A POSTA QUE A COISA TÁ TREMIDA...
Aos poucos tem vindo a fazer-se a cama na qual se deitará Portugal agora que a malta do papel entendeu embicar para aqui as suas investidas. Para minha crescente preocupação, os economistas são mais ou menos unânimes na teoria de que o actual Governo não agiu em tempo útil e tentou tapar o sol com a peneira. Não tenho o substrato necessário para os confirmar ou desmentir mas ainda consigo levar alguns a sério.
E o caso é mesmo sério, como não tardaremos a perceber...
É aflitiva a situação na Grécia. O país está a paralisar aos poucos, tanto no ritmo económico como por via da contestação social às medidas extremas que o Governo daquele país (de qualquer um) teve que impor aos seus concidadãos.
Agora é a nossa vez, ao que parece, e o PEC começa de repente a soar muito brando.
Entretanto os sindicatos vão aproveitando a fragilidade de um governo minoritário e ignorando a debilidade do país, acabando por incitar ao mesmo tiro no pé dos seus congéneres da terra de Sócrates (o outro).
Assusta-me, perceber Portugal tão próximo do trambolhão e ainda mais a confirmarem-se as opiniões dos analistas acerca do papel de quem nos governa nesta trapalhada. E depois temos as alternativas possíveis, se o Presidente da República perder a cabeça e decida provocar eleições caso não exista um entendimento inequívoco entre as principais forças políticas, uma espécie de concertação política a bem da Nação como há muito se vinha percebendo fundamental.
É que à semelhança dos gregos só vamos ver a marreta quando esta aterrar com estrépito nos costados da nossa economia em queda livre.