Como referi duas postas atrás, estou engripado. E os sintomas estão assanhados o bastante para um médico me receitar um antibiótico.
Questionar o critério de um médico é algo que só concebo quando é evidente o engano (sempre possível) nas suas opções terapêuticas. Nem deve ser o caso, mas parece-me que prefiro confiar na capacidade das minhas defesas naturais para combater o bicho que me entope as guelras. E explico porquê.
Tenho o péssimo hábito de ler aqueles papéis com letrinhas muito pequenas que os laboratórios farmacêuticos fazem, por gentileza, acompanhar os seus produtos. Chama-se posologia, ao que sei, e contém a informação que se julga necessária para todos sabermos que raio de mistela estamos a enfiar pela goela. E sempre que leio este manancial de informação desencadeio em mim uma reacção alérgica. Tomem nota, por favor, do que o laboratório que fabrica o antibiótico que me foi receitado inclui num parágrafo a que dá o título
possíveis efeitos indesejáveis.
A itálico destaquei as panaceias para dourar a pílula e a onda ok, este faz mal. Mas os outros não são melhores.
(
) Foram observadas,
embora com uma escassa incidência, manifestações digestivas, perda de apetite (anorexia), náuseas, vómitos/diarreia (chegando a causar
de forma excepcional desidratação), fezes soltas, incómodos abdominais (dores/cólicas), obstipação, flatulência, colite pseudomembranosa e,
raramente, descoloração da língua.
Em alguns doentes,
com doses elevadas e durante períodos de tempo muito prolongados, observaram-se alterações da audição
que na sua maioria desapareceram quando se interrompeu o tratamento.
Em alguns doentes observou-se,
de forma excepcional, alteração no paladar.
Em alguns doentes observaram-se casos de alterações das funções hepática (
raramente graves) e renal.
Observaram-se casos de tontura/vertigem e convulsões (
tal como sucede com outros antibióticos deste grupo), assim como dor de cabeça, sonolência, formigueiro, hiperactividade, reacções de agressividade, nervosismo, agitação e ansiedade.
Em ensaios clínicos foram observados,
por vezes, episódios de neutropenia ligeira transitória (diminuição do número de glóbulos brancos),
embora não se tenha estabelecido a sua relação causal com a Azitromicina, e de trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas).
À semelhança de outros antibióticos, foram comunicadas reacções do tipo alérgico,
em raras ocasiões de carácter grave, em doentes tratados com Azitromicina.
Foram comunicados casos de alterações cardíacas (
tal como sucede com outros macrólidos),
embora não se tenha estabelecido uma relação de causalidade com a Azitromicina.
Excepcionalmente apresentaram-se reacções cutâneas graves.
Foram comunicados casos de astenia (cansaço)
mas não se estabeleceu a sua relação causal com a Azitromicina, assim como de infecções por fungos, dores nas articulações e vaginites.
Eu estou constipado, porra! E este mal já conheço de ginjeira.
Sinceramente, doutor: Prefiro morrer da doença.