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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

26
Jan06

BUSCA, BUSCA OS CRITÉRIOS

shark
Tubanet.jpg
Este tipo de posta não costuma suscitar grande interesse à maioria das pessoas. São coisas de blogueiro, intimidades dos nossos bastidores que partilhamos apenas para nossa leitura.
Por isso não levo a mal se não continuarem a ler este lençol.
O assunto é recorrente, mas já há algum tempo não vasculhava os critérios de busca que trazem navegadores incautos às águas do charco.
E se hoje o faço é porque este espaço precisa de aligeirar de vez em quando o conteúdo e alguns destes visitantes anónimos primam pela originalidade (podemos chamar-lhe outras coisas, nalguns exemplos) e prestam-se à galhofa.

Mas eu levo-os a sério. Até porque os termos que arrastam a malta via Google e similares podem reflectir a essência de um blogue. Senão vejamos.


Fotos de defuntos – Já esperava uma destas desde que publiquei a minha. Ainda assim, interrogo-me acerca do que está exactamente em causa para quem procura…

Coração na boca – That´s me. E coração nas mãos, nas muitas vezes que a boca me atraiçoa e fico à espera do retorno.

Para que servem os dentes do tubarão – O capuchinho vermelho respondia a esta na boa. Mas eu posso acrescentar umas especificidades de esqualo. Servem para tornar mais eficazes as dentadas, nomeadamente quando sacamos um surfista pelos calcanhares, uma foca pelos bigodes ou um comentador atrevido pelos... pelos…

Construções com Cavaco – Com Cavaco onde? A trabalhar nas obras ou a construir pesadelos?

Qual a cor do espelho? – O meu é azul, da cor do mar. E é mágico, ainda por cima…


E agora destaco as que me deixaram mais perplexo:


Faróis esperança frente desilusão – Nem sei o que dizer desta salada de critérios, excepto que tenho esperança que os faróis da frente não me dêem a desilusão de fundirem mesmo quando surge no horizonte uma operação stop e eu tenha acabado de sair do Bairro Alto num fim-de-semana…

Eu me sento que aqui, este quente, este frio, muito quente, este frio samba – Este? Comentem-no vocês que eu não faço a mínima…


E claro, as porno-eróticas, inevitáveis neste mundo virtual. Aconselho as pessoas mais sensíveis ao vernáculo de taberna a mudarem de canal. De blogue, queria eu dizer.


Meninas fodidas – Estaria certamente a referir-se ao feitio das piquenas…

Blog de sexo – Esta é a mais preocupante para mim. Há três meses representava quase um quinto das visitas via Google e afins. Agora nem chega aos 2%. Acho que está na hora de apimentar a coisa…

Fodidas no cu – Estaria certamente a referir-se à flatulência das meninas acima…

Penetrações – Pregos nas paredes? Ná… Avançados na grande área? Ná… Pode ser mais específico(a)?


Para concluir, umas quantas que me sensibilizaram:


Pássaro do sul – That’s me, outra vez. Acima de Lisboa é círculo polar ártico. E mesmo aqui, anda um griso do caneco…

Blogs de meninas – Assim, sem destacar o carácter das moças. Precisa com urgência de recorrer à pesquisa avançada. Ou mudar de óculos.


E a minha preferida. Digam lá se não é de um gajo adorar um blogue que atrai gente com uma busca assim:

Qual é a maior prova de amor que um homem já deu a uma mulher? – Não é pobre a perguntar. E a dificuldade está na escolha. Sinto-me até tentado a pedir auxílio à rapaziada que aqui comenta.
Qual será a resposta a esta ambiciosa interrogação?
Dar a vida? Ser fiel até às bodas de ouro? Deixar a tampa da sanita sempre fechada?
Construir uma versão moderna do Taj Mahal?

Confesso que fui apanhado de surpresa e sinto-me até tentado a abordar a questão numa posta.
Mas assim à primeira vista, julgo que a maior prova de amor é nunca o pôr à prova.
Se existe manifesta-se e não necessita ser questionado. Ou desafiado. Ou desperdiçado por negligência.
A maior prova de amor é oferecê-lo sem condições e recebê-lo como uma bênção divina. O resto, acho que acontece por si…
26
Jan06

TRÊS DEDOS DE CONVERSA

shark
fiquem os aneis.jpg
Aqui há uns anos assisti na televisão a um episódio d’A Quinta Dimensão (The Twilight Zone) no qual um cavalheiro abastado convencia um ganancioso a arriscar a perda de um dedo numa aposta. Se me recordo dos detalhes, estava em causa um isqueiro e a ideia era tentar acendê-lo um determinado número de vezes. Se alguma falhasse, com a mão do apostador presa ao tempo de uma mesa era certinho: chop!

Mas aquilo era ficção pura, apenas para retratar uma dimensão extrema (no caso, a quinta) das emoções e das fraquezas humanas. Era a brincar.

Eu também pensava que se tratava de uma brincadeira, um caso de que tive hoje conhecimento, mas não. É mesmo sério e só o segredo de justiça impede que já tenha tido mais ampla divulgação.
Um indivíduo de Viseu efectuou diversos seguros de acidentes pessoais noutras tantas companhias, com capitais pouco elevados para não chamar as atenções. Claro que nunca mencionou a cada uma dessas seguradoras que tinha subscrito contratos idênticos nas congéneres, embora tivesse sempre o cuidado de se certificar do âmbito de cobertura das apólices (que visam responder às consequências em caso de acidente de qualquer espécie, 24 horas por dia, garantindo uma indemnização fixa e de valor previamente definido ao lesado).

Bom, até aqui calculo que já vos tenha maçado com o assunto. Mas a parte sumarenta vem agora.
Algum tempo depois de efectuar esses “investimentos” o fulano deu entrada num hospital. Tinha acabado de amputar “por descuido” três dedos de uma mão. Provavelmente numa das serras eléctricas da serração de madeiras onde o “acidente” se verificou.
Só por acaso (pela falta de documentação original para todas as seguradoras a “arder”) foi descoberto o esquema.
Não sei se estão a ver a ideia. Um ser humano, um português comum, amputou-se para receber umas massas à conta das companhias de seguros.

A expressão “crise” ocorreu-me. Isto tá mau, o homenzinho viu-se aflito e num momento de desespero, zás. Mas não, o tipo premeditou a coisa. Antecipou em meses o momento de enfiar a mão vocês sabem onde para defraudar seguradoras e receber o que, posso garantir, não seria uma fortuna.
A expressão “ganância” surgiu a seguir.
É para mim um mistério este efeito pernicioso do dinheiro nas mentes das pessoas. Uma loucura, capaz de levar as pessoas a desfazerem-se a tiros de caçadeira, a traírem amigos e família, a venderem a alma ao diabo para pagarem o plasma mais as férias no Brasil.

E agora, em Portugal, já existe um caso documentado de alguém capaz de cortar partes do próprio corpo para enganar companhias de seguros e ganhar algum à conta.
Choca-me, este tipo de bizarria. Pelo que implica de desacerto das monas do pessoal, com o dinheiro (o excesso ou a falta) a constituir o mote para boa parte dos desequilíbrios que se manifestam desta forma maluca.

E por isso precisei de “conversar” um bocadinho acerca deste assunto tão macabro que chegou ao meu conhecimento ao longo do dia de trabalho.
Desculpem lá o desabafo.

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