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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

05
Nov12

A POSTA SÓ PARA ABRIR CAMINHO

shark

Nem na estupidez a pessoa precisa de ser demasiado óbvia. Sim, é possível manter a estupidez num nível relativamente discreto. Pelo menos consegue-se confinar o problema ao domínio privado, evitando a partilha (o contágio?) com os que mesmo sendo próximos devem ser mantidos fora dos dilemas que a estupidez sempre suscita.

 

Uma das mais evidentes manifestações de estupidez é a insistência em determinados erros, já depois de diagnosticados nessa condição. Ou seja, a pessoa reconhece a estupidez que protagonizou mas insiste em alimentar os factores necessários para acabar por repeti-la. E isso eleva o nível da estupidez a um patamar que deixa a pessoa em maus lençóis perante si própria, confrontada com a evidência de que a coisa é crónica e não um fenómeno passageiro como todos atravessamos algures ao longo de uma existência preenchida.

 

Sempre que erramos existe apenas, em termos racionais, um benefício possível: aprender uma qualquer lição. Mesmo para a pessoa mais estúpida é quase impossível não assimilar aquilo que até o gato escaldado conseguiu, é um desperdício repetir um erro quando não escasseiam opções nessa matéria, evitando sair escaldado (o felino ou qualquer outro animal) quando pode perfeitamente sair embaraçado, constrangido, arrependido, seja o que for que constitua uma variação relativamente ao desfecho de outros momentos de estupidez, involuntária ou não.

 

A única forma de contrariar a má influência da estupidez é ir tapando os buracos por ela deixados ao longo do percurso, evitando assim no presente os futuros tropeções em asneiras passadas. É um raciocínio elementar, ao alcance até de uma pessoa tendencialmente estúpida, e que deve prevalecer de entre todas as consequências que a estupidez possa acarretar.

Agindo dessa forma sensata e prudente, a pessoa sente-se um nadinha menos estúpida e isso já faz valer a pena o esforço mental requerido para as conclusões mais elementares.

Parece simples, posto desta forma. E é.

 

Assim sendo, e porque hoje é segunda-feira (algo que influencia sobremaneira o discernimento da pessoa, estúpida ou não), resta-me desejar-vos, aos poucos que por aqui ainda passam, uma semana decente e ao longo da qual consigam rentabilizar o potencial desta posta como eu próprio o tentarei.

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