21
Mar06
No tempo em que eu acreditava
shark

que as pessoas eram isentas, tinha a convicção de que também eram sinceras.
Quando eu ainda era ingénua o suficiente para crer que os actos se praticavam sem que um inconfessável objectivo individual os movesse, era capaz de apreciar tudo o que de novo se me oferecia ao olhar.
Nesse momentos de crença ou fé, até era capaz de sorrir ao ler um email, aplaudir o esforço que produzia um texto mediocre mas, ainda assim, um texto.
Nessas eras longínquas, confesso, os dias tinham mais piada, a expectativa tirava-me o sono, a esperança ainda me vestia.
Hoje, dois anos, alguns encontros blogueiros e um projecto colectivo volvidos, ensinaram-me o alfabeto com que leio as caixas de comentários semi-vazias.
Mar