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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

31
Mai05

A POSTA NA SENHORA SEM PUNHOS

shark
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O sexo falado é algo desconfortável para a maioria das pessoas (e o praticado também). A gente põe-se a falar do tema e cedo ou tarde espalha-se ao comprido na exposição de uma intimidade qualquer. Aquilo a que chamamos “coisas nossas”, para justificar o embaraço que o assunto provoca. A malta tem vergonha de revelar aquilo que sente como um segredo pessoal e intransmissível. Assim reprimimos o impulso natural para partilharmos informação e adquirirmos conhecimento por essa via.

Se calhar existem aspectos específicos que devem ficar confinados aos jardins secretos que nos alimentam as fantasias (e algumas ilusões também). Memórias que sentimos sagradas, ideias que tememos ousadas, sonhos que não queremos desfeitos pela análise fria que fazem os de fora acerca dos nossos anseios e convicções.
Respeito quem sente as coisas dessa forma e reservo para mim (e para quem comigo os partilha) alguns momentos e emoções especiais.

Contudo, isso não contraria a minha tendência para abordar os assuntos mais delicados. Ainda que isso implique expor-me de alguma forma para vos compensar as reacções mais espontâneas ao que me esforço por impregnar com a malícia de uma provocação. Ou com o estímulo de um desafio.
É essa a minha perspectiva das coisas e tenho a sorte de encontrar na blogosfera um núcleo diversificado de excelentes interlocutores(as), seja qual for o tema que vos proponha.

Hoje ocorreu-me falar da masturbação. É aquela cena que poucos homens admitem ter feito e de que quase nenhuma mulher ouviu falar...
Falar da masturbação tem a vantagem de ser possível fazê-lo sem sair do discurso na primeira pessoa. Eu já me masturbei em mais do que uma ocasião e só me envergonhei de o fazer enquanto as paranóias e os tabus dos meus progenitores conseguiram influenciar a minha percepção do sexo a um, essa coisa suja e pecaminosa que conduzia à tuberculose e manchava as cuecas e/ou os lençóis.

Hoje sinto-me no direito de não aceitar vergonhas na minha relação com o corpo (o meu ou o das outras pessoas). E admito até que não desdenho estimular uma parceira dessa forma, no âmbito dos preliminares de que nunca dispenso. Para criar um clima de desejo, de disponibilidade, de entrega, irreprimível e necessariamente compensador.
A masturbação é um momento de liberdade no reino das nossas fantasias. Os monarcas somos nós e os príncipes e/ou princesas que as protagonizam ao longo de uma vida passada a desejar alguém. E o desejo é fundamental, o nosso e o de quem necessitamos sentir no mesmo plano de vontade e de satisfação.

O desejo não é pecado e cada orgasmo é uma benção que Deus ou a natureza ofereceram aos nossos corpos para saborearmos com enlevo e gratidão. De resto, também nos ofereceram as dores de dentes e outras maleitas piores para sabermos dar às coisas agradáveis o seu devido valor...

Por tudo isto não me incomoda assumir a masturbação como um dos instrumentos ao dispor de cada um de nós para buscar o prazer que um corpo nos dá. Ou o prazer de o ver estampado na expressão de uma parceira (ou parceiro, consoante as preferências de cada pessoa).
Pecado é conspurcar nas ideias o que na prática nos limpa a alma das inseguranças e das frustrações.
30
Mai05

OS FACTOS VII

shark
dizlaoutravez.JPG

Dei comigo a olhar para este encantador momento de traulitada. Que saudades tive do Monty...
E aqui termina (por agora) a sequência de lembranças blogueiras que a minha viagem produziu.
Logo que possa, publicarei mais umas quantas. Até lá, renovo os meus votos de uma excelente semana para todos vocês!
30
Mai05

A POSTA NA SAUDADE

shark
Melk1.JPG
Lá porque fui de férias, isso não implica que a blogosfera não estivesse presente nos momentos mais inesperados. Por exemplo, quem diria que na República Checa eu iria dar com lembretes da malta que bloga?
Parece mentira, exagero?
Segue-se uma sequência de evidências que atestam esta premissa.
29
Mai05

A POSTA SONDAGEM

shark
sessentaepicos.JPG
Vocês que me acompanham de há uns meses a esta parte sabem que gosto de abordar alguns temas em especial. Sobretudo os que dizem respeito à interacção entre pessoas, por gostar muito destas últimas. E da interacção também.
Contudo, nestas férias tentei abstrair-me dessas coisas. A ideia era enriquecer o meu depauperado património cultural com mais uns pós disto ou daquilo, assim uma espécie de curso intensivo acerca de música e da história da Europa na qual, por vezes, me custa identificar a tal identidade comum que nos une no melting pot que Bruxelas sustenta.

Porém, numa famosa cervejaria de Praga, dei de caras com a ilustração acima. E pecador me confesso, não me ocorreu uma explicação alternativa para o que vi e que convosco partilho. Alternativa a quê? Não vos digo, precisamente para não influenciar a vossa opinião que gostaria de recolher.
Digam lá com toda a frontalidade: o que vos ocorre à ideia quando contemplam esta gravura medieval?
Não vale fazer batota...

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