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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

25
Mai12

A POSTA QUE PELO MENOS METADE SÃO COMPROVADAMENTE ALDRABÕES

shark

Cada vez mais ficam de lado os pormenores e a vista abre-se sobre o grande plano que começa a parecer uma antecipação do inferno anunciado, muito para lá das dificuldades que uma crise acarreta.

Olhamos para os acontecimentos, os que nos chegam ao conhecimento, e já pouco interessa quem são os protagonistas mas apenas qual o seu papel e quais as causas e consequências da sua intervenções desastradas, levianas, perigosas até.

Pouco interessa o que vemos e o que sabemos acerca da inevitável degradação das funções, do que elas representam para o bem comum, quando ocupadas por pessoas incapazes de lhes entenderem a relevância e que por isso lhes mancham a dignidade com as suas exibições públicas de menoridade, de ignorância.

 

Embora a elite corra a cobrir a retaguarda dos seus, adiando respostas, rejeitando propostas, varrendo para debaixo do tapete a sujeira que o tempo ajuda a esquecer, vemos garantida a presença de aldrabões onde menos os desejaríamos quando as alegadas verdades de uns são categoricamente desmentidas por outros.

E quando uns são Ministros da Justiça e os outros são Procuradores Gerais da República, e quando uns são a tutela da Comunicação Social e os outros são Jornalistas, e quando uns são Primeiros Ministros cessantes e os outros são Primeiros Ministros vindouros, e quando percebemos que são os próprios a atrair a suspeita da mentira quando se contradizem entre si, essa elite gangrenada, deixamos cair os nomes, os rostos, os detalhes sórdidos da porcaria que fazem e que espalham pelo país que precisa mais do que nunca de gente de bem, respeitável e respeitada, deixam de interessar.

Interessa apenas salvaguardar os cargos que ocupam e aquilo que esses cargos representam muito para lá das figurinhas e dos figurões que os ocupem em determinado momento da História.

 

Cada vez mais aqueles a quem confiamos nada menos do que o bom funcionamento da Democracia (pedir-lhes mais do que isso seria desumano considerando a real valia do seu desempenho, bem expressa no que se vê e no que se adivinha ou deduz) parecem ignorar a responsabilidade que isso implica.

Embriagam-se com a projecção, com o poder, com a euforia do sucesso pessoal e perdem o rasto ao que lhes compete fazer a bem da nação que os promoveu, que lhes abriu as portas para um lugar na História que acabam por utilizar para nos envergonharem com a evidência de uma péssima escolha.

Sobretudo numa altura de aperto apenas lhes exigimos uma trégua no regabofe e nem isso parecem dispostos a conceder, na cegueira do poder que não respeitam e por isso se permitem condutas que trazem o descrédito muito mais para as funções do que para as pessoas que as assumem.

 

A insistência nesta aposta em males menores, nesta fé em falsas esperanças, nesta apatia que nos trai porque deixamos que nos atraiçoem, é a receita infalível para o futuro imediato do país ser equivalente ao presente de um outro país que não queremos ser e a quem igualmente um passado glorioso não poderá valer. 

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