A SEDE DE BODE
Um gajo vai na boa pela estrada a bordo do seu automóvel. No meio dessa estrada mal iluminada e sem bermas aparece-lhe um grupo de peregrinos à saída de uma curva e acaba por atropelar dois ou três.
Não tem qualquer hipótese de evitar o acidente e não lhe pode ser imputada qualquer culpa ou responsabilidade no mesmo.
Contudo, é submetido aos testes de despistagem de álcool e de drogas, facto que os jornalistas salientam até descobrirem que tem carta há pouco tempo e citarem esse facto como quem não quer a coisa. Mas quer, como toda a sociedade, um pretexto, um culpado, uma razão alheia à falta de bom senso dos caminhantes.
Algo que explique a falha de Deus na protecção dos seus mais fiéis que caminham pela fé, muitos a pé, para Fátima.