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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

12
Fev12

A POSTA QUE É UMA MARAFILHA TÊ-LA

shark

Avançamos com a ideia porque entendemos natural, porque sentimos que faz sentido, ou apenas porque sim. Mas nesse mesmo instante partilhamos a alegria, a euforia inigualável dessa revolução a caminho, com a noção dos riscos implícitos na que me parece ser a decisão mais importante da vida de alguém. Quando entendemos conceber um filho não sabemos da missa a metade em matéria dos riscos que aceitamos em conjunto com a missão que acabamos de abraçar e ainda por cima descobrimos ao longo do caminho que muitos desses riscos não desaparecem, antes se adaptam à fase da vida em evolução e acrescentam alguns que, muitos deles vindos de fora, ainda menos conseguimos controlar.

 

É a aposta de uma vida, em sentido literal. Quando as lágrimas de alegria nem encontram um caminho por entre o agigantar dos olhos que contemplam um filho pela primeira vez percebemos a verdadeira dimensão do que sentimos nos braços como o maior privilégio que um ser humano pode conceber.

Nada será igual no futuro de a quem compete agora, e no topo de qualquer prioridade, acautelar dois. E uma parte das novidades que aguardam quem veste a pele do progenitor consiste precisamente no cardápio dos riscos corridos que, em boa medida, passam pelos riscos que se deixam correr, pelas distracções, pelas omissões, pela negligência na protecção da cria que basta o instinto para nos incutir.

A nossa vida, tal como a experimentamos, assume-se directamente responsável por aquela outra que criámos e agora se expõe indefesa às múltiplas ameaças que até na própria casa se podem revelar e alimentam de tragédias evitáveis as parangonas.

 

O risco de ter um filho engloba todos os riscos que ele implica ao nível do quotidiano dos pais, nem sempre favorável à disponibilidade para o mais importante dos papéis, mais os que acarreta assumirmos os dos filhos como nossos, precisamente porque somos nós quem tem que os acautelar.

Contudo, todos os riscos que corremos, de forma voluntária ou não, fazem parte de uma existência normal e ainda que não sejam riscos calculados, porque impossíveis de avaliar, acabam por ser aceites e na maioria dos casos até parecem justificar-se.

 

E se existe um risco, ou um milhão, associado à decisão de criar um filho o meu exemplo pessoal pode muito bem somar-se aos estandartes de todos quantos afirmam com o mesmo brilho nos olhos que esse será sempre de entre os que se correm aquele que elegemos como o mais compensador.

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