Visconde de Vila do Conde a 11 de Setembro de 2009 às 13:28
Shark, meu caro, você nã é "o encarregado de educação que pagou dez cêntimos pelo horário". Quer-me parecer que isso foram todos os outros que, antes de si, pagaram e acharam normal. O meu caro é "o tipo que exerceu um acto de cidadania e perdeu o seu tempo - que vale mais que os dez cêntimos - para que outros, depois de si, não tenham que os pagar".
Isto na minha maneira de ver, está claro...
shark a 11 de Setembro de 2009 às 15:26
Se calhar perdi mesmo o meu tempo, Visconde, pois falar com aquela gente produz quase o mesmo efeito do que dirigir a palavra a uma pedra da calçada (sim, evitei a custo a expressão "calhau")...
Um abraço, meu amigo.
Maria a 11 de Setembro de 2009 às 15:44
bem vindo ao mundo real portugues
shark a 11 de Setembro de 2009 às 16:39
obrigado, Maria, mas eu já não sou nada novo por cá...
estás a imaginar a gaija quando lhe dissessem que tinha que pagar um horário? estou a imaginar o tubarão...
sei muito bem o que são contactos com a dren , a drel cá de cima. penosos e infrutíferos! embora a santa da minha memória tenha a bendita tendência para esquecer o que é mau, algumas cenas ainda estão presentes. a sensação que sempre tive é que existem por que sim, e nunca para resolver, ou pelo menos ouvir de forma activa, o que temos para lhes dizer. o caso dos teus horários vai morrer solteiro, ou não... talvez no próximo ano uma série de escolas se aproveitem desta nova fonte de rendimento!
shark a 11 de Setembro de 2009 às 16:40
consigo imaginar a gaija na perfeição.
e não tenho dúvidas de que nada resultará em benefício dos potenciais lesados, pelo que a tua ideia de outras escolas agarrarem esta janela de oportunidade nem soa nada estapafúrdia...
infrutiferos porque nós portugueses temos muito o hábito de reclamar de boca.
e eu digo: talvez no próximo ano os neurónios de tais gestores voltem a povoar-lhes o crâneo e a massinha encefálica que lá habita passe a funcionar
shark a 12 de Setembro de 2009 às 18:46
E quando reclamamos por escrito obtemos o quê?
Já desbundei, Escarlate, e acabei sempre por ficar na mesma ou pior, pelo tempo que perdi...
Claro que isso não me impede de refilar e de lhes fazer a vida negra. E pouco mais.
Rui Santos, o outro a 11 de Setembro de 2009 às 19:48
A culpa é dos Professores, esse malandros...
Vão mas é trabalhar, cambada de parasitas, pena é a Ministra não saber disto, com certeza, senão iam ver...
Galdérios.
ps- A minha gaja diz que isso é altamente ilegal. Só se justificava se houvessem horários afixados e os papás, algo que também acontece, não quisessem ter trabalho de os passar e pedissem fotocópias dos respectivos.
Prometo que também vou indagar ok?
shark a 11 de Setembro de 2009 às 21:21
Indaga, indaga que o teu indagar tem graça.
Mesmo que não seja ilegal é imoral e reflecte uma bagunça que contraria um bocado o optimismo eleitoralista.
Mas claro que pode tratar-se de um exemplo pontual, de uma aberração, de uma verruga num sistema quase perfeito.
(a música tá fixe ou queres que mude o disco?)
Terias evitado esse blá blá blá com um simples pedido do livro de reclamações que além de ficar registado e tu na posse de uma cópia teriam de te responder por escrito e aí terias apurada a responsabilidade do acto.
Fácil, limpo sem chatices e com prova comprovada.
Nunca te disseram que 31 de boca nada vale?
shark a 12 de Setembro de 2009 às 12:48
Mas eu tenho uma boquinha tão valiosa que pensei que bastava...
(Nem me ocorreu que a escola tivesse livro de reclamações, sou mesmo um artolas.)
Vá lá que os amigos também servem para prestar estas informações.
Antes de 2006, o livro de reclamações estava à disposição, entre outros, nos seguintes estabelecimentos:
Empreendimentos turísticos, restaurantes e bares, agências de viagens, turismo rural, espaços de jogo e lazer, campos de férias e termas; escolas e centros de exames de condução e centros de inspecção automóvel; clínicas, laboratórios, hospitais e centros de reabilitação privados; mediadoras imobiliárias e agências funerárias; instituições privadas de solidariedade social e serviços de apoio social e domiciliário.
Depois de 2006 foi alargado a:
Jardins de infância e creches, centros de actividades de tempos livres, lares e instituições com acordos de cooperação com os centros distritais de segurança social (como cantinas sociais, por exemplo);
cabeleireiros, institutos de beleza, estabelecimentos de tatuagens e colocação de pírcingues e ginásios;
prestadores de serviços de transporte, telefone, água, gás, electricidade, acesso à Internet e correios;
lojas de venda a retalho e estabelecimentos de comercialização ou reparação de automóveis;
postos de abastecimento de combustíveis, parques de estacionamento; farmácias, lavandarias e engomadorias; recintos de espectáculos;
seguradoras, mediadores e corretores de seguros, instituições de crédito e estabelecimentos do ensino particular e cooperativo.
Como prestador de serviços tu também deves ter livro de reclamações ou passou-te em branco esta obrigatoriedade?
shark a 12 de Setembro de 2009 às 18:48
Quem não deve não teme, amiga. Tenho o livro desde que a lei o impõe.
Mas até hoje, e apesar de o ter bem à vista, ninguém o quis utilizar.
todas as instituições públicas são obrigadas a ter um livro de reclamações, Shark!
o que eu não percebo mesmo é porque diabo de razão os desgraçados computadores têm sempre de levar com as culpas todas. problema informático??? ahahahahhahahahhahaah
não, Shark, efectivamente as escolas são obrigadas a fornecer o horário aos alunos, mais do que isso são obrigadas a divulgá-lo em "tempo útil".
se o aluno quiser uma cópia, sim, terá de pagá-la porque tal como muitas outras coisas, deus não paga o papel às escolas pelo que não adianta enviar-lhe a factura. agora se o aluno não precisar da porcaria do papel mas apenas da informação, tem todo o direito de a exigir.
haja paciência! mas muita paciência para tanta idiotice. depois admiram-se de não serem respeitados e ninguém lhes dar um minimo de crédito quando tentam reivindicar algo. irra
shark a 12 de Setembro de 2009 às 18:49
Mas entristece um bocado, ver o ponto a que as coisas estão a chegar.
O bom senso parece eliminado e a vergonha na cara também...
Rui Santos, o outro a 13 de Setembro de 2009 às 02:08
Peço desculpa mas não entendi a frase:
" Depois admiram-se de não serem respeitados..."
A parte de "admiram-se" é uma referência a quem?
neste caso, obviamente que aos gestores dessa escola que são professores ou pelo menos assim se designam.
e sim, eu sei ao que estou a habilitar-me quando faço afirmações criticas como esta e também sei que em todas as profissões existe bom e menos bom.
Rui Santos, o outro a 13 de Setembro de 2009 às 23:08
Dentro de uma Escola, e esta não deverá constituir excepção, o Orgão gestor é o Conselho Executivo, que antes era obrigatoriamente "presidido" por um Professor, o Presidente do CE.
Actualmente foi instituido a figura do Director, que não tem necessariamente que ser um Professor.
Como não tenho conhecimento explícito sobre quem administra a Escola das Piscinas, abstenho-me de tecer comentários generalistas sobre esta ou aquela classe profissional, que, e como tão bem refere, terá certamente bons e maus.
O que é pena, neste e noutros casos, é que os ´maus exemplos, consigam quase sempre ser mais destacados que os bons.
uma escola ou agrupamento de escolas era efectivamente gerido por um conselho executivo presidido pelo presidente, conforme dec-lei 115 de 1998. qualquer dos membros do conselho executivo era obrigatóriamente um professor com profissionalização feita.
actualmente as escolas e agrupamentos de escolas são geridas por um director eleito pelo conselho geral de entre os diversos candidatos, segundo o dec-lei 75 de 2008.
passo a citar os requisitos de candidatura expressos no artº 21, ponto 3:
"Podem ser opositores ao procedimento concursal
referido no número anterior docentes dos quadros de nomeação
definitiva do ensino público ou professores profissionalizados
com contrato por tempo indeterminado do
ensino particular e cooperativo, em ambos os casos com,
pelo menos, cinco anos de serviço e qualificação para o
exercício de funções de administração e gestão escolar,
nos termos do número seguinte."
como pode verificar todos os directores de instituições escolares públicas são obrigatoriamente professores.
e este é o caso da EB2/3 das piscinas nos olivais, sede de agrupamento.
quanto aos comentários generalistas dado que é leigo no assunto abstenho-me de lhe responder mas reafirmo-lhe que sei exactamente ao que me habilito de cada vez que teço uma crítica à referida classe profissional onde obviamente existe bom e menos bom.
deixe-me só acrescentar que não é a primeira vez (e nem será a última) que escrevo sobre o muito de positivo que também se faz nas nossas escolas.
grata pelos seus comentários
desculpe-me Shark ocupar tanto o seu (nosso? :) ) espaço
shark a 14 de Setembro de 2009 às 00:21
o espaço é livre, Escarlate, é mesmo de todos/as!
permita-me uma rectificação ao meu comentário anterior
quando refiro que as "escolas" eram geridas por conselhos executivos deveria ter esclarecido que apenas o eram as EB2/3, Secundárias, Agrupamentos e escolas de 1º ciclo em regime de autonomia.
os pré escolares e escolas de 1º ciclo sem regime de autonomia, eram parcialmente geridas por directores, eleitos pelos seus parceiros, de entre o corpo docente da respectiva escola.
e já que aqui voltei permita-me Rui, perguntar-lhe e a propósito de generalista:
"A culpa é dos Professores, esse malandros...
Vão mas é trabalhar, cambada de parasitas, pena é a Ministra não saber disto, com certeza, senão iam ver...
Galdérios."
esse comentário foi escrito por si ou plagiaram-lhe o nome?
não, não precisa responder
:)
Rui Santos, o outro a 14 de Setembro de 2009 às 01:37
Fui eu mesmo quem escreveu o comentário que cita, foi pena não ter entendido que o fiz apelando a minha veia irónica, que pelos vistos estará perto de uma trombose.
O agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, em Mem Martins - Sintra, que engloba escolas do 1º, 2º e 3º ciclos, acrescendo ainda o pré-escolar, é presidido por um Director nomeado pela DREL, que não tem formação Docente. Este exemplo que aponto e que conheço será certamente extensivo a outros agrupamentos, onde existe pessoal Docente e não Docente. Não creio que, e logo por azar, este caso seja uma excepção à regra.
Todavia, aquilo que nos tem feito trocar algumas palavras, que faço votos para que sejam com a elevação, foi o facto de no seu primeiro comentário, ter reduzido as recentes reivindicações de uma classe profissional, ao facto de uma qualquer besta achar-se no direito de pedir 10 cêntimos por um horário escolar.
Trata-se, a meu ver, de uma analogia perigosa e injusta, sobretudo se pensarmos que a parte não tem necessariamente que ser o todo.
equivoco seu Rui.
o agrupamento de escolas ferreira de castro no concelho de sintra não tem director.
no processo de candidatura não houve candidatos que obedecessem aos requisitos exigidos por lei.
quando tal acontece, compete ao respectivo director regional nomear uma comissão administrativa provisória. foi o que aconteceu no caso da ferreira de castro.
essa comissão administrativa pode ser presidida por elemento com currículo de gestão e conhecimento educativo, mas não obrigatoriamente docente.
no caso da ferreira de castro foi nomeado o engº António Castel-Branco Ribeiro, coadjuvado pelas duas vice-presidentes ca comissão administrativa provisória as docentes Rosalina Jerónimo e Mª Manuela Ribeiro.
esta comissão administrativa provisória tem um mandato de um ano, e ela compete desencadear no processo de candidatura para a eleição de director.
Nesta situação
deixe-me acrescentar que entendi perfeitamente a sua ironia, apenas me parece desadequado que alguém que a utiliza se melindre quando alguém afirma que em todas as profissões existe bom e mau mas que obviamente os maus exemplos levam a que uma classe não seja dificilmente respeitada.
Rui Santos, o outro a 14 de Setembro de 2009 às 12:06
Como tão bem explica, não considero existir equivoco da minha parte. O caso que apontei constitui, mesmo que de forma provisória, um exemplo concreto que a administração de uma escola ou agrupamento pode perfeitamente ser administrada por alguém que não necessariamente um Professor.
É costume dizer-se que "só não se sente quem não é filho de boa gente..." daí o meu melindre.
Acredito que temos opiniões próximas relativamente ao bom e ao mau desempenho dos professores, nunca concordarei que, repito, o facto de uma qualquer besta pedir 10 cêntimos por um horário escolar, possa contribuir para que o todo seja apontado pela parte.
boa semana
Transcrevi a legislação que confirma o que afirmei: o Director ou Presidente do Conselho Executivo é obrigatoriamente um professor.
como apresentou o caso especifico da Ferreira de Castro, expliquei-lhe que não se trata de um Director nem de um Presidente de Conselho Executivo mas sim de um Presidente de Conselho Administrativo ao qual não cabem todas as competências que os outros auferem.
garanto-lhe que sou filha de boa gente :) e em momento algum me passou pela cabeça que o Rui o não seja até porque não é a primeira vez que leio comentários seus.
e sabe Rui... também lhe garanto que tenho um enorme respeito e apreço por todos os bons professores :)
Retribuo os votos de boa semana
e obrigada Rui por todos os seus comentários e também pela forma como defendeu a classe :)
shark a 14 de Setembro de 2009 às 12:32
Fico sempre muito sensibilizado quando a malta encontra uma forma tão cordata de abordar as divergências no meu charco.
:)
oh Shark, a divergência é inevitável se somos todos pessoas diferentes (já as tivemos nós os dois não foi?! e continuamos aqui prontos para mais). a discussão é saudável e a educação sempre foi tónica neste charco :)
e tu até sabes que eu só me dou ao trabalho de discutir com quem valha a pena :)
boa semana para ti também e também a ti obrigada
Mais uma razão para saberes da sua existencia e que á para ser usado em situações como a que descreves-te.
Embora eu perceba que há situações em que as pessoas ficam tão atónitas que nem se lembram dos seus direitos.
Aconteceu ainda há pouco com o meu filho numa situação diferente é certo mas que depois de falar comigo e eu lhe lembrar o livro de reclamações ele agiu em conformidade.
shark a 14 de Setembro de 2009 às 12:28
Mas eu fiquei mesmo atónito. E gelei...
Por acaso tambem já tinha pensado nisto. se realmente é uma escola publica, penso EU que o estado tivesse pago as tintas para a impressora e o papel da mesma. já que o dinheiro que a escola tem é feito num orçamento. corrijam-me se eu estiver errado mas apesar de serem só 10Cent e que não é por causa de 10Cent que vou ficar pobre mas... já é chular um bocado não ? visto que o dinheiro que vai para as escolas sai do nosso bolso na mesma atraves dos impostos (isto numa escola publica, que é este caso).
resumindo e concluindo... pagamos 2 vezes!
deve-me estar a falhar muita informação, desculpem...
shark a 14 de Setembro de 2009 às 12:12
É simples: no fundo é o mesmo raciocínio que se aplica ao IA sobre os automóveis novos ou aos parquímetros, por exemplo...