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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

26
Abr06

DIA NEGRO

shark
bocarras perigosas.JPG
Foto: sharkinho

Foi o pior momento da história recente do planeta em termos ambientais. De repente, um reactor nuclear decidiu atraiçoar a fé da Humanidade numa energia alternativa ao petróleo em extinção. Explodiu, sem motivo aparente que não a inadequada manutenção e eventual falha humana na resposta à situação de emergência, e envenenou tudo em seu redor.
Ou pelo menos tentou, embora a Natureza tenha sabido reagir ao ataque vil e insidioso da cicuta em forma de radiação.

As pessoas não. Muitas morreram na altura e outras ainda hoje pagam o preço dessa traição energética que alertou o mundo para a condição decrépita das instalações nucleares naquela zona do globo.
A proliferação de centrais nucleares, de que o nosso país está, felizmente, a salvo nesta altura, deixa no ar o temor pelos efeitos nefastos que podem resultar de uma desatenção ou do excesso de confiança nos mecanismos de controlo destas bombas-relógio que, para mal dos nossos pecados, constituem um mal necessário em função da escassez de alternativas realistas para a bronca que se prepara à medida em que se esgotam as reservas petrolíferas.

O disparo do preço do petróleo, aparentemente incontrolável, empurrará ainda mais as nações dependentes do ouro negro para a solução nuclear e continuarão a multiplicar-se estes infernos potenciais na paisagem.
Contudo, crescem de tom as vozes dos que receiam a insistência nesta opção, nomeadamente os ambientalistas, precisamente pelo rasto cancerígeno deixado pela tragédia que Chernobyl conheceu.

Esta data ficará marcada na História como um dos momentos mais tenebrosos que o progresso tecnológico nos exibiu. Não há bela sem senão e se é verdade que nada antes fazia prever esta traição por parte de uma central nuclear (pelos apertados esquemas de segurança que as rodeiam), não é menos verdade que um pouco mais de atenção aos sinais de alerta poderia ter evitado o pior.

Temos que acreditar que ficou aprendida a lição em definitivo e que nenhuma nova oportunidade será concedida a estes reactores de sobreaquecimento fácil.
E de torcer para que continuem bem longe de Portugal essas ameaças latentes cujas bocarras venenosas (ver foto) podem a todo o instante semear pelo ar que respiramos o cheiro fétido da morte, do engano fatal que pode constituir este investimento numa fonte de energia que até nos resíduos da sua exploração engloba um risco de proporções inimagináveis.

Porque felizmente existem alternativas para evitar a repetição destas tristes efemérides.

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