TREVAS
Trevas que nascem em mentes que se revelam doentes por pintarem de negro a vida multicolor. Escuridão no vazio que o amor deixou, se é que verdadeiramente amou quem se deixou dominar por ervas daninhas, parasitas, por emoções mesquinhas, malditas, que turvam a visão e deturpam no coração a essência de alguém.
Trevas que o mundo tem guardadas a sete chaves no canto escuro das caves como masmorras nas mentes que se revelam doentes por esconderem no escuro aquilo que de mais impuro produz a alucinação que é a mais clara revelação da demência instalada no espaço por ocupar.
A luz que precisa brilhar e cada vez é mais ofuscada pelas trevas que uma pessoa mal amada propaga por contágio, como se o mal colectivo fosse apenas um plágio massivo de uma encenação individual. A peça de teatro num tabuleiro de xadrez, desnorteada na desorientação criada pela ausência de um guião capaz de explicar cada movimento ou definir no espaço e no tempo cada acto, cada causa e respectiva consequência.
A mais clara revelação da demência.