Charquinho forever!
A alguns já não os via há quase duas décadas, mas a sensação foi a mesma de quando nos encontrávamos, de raspão, nos sítios marados para os quais as noites loucas nos arrastavam. Cresceram comigo, no Bairro que dá nome a este blogue. Estamos diferentes mas sentimos igual. Os abraços que trocamos são fortes, são abraços de quem não consegue disfarçar uma alegria que nos invade quando esbarramos com pessoas que são referências. Anos sem contacto, a vida é mesmo assim, não conseguem apagar emoções tão antigas que remontam à nossa génese como pessoas.
São os primeiros rostos que aprendemos a reconhecer, os primeiros desgostos, as primeiras arrelias, mas também tudo quanto de bom conseguimos lembrar do tempo em que o Charquinho era o nosso berço, a nossa escola de vida, o espaço em que os amigos cresciam connosco e aprendíamos uns com os outros esta difícil arte de saber viver.
Encontro-os a cada esquina, sempre que dou um pulo ao nosso Bairro e até calha que eles, desterrados como eu, escolheram o mesmo dia para matar saudades.
Sem sucesso, pois essas cabras são eternas. Só connosco morrerão.