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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

19
Jan13

Um sentimento de alegoria

shark

Tudo na vida tão dependente de um qualquer detalhe insignificante como o entendemos, ou não acabaríamos por o negligenciar. Um passo em falso depois de quilómetros de caminhada e tombamos no vazio, naquilo que se revela como o fim da estrada com o qual nunca queremos contar.

Queremos apenas caminhar para diante, às cegas, tentando adivinhar o percurso ideal por apalpação do quente ou do frio, do muito duro ou demasiado macio, tacteamos as opções quase de raspão enquanto alimentamos a ilusão de uma viagem sem fim.

Tropeçamos vezes sem conta e outras tantas precisamos de reunir a força necessária para manter de pé a esperança que nos move sempre rumo ao que ambicionamos melhor.

Decisões tomadas à pressa, sob a pressão dos dias que se tornam horas e depois são minutos, tanto tempo investido que em segundos deitamos a perder com algo de tão aparentemente inofensivo como uma reacção despropositada, uma liberdade exagerada que concedemos ao feitio que julgamos, ingénuos, ser obrigação dos outros aceitar nas suas limitações.

 

Alimentamos ilusões como se fossem filhas que nos compete criar, inventamos-lhes sustento na imaginação, sem adivinharmos o quanto podem não passar de mais um pedaço de chão que nos foge debaixo dos pés como cada dia que nos prova a inevitabilidade do envelhecer, o tempo que acabará por se esgotar connosco perdidos no meio do caminho escolhido, na maioria do percurso, pelos empurrões com que a vida nos desvia para os seus atalhos que nunca encurtam a caminhada e tantas vezes nos afastam de vez da rota traçada no mapa em papel fantasia quando o tempo parece todo o do mundo para lá se chegar.

Queremos apenas perseguir a linha do horizonte, sem tréguas, tentando acreditar que um dia conseguiremos de facto agarrar aquele sol teimoso que todos os dias se escapa e se esconde e nos obriga a reunir a fé indispensável para voltarmos a tentar, depois de tanto esforço investido nas farsas que aceitamos como um mal menor, como meios para atingir os fins que nos surpreendem nessa condição.

 

Porque nunca parecem aquilo que são.

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