Há mais do que um Alentejo no meu quadro de referências acerca da região do país que sempre me fascinou mais. De forma simplista posso reduzir a duas imagens, esse meu fascínio alentejano. A terra e o mar. Há muitos anos que me encanto com as planícies alentejanas e com as suas gentes. Há ainda mais anos que a costa alentejana faz parte do meu Verão.
Mas é inegável a minha adoração reforçada por aquela terra e a explicação para o amor à terra, curiosamente, encontra-se no mar. Não num mar qualquer, mas numa mulher. Especial aos meus olhos. Alentejana. Por quem me apaixonei há poucos meses atrás, como o destino traçou quando finalmente cruzou o caminho do
tubarão com o
do seu elemento natural.
Claro que amo o Alentejo mais do que nunca. Claro que mais do que nunca me preocupam as suas inúmeras aflições. A seca, que ainda não acabou. E o desemprego, escandaloso. Mais as outras mazelas que resultam da falta de atenção que o resto do país lhe dá, pior quanto mais distante do litoral.
E por isso tinha preparado uma posta que publiquei mas acabei por retirar a seguir. Soube-me a pouco e pouco é algo que não entra no meu vocabulário de alentejano "arraçado" mas cada vez com mais sotaque...
Pouco é algo que não está à altura do muito de bom o Alentejo me dá. E não há nada melhor do que o amor.
Partilho convosco esta realidade porque ela faz parte do homem que hoje sou. E o que sou é aquilo que tento partilhar. Sem merdas, como gosto de referir. Para saberem a todo o instante com quem podem contar deste lado da coisa, tal como o blogue da Mar me permitiu descobrir nela a amiga e depois um amor.
Sou mesmo assim, tal e qual, como confirmaram ao vivo os amigos que a blogosfera já me apresentou. Sou o protagonista do meu próprio papel perante vós. E na minha natureza escreve-se o argumento do filme que as minhas postas tentam reproduzir. O meu, onde o Alentejo decidiu entrar em força. Como a força e a solidez das minhas convicções acerca desta relação que estamos aos poucos a construir. Um romance que não se quer esconder onde mais exposto estaria à sua vulgarização por terceiros: no falatório à toa e na inevitável especulação. E porque há quem ainda não tenha percebido bem os contornos da situação em causa. no compromisso, na entrega e nas perspectivas.
As cartas na mesa, como ela referiu. E não se admite batota.
É assim que estão as coisas, sérias quanto o podem ser nesta altura, impermeáveis a más influências do exterior, robustas como a fortaleza que se ergue em torno de qualquer ligação empenhada e vibrante, apaixonada, assumida por duas pessoas de bem.
Soube-me a pouco a posta que retirei por não fazer justiça ao Alentejo na principal razão que a justificava,
a mulher que a inspirou.
Acho que assim ficamos conversados, não é?