STANDARD & (VERY) POORS
Por muito que chutem para canto, os responsáveis pela crise política que toda a gente achou inevitável ficarão na História de Portugal como os asnos incapazes de entenderem as regras do jogo financeiro e que, como se comprova, mergulharam o país numa espiral decadente da qual levará anos a sair.
Claro que não há inocentes neste processo de entrega de toda uma Pátria aos poderosos oportunistas que brincam com os destinos de países aproveitando-lhes debilidades que (saberemos um dia?) se calhar até ajudam a criar. Nem boa parte da população, a que culpa os Governos pelas crises que ajudam a provocar com as suas baixas fraudulentas, os seus carimbos dos amigalhaços nos papéis dos Centros de Emprego, as suas cunhas para familiares e amigos medíocres, a economia paralela e a própria ausência de participação activa nos mecanismos da Democracia, pode sacudir a água do capote.
De entre essas fraquezas que servem como pretextos para as agências de rating está, ninguém pode negar e até o PSD invocou esse perigo quando precisou de justificar a aprovação de várias medidas de austeridade do Governo que ajudou a derrubar, precisamente a instabilidade política com todas as incógnitas que esta suscita.
E por isso mesmo, numa simples análise de causa/efeito, podemos ficar na dúvida se a estratégia do Executivo de Sócrates nos livraria desta condição de quase lixo nas tabelas.
Mas com toda a certeza saberemos quais os verdadeiros autores da proeza par(a)lamentar que nos afundou.