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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

05
Jun10

COMO UMA DISTRACÇÃO PUERIL

shark

Como a leitura do oráculo gravado na parede de uma gruta onde o nosso destino se previu.

Como a iluminação súbita no túnel do cliché, dolorosa no primeiro impacto e saborosa depois, a luz intensa que purifica a escuridão, que a desvenda na solidão que a conduz sempre às mesmas rotinas de auto-destruição da mais inocente ilusão plantada num jardim secreto dos bastidores.

Como o culto de velhos amores em segredo desvendado pelo ar incomodado perante a evocação de alguns, o ritual sagrado de quem jamais admite esquecer e nunca aceita desistir e joga sempre em mais do que uma frente da batalha por uma felicidade qualquer.

 

O prazer da mentira e da omissão, nada mais se espere de entre os poucos que sobram quando se abdica da beleza em prol de uma esperteza sempre saloia porque corrói quem ludibria e fortalece quem se deixa embarcar na experiência de brincar com a alternância entre a dor do conhecimento em excesso e o sorriso da ingenuidade juvenil.

O céu sempre azul numa pequena porção da existência que se conserva ao abrigo da luz que a pode estragar, tirar-lhe as propriedades mais nutritivas, o apelo das coisas proibidas a que nos sentimos no direito para lá de qualquer tipo de respeito que possamos ter em consideração.

O apelo de um tipo de emoção impossível de obter no contexto de uma vida normal, da monotonia habitual dos dados adquiridos como algumas e alguns tendem a olhar quem distraído se deixa andar e não recorda a possibilidade da evolução de uma fragilidade para um caminho alternativo que implica sair e não permite prosseguir aquilo em que, na verdade, nunca se acreditou.

 

A dificuldade de quem um dia amou mas perdeu a lanterna ao longo do percurso pelo breu, caminhando às cegas até se viciar nessa forma de percorrer o caminho sempre a sós, companhia ocasional encontrada no decorrer de uma cabeçada, de um encontrão, firme na decisão de jamais largar o volante de qualquer meio de transporte que será sempre só seu e nunca lhe ocorre partilhar como é corrente definir entre quem confia sem reservas, ao ponto de deixar de fazer sentido o jogo escondido na batota das ligações.

 

E depois as decisões sempre influenciadas pelas características que permitimos reveladas a bem ou a mal quando aparentemente até insistimos em manter acesa a vela da esperança no meio do vendaval.

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