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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

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Mai06

A POSTA LINCADA

shark
palco dos umbigos.jpg
Foto: Shark

A blogosfera revela-se como uma comunidade virtual com características próprias em diversos aspectos que nos passam despercebidos no meio da correria diária. Ou seja, mesmo sem existir um manual de bom comportamento blogueiro a malta aprende uns com os outros as regras essenciais a cumprir para uma boa integração no colectivo que formamos.

Alguns desses aspectos saltam à vista e são do domínio comum. Como a “obrigação” de retribuir os comentários que os colegas nos fazem e que acaba por conduzir alguns novatos à tentação de deixarem comentários do género gostei muito do teu blog, visita o meu, logo seguidos do linque para o seu espaço embrionário e sedento de projecção.
Ainda mais óbvia é a resposta “exigida” aos comentários que se deixam. A ausência de retorno a um comentário é sentida como um insulto.
Pior, só a eliminação do comentário (já me aconteceu e num blogue onde tal nunca me passaria pela cabeça).

Outra das mais óbvias gentilezas que qualquer colega descobre serem do agrado geral é a cena dos linques. Lincas-me e eu linco-te. That simple. Trata-se de uma forma de definirmos o nosso “núcleo duro” no meio da confusão e de distinguirmos os espaços que mais prendem a nossa leitura em dada altura.
O charco não respeita essa tradição blogueira, por dois motivos fundamentais: a minha inépcia em lidar com os bastidores da coisa (os templates são mandarim para a minha inexistente costela de poliglota) e o facto de os meus linques (os meus hábitos de “consumo") variarem de tal forma que poucos dos originais ainda constariam na listagem destes dias (ou porque os blogues fecharam ou porque as pessoas deixaram de me interessar sob qualquer perspectiva). Não teria mãos a medir…

Claro que isto dos linques também serve de arma de arremesso em caso de conflito com algum colega. Zango-me com fulano e zás, oblitero a referência na minha coluna lateral. Um insulto também, como se sente essa exibição pública do corte de relações virtuais. Da mesma forma que se recebe como uma espécie de homenagem qualquer citação, na listagem de blogues ou no meio de uma posta.
São mariquices nossas que nos distinguem das restantes tribos que a net alberga.

Isto tudo a propósito de me ter dado um rebate de consciência quanto à minha postura no seio da comunidade onde já dei provas de merecer o meu espaço virtual. Comento pouco nos blogues alheios que visito (que são igualmente escassos) e não tenho a tal listagem pública dos linques que adornam os meus “favoritos”.
E isso torna-me menos simpático do que as dezenas de colegas que conferem ao charco essa forma de distinção, além de ser egoísta da minha parte guardar sigilo relativamente aos espaços que me impressionam e justificam o tempo investido a acompanhar a sua evolução.

Vou passar por isso a incluir na postagem muito mais linques do que outrora, ou mesmo postas inteiramente dedicadas a espaços que eu sinta merecedores da vossa atenção. Acabam por ficar a saber um pouco mais acerca do tubarão, avaliando as minhas preferências na matéria. E essas são determinadas pela qualidade e criatividade da escrita, pelo cuidado na selecção de temas, pelo sentido de humor, pela empatia gerada pelo/a comunicador/a e por mais uma série de aspectos que não adianta aqui referir.

No fundo, todos quantos fazemos acontecer esta realidade cada vez mais preponderante no conjunto do que a Internet engloba temos que assumir o nosso papel na divulgação do melhor (perspectiva descaradamente subjectiva) que encontramos na “concorrência”. É a única forma, para além do cuidado em servir bem quem nos visita, de cultivarmos a nossa ligação ao meio e, em simultâneo, de creditarmos o esforço (que existe de facto, pois a malta tem que bulir) e o talento dos que reconhecemos como válidos e/ou indispensáveis e/ou malta porreira que gostamos de mimar com esta ferramenta ao nosso alcance.
Sempre que possível, oferecerei um ou mais critérios para justificar as minhas recomendações, até para evitar mandar-vos ao engano para espaços que possam colidir com os vossos interesses e preferências ou mesmo ferir alguma susceptibilidade mais puritana.

A “minha” blogosfera está muito diferente da que conheci há quase dois anos atrás. Basta verificarem os nicks que ocupavam a caixa de comentários na altura e compararem com o panorama actual. E se blogam, façam essa análise ao vosso espaço e depois digam lá se não tenho razão quando refiro que são muito voláteis a maioria das ligações estabelecidas entre quem bloga, mesmo quando tudo indica que se criou uma intimidade que transcende o cariz virtual das palavras que se trocam.

Só me falta perceber exactamente porquê. Mas ando a ruminar a questão.

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