É O ESPÍRITO DE ALJUBARROTA, CARIÑO!
A Telefonica castelhana quer invadir (com pesetas disfarçadas de euros) a nossa Portugal Telecom e apropriar-se igualmente do território financeiro nacional numa da ex-colónias.
A Pátria dos que possuem quase tantos telefones como orelhas disponíveis está em perigo e já há quem procure uma reencarnação de D. Nuno Álvares Pereira para aplicar a táctica do quadrado (ou de qualquer outra figura geométrica) que nos permita evocar Aljubarrota neste cenário aziago de quase bancarrota.
É hostil, a intenção do inimigo. Tão hostil que há quem fale na asfixia da PT como uma das armas ao alcance do gigante invasor. Querem tirar o ar à nossa companhia dos telefones, tadinha, para a forçarem a aceitar o ju(e)go estrangeiro nas linhas. Nem o tio Belmiro da semi-escravatura nas caixas dos hiper foi capaz de ir tão longe...
E se já tínhamos razões para temer o papão castelhano no Mundial de futebol que se avizinha (o paralelo está no desnível entre resultados e exibições das duas selecções e o que isso faz prever em caso de confronto directo...), agora juntamos-lhe esta outra (c)OPA que atraiu a cobiça dos poderosos vizinhos do lado e temos o país ameaçado de pulverização total nos relvados (sim, já caçaram o Ronaldo e o Mourinho) e nos mercados (sim, já caçaram quase tudo mas a PT dá muito nas vistas)!
A brincar, a brincar, como no tom desta posta, está em causa um precedente que não me tranquiliza. A globalização, essa geradora de monstros corporativos que qualquer dia mandam nisto tudo às claras, revela-se nestes apetites vorazes que não respeitam fronteiras nem outros interesses que não os mesmos que nesta altura ameaçam Portugal de um colapso semelhante ao da Grécia.
Fragilizados pela conjuntura e pelos equívocos de quem tem andado a tomar decisões, os portugueses dificilmente conseguirão evitar a derrota neste inesperado, oportunista e deselegante confronto com o colosso espanhol das comunicações.
E das duas uma: ou acabamos a falar sozinhos por sermos tão ciosos do que é nosso ou passaremos a falar mucho menos portuga noutras linhas que não as do TGV que um dia transportará para o nosso país a nueva fuerza de trabalho que a do dinheiro nos pretende impor.