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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

31
Dez09

TENHAM UM ANO BOM!

shark

Aprendi muito jovem que o único balanço em condições que um gajo pode fazer na passagem do ano é aquele que deriva da quantidade e, em boa medida, da variedade bebida.
Sim, já balancei bastante em comemorações desta natureza. Tanto balanço que cheguei a tombar sobre um dos pratos da dita cuja (da dita cuja refeição, caldo verde, por norma, que serviam algures para acompanhar a garrafa de espumante rasca nos réveillon de discoteca, não de qualquer balança como se pode inferir).
No entanto, e isto da idade tem as suas consequências, deixei de fazer balanços quando o corpo (e a mente) deixaram de se provar capazes de recuperar em poucas horas a estabilidade assim afrontada.


Sim, porque isto dos balanços não é um exercício isento de safanões, sobretudo no meio de multidões determinadas a celebrar um futuro imediato que se ambiciona risonho como forma de esquecer um passado recente onde não foram férteis as ocasiões propícias para sorrir.

A mudança de ano, por muito que seja fácil perceber que um calendário vale o que vale, constitui sempre um motivo de regozijo, um pretexto para a folia mais ou menos endiabrada que a malta gosta de desbundar.

O terceiro calhau a contar do sol completa uma órbita em redor do mesmo e o pessoal festeja a coisa e enche o peito de projectos e de boas intenções na boa fé de que não será durante a órbita seguinte que acabará abraçado a um candeeiro ou rodeado de besouros irritantes a anunciar a última bronca numa cama de hospital.
É assim e não há volta a dar.

 

Existe sempre um enorme conforto em podermos abrir ligeiramente a persiana do olhar e levarmos pela enésima vez na tv com o fogo de artifício em Sidney ou a bola de espelhos em Nova Iorque, mais o novo recorde madeirense para o guiness com dezenas de milhares de disparos para turista ver.
É sinal de que nem tudo correu assim tão mal e renasce a esperança de acabar a crise financeira, de melhorar a saúde da tia acamada ou de finalmente o Benfica voltar a ser campeão.

Fezadas que ambicionamos mais as promessas internas de maior determinação na conquista de objectivos irrealistas a que nos propomos sob o efeito etílico da euforia generalizada que nos contagia mesmo quando a intuição nos diz que na prática apenas vai ter início mais um ano fiscal.

 

Dois mil e nove está prestes a acabar, cheio de acontecimentos para passar em revista e de disparidades entre as previsões dos bruxos do costume e os factos registados na cronologia.
Faz parte da magia disto tudo, desta forma como marcamos na agenda os ciclos que nos orientam no tempo que temos para gastar.

 

Dois mil e dez está quase a começar.

 

E eu, que abomino passas e não sou apreciador de bebidas alcoólicas com borbulhas, só quero que não seja um ano pior.
E quero, isso sim, que para cada um/a de vocês que por aqui passam esteja no início um período inesquecível pelas melhores razões e que quando o sol voltar a nascer no mesmo ponto do horizonte aqui estejamos para desejar uns aos outros um 2011 ainda melhor.

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