida é mesmo assim e uma pessoa tem que sentir-se livre de optar e motivada, nestas coisas…
- Pois é…

Depois, têm que andar gajos como este à procura de soluções para evitar o abate sumário que acaba por ser, em face do sofrimento que o abandono implica nos bichos, a opção mais piedosa.
E sorte têm os animais que se vêem apoiados por pessoas assim ou que, como o meu cão, conseguem descobrir quem lhes deite a mão nessas circunstâncias. Muitos são os que suportam sozinhos a desdita e vagueiam pelas ruas à toa, em busca de um milagre que o tempo, na maioria dos casos, acaba por desmentir.

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