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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

20
Abr06

...

shark
simbiose.jpg

Pode ser um olhar perdido, pousado num ponto difuso qualquer. Ou a forma graciosa como enrolam o cabelo com as pontas dos dedos, o tique emblemático do feminino que as marca diferentes, o toque nas coisas como se tudo fosse feito de seda ou de algodão.
As coisas que nos dão. Beleza, certeza, confiança, lembrança de uma vida recheada de belos momentos que a sua presença adjectivou.

Também pode ser a melodia de um tom de voz, espalhado por uma sala onde as paredes parecem florir à passagem de cada som. E as flores cheiram tão bem…
Perfume de mulher, hipnotizador, ergue-nos pelo olfacto num tapete mágico que desliza pelo céu em silêncio, levitação. E o poder do amor que suscitam, pelas coisas em que acreditam e pelo sentido que a sua vida nos dá. Filhas ou mães, amantes, criadoras. A força das senhoras que nos vergam numa vénia espontânea ao fascínio que a sua passagem provoca.
Um horizonte de estarrecer, quando um corpo de mulher se apropria do espaço e tudo se transforma num fundo em seu redor. Para compor a fotografia do instante de magia a brotar daquela visão arrebatadora. Adereço, o mundo inteiro que a enquadra como uma moldura quando a contemplamos em plena adoração.

E as coisas que nos proporcionam, mais bonitas à partida pelo milagre da transformação, a jarra sobre a mesa, o culto do pormenor, a vela já acesa pela sensibilidade menina no interior de cada mulher que connosco partilha uma refeição. Momentos especiais, preparados com carinho, todos e cada um. Sentimentos sublimados pelos portentos romanceados a partir da mais pequena emoção. Condimento, especiaria, o suplemento de poesia na arte de bem refinar. Aquele tudo-nada que toda a diferença faz.

Assumo-me fanático, dependente, dessa figura presente em cada um dos meus arquétipos do prazer. E anseio entender, tarefa inglória, as mulheres que me fazem a história da existência que deixarei para contar.
Para poder louvá-las com maior rigor. E amá-las de uma forma melhor.

Sinto-me grato à vida por me ser permitida a respiração do mesmo ar. E o privilégio de as pensar, no que dizem, no que fazem, no que representam e no que são.

À altura da sua espantosa semelhança com todas as imagens que me ocorrem quando busco no universo (o que alcanço) um ícone da perfeição.

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