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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

15
Fev06

JANELA FECHADA

shark
agua furtada.JPGFoto: sharkinho

Para quê a ânsia de rasgar janelas na muralha, de abrir uma brecha à luz dos raios de sol e ao arrepio da brisa nos cabelos, para depois as manter fechadas?
É como desenhar estradas na planície, vias de comunicação para inglês ver, interditas ao tráfego de tudo quanto se possa mover. Apenas pelo valor simbólico da abertura ao exterior, pela fachada.
Fica mais bem decorada, a parede opaca, com um buraco por onde espreitar, de vez em quando, por detrás das cortinas que jogam bem com um detalhe qualquer do interior. Às escondidas do lado de fora, o agressor. À revelia do amor e de todas as emoções genuínas, o medo da luz, mais forte do que a ameaça dos fantasmas ocultos na escuridão.

A fuga apressada à primeira gota pingada, filha única da chuva que nunca chega a acontecer na realidade seca de quem veste uma gabardina por causa da incontinência de uma nuvem isolada que entretanto por ali passou. Por cima da fortaleza, o castelo (des)encantado cuja ponte levadiça emperrou. A janela que se fechou sobre si própria e assim contrariou o nobre propósito que a justificava.

Madeira carcomida, pintada de branco para simular a alegria que um simples sorriso poderia transmitir. Ou uma conversa com a vizinha do lado, braços pousados no estendal. Conversa banal, porque não? Melhor do que a solidão que dispensa janelas para lhe iluminarem as mazelas da falta de um abraço. Melhor do que o olhar baço por detrás da cortina de ferro sem fantasia onde esbarram os sonhos inviabilizados pela apatia.

Talvez pela cobardia. O perigo real de uma inesquecível constipação. Menos provável no Verão, sem descartar à partida o excelente pretexto do excesso de calor. E no Inverno o bolor, da humidade excessiva que lá fora se experimentou.

Janela fechada. Rasgada sem nexo na muralha individual.
Sempre à espera, sempre à espreita da ocasião especial.

Emperrada pela vontade adiada e pela pressa de fugir, até ao dia em que a vontade esmoreça.
E já ninguém a queira abrir.
12
Fev06

A POSTA INÓCUA (Mais uma)

shark
scandal.JPGFoto: sharkinho
O melhor pretexto de qualquer progenitor para justificar um comportamento irregular ou embaraçoso por parte de um filho são as “más companhias”.
Estes oportunos bodes expiatórios permitem encontrar uma explicação “de fora” para a questão interna, satisfazendo em simultâneo o impulso de preservação da imagem dos “nossos” e a nossa paz de espírito perante a eventual quota de responsabilidade que nos possa competir, na educação ou na hereditariedade.

A culpa dos outros, no acto em si ou no simples desencaminhar da pessoa certinha que, de repente, se assumiu destrambelhada. Um dos mais gastos caminhos de fuga para uma realidade que não conseguimos aceitar. E sempre actual.

Mas esta mania de atribuir a terceiros as razões ocultas para as nossas culpas não se fica pelo natural, embora condenável, instinto de mãe ou de pai. As meninas e os meninos aliviados da carga pejorativa dos seus pecados, atirada para cima de outra pessoa, aprendem a lição. Depois de crescidos, continuamos a sentir a tentação de escapar pela porta mais à mão.
Falo por mim também, claro, que não raro dou comigo a interiorizar essa facilidade ao dispor. Porto-me de forma contrária aos meus princípios e aos meus valores mas a culpa é de fulana ou de sicrano que me desviam do caminho e me obrigam a agir de forma errada. A forma errada é enveredar por um pretexto que nos transforma, pela lógica implícita, em imbecis sem vontade própria.

Os outros não servem, nunca servirão de atenuante para as nossas más escolhas. São apenas figurantes no teatro de marionetas onde nos compete manipular os fios. Donos do nosso destino, senhores da nossa capacidade de decisão. Tudo o resto não passam de baldes de areia onde enfiamos a mona como avestruzes quando a coisa se descompõe.
Claro que todos padecemos de alguma vulnerabilidade às influências que nos chegam do exterior, mais vulneráveis quanto mais ligados a essas pessoas que nos influenciam.
Contudo, a última palavra, a última atitude fica sempre a cargo de cada um de nós, da nossa consciência que distingue certo e errado, bom e mau, melhor ou pior.

Se agimos contra a nossa natureza, levados pela corrente por outros criada, não adianta descartar a responsabilidade para cúmplices de circunstância. Bastaria dizer não. E rumar na direcção oposta, se era a que nos parecia a mais acertada, arcando com quaisquer consequências, as nossas consequências, pelo desacerto de qualquer opção infeliz.

Não há santas imaculadas nem pecadores sem remissão. Somos criaturas em busca de um rumo decente para uma existência em condições, desorientadas pela ignorância que se revela em cada descoberta que se produz. Somos uns parvos que, na esmagadora maioria, desaproveitamos a vida na ingrata missão de infernizar as vidas alheias como diabolizam a nossa. Purgamos o mal em exorcismos de merda, quantas vezes à custa de outras pessoas, as tais que nos servem de justificação para as atitudes indignas e os pensamentos impuros. E renegamos o bem a cada esquina de uma vida cheia de ameaças e de ambições, de falsas promessas e de tentações demoníacas que são as inerentes à nossa frágil condição de aberrações num mundo harmonioso que estamos a arrasar.

Não há desculpa, excepto o arrependimento que se prova nas acções. Ou mesmo nas palavras, quando sinceras, daquelas que nos assumem as culpas no cartório e que constituem o motor natural para um procedimento melhor, logo a seguir.
Porque o somatório dessas intervenções, mais algo de brilhante que poucos de nós somos capazes de produzir ao longo da passagem, é o que fica da nossa presença fugaz e, regra geral, obliterada no prazo de uma geração ou duas.

Claro que isto é uma conversa inócua, considerando o lugar que todos os que nos preocupamos com estas coisas ocuparemos dentro de algumas décadas (no melhor dos cenários).

Mas um gajo tem que entreter-se com alguma coisa enquanto o tempo não esgota, não é?
11
Fev06

(I)MORTAIS VIRTUAIS

shark
password.gif
Confesso que nem sei por onde pegar, embora já esteja a escrever esta posta.
Descobri hoje a morte (anunciada numa caixa de comentários) de uma senhora blogueira, a Joana, do Semiramis.
E não sei por onde pegar. Se pela realidade (aparente) do óbito da alegada mãe de duas crianças e uma das mais respeitadas colegas desta nossa comunidade. Se pelo fim do Semiramis, inerente ao desaparecimento virtual e/ou físico da sua autora. Se pelo surrealismo da caixa de comentários da que terá sido a sua última entrada no blogue.
Talvez pegue pela morte propriamente dita, no contexto desta nossa vida virtual.
Parece-me que a Joana, viva ou morta, não gostaria de estar na origem de falatório póstumo.

A única forma de quem nos conhece na blogosfera saber que morremos é existir um contacto pessoal, real, entre quem bloga. E mesmo assim, só quando um blogueiro dá conhecimento desta actividade a alguém próximo é possível sabermos se um blogue interrompido sem anúncio já serve de epitáfio a um defunto qualquer.
É macabra, esta conclusão. Mas o teor dos comentários de despedida no Semiramis ilustram bem o quanto é realista a minha conclusão acima.

A morte virtual é frequente neste meio. De repente, desaparece um nick e ninguém mais sabe do seu paradeiro. Ocorre-nos logo que a pessoa por detrás do nick apenas se fartou desta cena ou decidiu investir numa nova identidade para poder recomeçar a partir do zero. Algo que já me ocorreu, quando me liquidaram o anonimato, e que está ao alcance de qualquer um(a) de nós.
Contudo, morrem pessoas todos os dias. E algumas blogam. Ou blogavam, mas nós, os restantes, não o sabemos. Limitamo-nos a deixar cair as visitas após um período razoável sem sinal de vida no blogue.

Mas a morte analógica é um bico de obra nesta nossa comunidade. Não só porque não temos tempo de fazer uma posta de despedida em condições, para esclarecimento da malta, para evitar a especulação que, às tantas, resulta na mais pura imbecilidade ou mesmo na indecência, mas porque um blogue individual é como um apartamento que ocupamos sozinhos. Se não nos damos com os vizinhos, só dão pela nossa falta quando a putrefacção do cadáver por actualizar se torna insuportável.
O problema é que num blogue não existe quem possa arrombar a porta para verificar a explicação para a ausência e conceder-nos um enterro virtual em condições.

Não estou, e leiam com atenção, a parodiar o tema. Muito menos com base numa verdade que, embora meio ambígua nesta altura, pode vir a confirmar-se indesmentível. A nossa existência analógica conhece sempre um fim, pois nem que seja no Ministério das Finanças, alguém dá pela nossa falta. Aqui não. Deixamos de blogar e todos presumem que deixámos de blogar. Não lembra a ninguém que uma embolia pulmonar ou outro imprevisto qualquer possa ter-nos privado de apresentar os cumprimentos de despedida que tantas vezes acabam por prenunciar apenas o nosso regresso, algum tempo depois.

Neste sentido, o isolamento pode tornar-nos imortais na blogosfera. Mesmo depois da missa do sétimo dia ainda haverá quem nos comente, quem nos insulte, quem nos desafie para a conversa. E se tivermos um blogue gratuito, podemos ficar presentes nas nossas palavras e na nossa existência virtual (teoricamente) para sempre…

O Semiramis foi um dos fenómenos mais notáveis da blogosfera portuguesa. Um dos indicadores mais claros está aqui. Os outros estão lá para quem os saiba apreciar.
Era a Joana quem o fazia e deixou de o fazer. O blogue morreu? Talvez sim, talvez não, depende de uma série de factores.
O mesmo, pelo que me é dado constatar nesta montra colectiva que nos expõe o talento e boa parte daquilo que nos faz gente, aplica-se à sua autora, uma inteligência fora do vulgar e um estilo de escrita quase irrepreensível.

Mas no mínimo aplica-se à grata memória que aquele nick (aquela pessoa) nos deixou, no seu registo digital.
A confirmarem-se (ou não) os piores rumores…
10
Fev06

PRIMEIRA LUZ

shark
janela pro ceu.JPGFoto: sharkinho
Queria recebê-la como uma gueixa, ele a japonesa delicada, dedicada em exclusivo ao prazer de outra pessoa, ela a amante cuja falta sentia, o desejo que crescia na pressão sobre os botões das calças a partir do interior.
Servi-la como um escravo sexual, um gigolo deliciado pelo requinte do seu ritual de preparação de um momento de paixão servido numa bandeja de prata. O cuidado no pormenor, pequenos nadas que sabia lhe agradavam, mulher, atenta ao empenho do seu serviçal do amor.
Acendeu as velas quando a campainha soou.

E ela entrou, sorridente, olhar brilhante e expressão encantadora, acariciada pela luz da chama que a iluminava com dedos de cetim. Que eram os dele, afinal, passeando na marginal dos seus pontos G. E a boca a seguir, quando abriu caminho pela gola alta da camisola de lã.
Comprimida contra a parede junto à porta, entregava o corpo às sensações. E ele empurrava os seus contornos adiante, exibia potente a vontade alimentada pela espera, uma saudade descontrolada como a de um ex-presidiário transformado numa fera pelo apetite voraz.
Sabia-se capaz de a levar à loucura.
Desapertou-lhe as calças quando o primeiro gemido ecoou.

E ela tombou sobre o tampo da mesa, ladeada pelos castiçais, pernas nuas abertas de par em par como janelas para outro mundo, numa galáxia dos confins do universo que ele lhe oferecia. Veludo em brasa, aquela língua que a transportava em berço de ouro forrado com algodão. As mãos que ajudavam, como damas de honor, espalhavam sobre as suas pernas o toque suave das pétalas de flor.
A loucura chegou.
Enquanto ainda vibrava de excitação, sentiu-o erguer-se. Ele olhou-a. E o seu olhar transpirava confiança quando, com gestos lentos e cuidados, lhe juntou as pernas, beijou-lhe os joelhos e a rodou.

Deitada de lado, pernas unidas, recebeu-o em si com evidente satisfação que não tentaria ocultar. Apetecia-lhe gritar, a cada investida que o acrescentava mais um pouco, pedaço a pedaço, naquele espaço incandescente que o acolhia como uma esponja molhada e macia, como um abraço apertado dos que se dão por amor. O que ele lhe fazia, calmamente, mãos cravadas numa anca e nas nádegas como tenazes feitas de caxemira. Suaves como seda, firmes como betão.
Boca esmagada contra um braço para abafar o grito que soltaria pelo ar como um bando de aves canoras, manifestações sonoras de uma alegria difícil de conter, música bailada no céu.
Só então ele parou.

Ajoelhou-a numa cadeira, virada de costas para si. Beijou-lhe a nuca e sussurrou-lhe palavras ininteligíveis, desvarios de homem imparável na jornada que só daria por acabada quando a possuiu com ardor. A pose de conquistador, possante. O ritmo alucinante de uma concretização ansiada, de uma medalha dourada para o campeão do amor.
Queria ser o maior, o único à altura daquela deslumbrante criatura que sentia como sua quando finalmente mordeu os lábios para cerrar a boca, para conter o ruído da explosão que acontecia enquanto ela sorria, realizada, pela pista deixada do prazer que retribuiu. Sentiu-lhe o calor que jorrava no interior do corpo e da alma, em simultâneo. Ao mesmo tempo que as réplicas do terramoto anterior a sacudiam em espasmos de tentação.

Ele deitado no seu regaço e ela dobrada num abraço, imagem privada que ninguém poderia ver.
Porque a segunda vela apagada, esgotado o pavio, deixaria a sala às escuras.

À espera da primeira luz de um novo amanhecer.
08
Fev06

A POSTA ACORRENTADA

shark
camalta.jpg
Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que o diferenciem do comum dos mortais. E, além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.]
E pronto. Foi ela a primeira a convencer-me a aderir a este tipo de questionário. Nunca calhou e, de resto, também não recebi até hoje algum que me parecesse interessante do ponto de vista de quem lê.
Quem me lê já me ouviu falar do cariz algo excêntrico de uma parcela marginal da minha personalidade. Pois bem, é óbvio que o conjunto das minhas manias não legitima essa alegada inclinação.

Primeira: Mania da perseguição.
É um traço marcante da minha atitude perante a vida. Persigo objectivos irrealistas (utópico) e acredito que todo o mundo me persegue com fins suspeitos (paranóico). Sou perseguido pelas sombras sinistras do meu dentista a cada nova garfada e do meu banco a cada fim do mês.

Segunda: Mania das grandezas.
Tendo a esquecer a minha origem (e o meu final) de poeira cósmica, bem como a soma astronómica das minhas limitações. Nunca comparo o meu com o de um elefante mas com o de um colibri (estou a falar do cérebro, claro). Gostava de ser rico (milionário), belo (irresistível) e inteligente (realista).

Terceira: Mania da diferença.
Desde puto, sempre fomentei as peculiaridades que pudessem distinguir-me do resto da multidão. Mesmo as mais absurdas. Como ser o primeiro aluno expulso na carreira da minha professora de História (que também era a presidente do conselho directivo), no liceu. Ou o primeiro aluno suspenso (três dias, ex aequo com o meu melhor amigo da altura) na escola primária que frequentei. Ou ser o primeiro líder estudantil a explorar em benefício próprio um esquema de transferências (pagas) de jogadores no campeonato de futebol organizado pela Associação de Estudantes.
Tudo isto depois de constatar que não poderia ser o primeiro ser humano a pisar a lua e antes de desistir da ideia de ser o pioneiro da legalização (institucionalização) da poligamia em Portugal.
Diferente na mania intransigente de que o sou. E até quase aos 20 anos acreditei ser o único homem do planeta com a pila inclinada para a esquerda (não sei se esta mania conta).

Quarta: Mania das ilusõesA minha existência resume-se às ilusões que sistematicamente alimentei nos outros e em mim próprio para, invariavelmente, as reduzir à poeira cósmica primordial (no princípio é que era o caos, mas comigo é no fim - podia incluir-se na mania anterior, mas tenho que esticar a cena para completar o quinteto).

Quinta: Mania dos finais felizes.
Todas as minhas estórias devem ter um epílogo satisfatório. Sobretudo em matéria de refeições (uma boa sobremesa é um must e deixo SEMPRE o melhor para o fim), de conflitos (o melhor de uma boa zaragata é uma excelente reconciliação) e de sexo (aqui incluo, por sistema, o fim também no princípio pois uma boa sessão de preliminares é um aperitivo que se degusta com a satisfação de uma refeição completa).

E pronto, como se pode constatar sou um bocejo em matéria de bizarrias e de anormalidades catitas. Nem um fetiche em condições consigo assumir para gáudio de uma assistência ávida de segredos inconfessáveis.
Ah, e agora tenho que cumprir o regulamento acima pois não quero ser o empata (break the chain). E vou designar meia dúzia, pois não tou a ver um certo moinante a cumprir o seu quinhão e só o "misturo" para anunciar o seu regresso às lides a solo...
Assim, temos:

Soslayo - In MenteJoão Pedro da Costa - Ruínas Circulares (é verdade: regressou, o gajo)
LN - ConversamosVague - La Maree HauteSofia - O TectoManu - Josferlam (podes responder em francês, no teu blogue, se preferires)

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