Partilhando das tuas palavras, sinto, contudo, que o caso é mais complexo. Há alunos dessa senhora que falam de pura manipulação e provocação da professora de modo a levá-la ao rubro e, então, gravar esses momentos. Só uma gravação da aula completa poderia servir para aferir alguma coisa quanto às duas partes em questão. Longe de mim, contudo, desculpar os excessos dessa senhora.
shark a 20 de Maio de 2009 às 17:34
De facto, ainda que se trate de um caso de "manipulação" não abona nada do estado de saúde mental da senhora...
Carlos a 21 de Maio de 2009 às 16:32
Caro amigo viu a gravação? Não me parece. O que é que quer aferir? Aquilo que aferiram os advogados da Casa Pia? Questões de Direiro?
Felizmente, e eu falo por mim, existem neste país professores que conseguem marcar e ser uma referência, seja ela masculina ou feminina, nos alunos deste nosso Portugal.
Tive grandes professores...dos outros...esqueci-me.
Também fui professor, apenas 2 anos, com habilitação suficiente. Tecnicamente, ou melhor, pedagogicamente, não estaria preparado para ensinar, no entanto, sem qualquer preparação pedagógica, nunca nenhuma aula minha teve este tipo de conversa avançada. Com miúdos de 12, 13 anos e sem a preparação devida o que deve imperar será o bom senso, como dizem os miúdos, tipo, como se falassemos de pai para filho.
shark a 21 de Maio de 2009 às 17:46
Amigo Carlos, a única coisa que posso aferir é tudo o que a posta engloba mais a certeza de que não é aquela a postura que esperamos de uma professora em qualquer nível do ensino.
Em momento algum neguei a existência de Mestres entre os professores, antes pelo contrário.
E por isso diga-me lá, concretamente, se existe algo em que estejamos em desacordo para debatermos o problema.
AnaT a 20 de Maio de 2009 às 17:14
"Os fins justificam os meios"? Há casos em que concordo plenamente... porque cabe ao professor educar o conhecimento, e aquilo foi tudo menos uma aula!
shark a 20 de Maio de 2009 às 17:35
É disso mesmo que se trata, Ana.
Joaninha a 20 de Maio de 2009 às 18:53
Para além de tudo o que foi aqui dito, também não nos podemos esquecer da forma como ela se refer à mãe da aluna em questão.
Acho que não tem a ver com o facto de a Sr.ª ser professora ou não porque se ela tivesse qualquer outra profissão e se falasse da mesma forma a minha opinião continuaria a ser a mesma.
shark a 20 de Maio de 2009 às 19:20
Sim, o empoleiranço académico também enoja quando posto naqueles termos...
subscrevo inteiramente as tuas palavras!!
deixa-me acrescentar que este (e muitos outros factos) reforçam a minha opinião de que a avaliação de profissionais é necessária (talvez o actual não seja o metodo perfeito mas então apresentem outro).
Tive a sorte de pela vida fora me deparar com excelentes professores, tive o azar de me deparar com alguns que simplesmente não são professores.
Reconheço que não é profissão fácil (há alguma que seja???), reconheço que há alunos dificeis (mais uma razão para que exista 1 boa formação e selecção de profissionais)
Nunca gostei de generalizar por 1 único caso e discordo que toda a classe seja tomada pela mesma bitola.
Lamento profundamente que a tua filha, o meu filho ou os filhos de quem quer que seja, estejam sujeitos a deparar-se com algo assim.
Lamento profundamente que alguém possa confundir educação sexual (na escola ou fora dela) com actuações análogas a esta.
Nunca comentei sobre a outra situação mediática de "telemovel" mas faço-o hoje como 1 pergunta: desde quando professor mede forças de puxa para cá e para lá, com aluno???
(esta pergunta deixa clara a minha opinião sobre o assunto, não deixa?! mesmo sem de forma alguma, desculpar a aluna!!)
Discordo do uso do telemovel em ambiente de sala de aula seja por parte de alunos ou professores. Não discordo que os alunos o possuam mas entendo que devem ser educados sobre a sua utilização seja onde for.
A aluna em causa não será penalizada por tê-lo usado (mesmo em sala de aula) porque neste caso especifico há pontos que vão ilibá-la.
(acho que este comentário está extenso demais, sorry)
shark a 20 de Maio de 2009 às 19:25
(Isso dos comentários extensos demais não existe, é um mito urbano...) :)
Espero que tenhas razão quanto ao ilibar da miúda.
Carlos a 23 de Maio de 2009 às 09:15
Essa pergunta da medição de forças entre aluno e professor só tem uma resposta: Desde que o Estado perdeu a autoridade. E infelizmente perde-a todos os dias.
Quanto aos telemóveis, e eu tenho 3 filhos, sinto-me mais confortável sabendo que eles o têm. Agora o uso é que tem que ser disciplinado. Mas isso tem muito a ver com a educação que os putos levam de casa.
Eu concordo com o que dizes mas até que ponto o próprio Ministério da "Educação" não tem culpas no cartório ao aceitar ou melhor ao determinar que as aulas de Educação sexual possam ser leccionadas por qualquer professor sem a minima qualifificaçáo para tal e até dos pais e encarregados de Educação ao aceitarem que os filhos possam ter aulas de educação sexual dadas por qualquer um demitindo-se eles próprios (a pretexto de ser matéria sensivel) da sua obrigação de educadores e na função que de facto lhes compete, EDUCAR porque a escola deveria era INSTRUIR o que é sensivelmente diferente.
desculpa AOUTRA (e se o Shark me permite) a escola serve para instruir E educar. ambos os conceitos estão associados ao de instituição escolar.
nenhum contexto em ambiente de sala de aula justifica que um professor utilize linguagem que está longe de ser considerada educação sexual por muito pouco que saiba sobre a matéria em causa.
concordo plenamente que deve ser revista a forma como o ministério está a introduzir a ed sexual na escola, também concordo que qualquer professor não tem obrigação de estar apto a leccioná-la, também concordo que a ed sexual deveria começar em casa no dia-a-dia de uma forma natural e finalmente ainda concordo que há alunos que sabem mais que muitos adultos e outros que já conseguiram deturpar aos 11 anos o que se calhar a muito adulto nem lhe passou pela cabecinha
discordo da generalização que feita à classe profissional porque 1 caso não faz o todo
Mas foi precisamente o que eu disse, não posso condenar uns e desculpabilizar outros, sem ter conhecimento do que se passou de ambas as partes ou o que foi o todo da aula.
Por outro lado e embora considere que há necessidade de um grande controlo emocional e psicológico em determinadas profissões, também sabemos, ou neste caso não sabemos, o que levou ao descontrolo que foi registado.
e o que eu digo é que não há nada, absolutamente nada que justifique aquele tipo de descontrolo, é apenas nesse ponto que discordam as nossas opiniões
Esqueci de dizer que há professores de História a leccionar educação sexual com sobreposição de horários e não querendo desculpar mas não sabendo o contexto do que foi a aula na sua totalidade a professora pode perfeitamente ter sido apanhada num
conloio. E olha que se há miudos ingénuos com 12 anos há outros bem sabichões para a idade.
shark a 20 de Maio de 2009 às 21:22
Volto a insistir que se uma criatura que exige ser tratada por "senhora doutora" pelos plebeus iletrados só com o 12º ano se deixa enganar por putos daquela idade é porque não escolheu a carreira certa...
Custou-me que no caso do telemóvel o puto que filmou a cena tivesse sofrido consequências, e a sociedade amochou. Vamos ver se acontece o mesmo agora. Qualquer dia a impunidade dos loucos será total.
shark a 21 de Maio de 2009 às 00:49
(Olha, eu tenho-me safado bem...)
:)



Ahahahahaha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E os srs engenheiros

e os doutores apenas com licenciatura ????

e os doutores/engenheiros das novas oportunidades?????????

Ó faxavor!!!!!!!!!!!!!!................

shark a 21 de Maio de 2009 às 00:50
eu sou doutor numa data de bases de dados sem ter concluído curso algum...
:)
Shark: insisto na minha. Eu sou professor. Sei do que algumas (algumas apenas, mas essas algumas são o suficiente) criancinhas de um simples 5.º ano de escolaridade são capazes no que diz respeito a hipocrisia e malvadez. Eu nunca fiz cena alguma semelhante à desta senhora. Mas digo-te que nunca fiz nenhuma semelhante porque eu sou santo. Só falta a beatificação. Qualquer ser humano (menos eu, que sou santo) pode perfeitamente subir à demência com a desautorização a que os professores hoje são sujeitos. Os professores não podem pôr alunos que faltam ao respeito ao professor na rua porque é suposto ter mão neles (eu gostava de saber a receita); se faz participação disciplinar, é porque é mau professor, e não tem mão neles; se não faz participação disciplinar, é porque é irresponsável e, assim, nunca terá mão neles... Seja como for, a participação disciplinar é uma coisa que tem sempre efeitos retardados, logo, nunca tem efeito algum no comportamento dos alunos.
Condeno, a partir do que ouvi das gravações, a prepotência da senhora, a sua incapacidade para transmitir conhecimentos correctos (pode-se falar de orgias romanas, que existiram, sem ser com aqueles termos que, ainda assim, são mais soft que aqueles que ouço aos meus alunos do 5.º - sim, 5.º ano de escolaridade).
Quando se fala disto como prova da necessidade da avaliação de professores, eu concordo. Mas quem é que vai avaliar os professores, com este modelo???? Surpresa!!! Senhoras tal e qual como esta!!!! Ah, pois... Os professores titulares são, em grande parte, senhores de discursos semelhantes aos que agora tanto choca o pessoal todo. Logo, avaliação sim - mas...
Voltando ao ponto inicial: a demência daquela senhora só pode ser avaliado por quem dá aulas a turmas de 30 alunos, nas condições de falta de autoridade a que os professores hoje estão sujeitos. Quem não passou por essa experiência, peço desculpa, mas não tem legitimidade para atirar pedras.
Não tenho dúvidas que sempre houve gente estúpida a dar aulas. Tive professores que eram simplesmente escória da pior espécie - quase que me atreveria a apostar que eram piores que o que nos leva a condenar esta senhora doutora por meia dúzia de frases gravadas sabe-se lá em que circunstâncias - e que deviam ser proibidos de dar aulas. Provavelmente (quase de certeza), hoje são professores titulares e vão avaliar os outros professores mais novos (da minha idade), segundo este modelo de avaliação.
Por isso, se condeno a ignorância e estupidez desta senhora, pelos mesmos motivos, perdoo a ignorância e estultícia de muitos comentários que aqui leio nesta tua posta.
shark a 21 de Maio de 2009 às 00:53
Seres professor valoriza sobremaneira a tua opinião, Manuel Anastácio. E estou certo de que o teu conhecimento de causa contribui e muito para ficarmos mais bem esclarecidos acerca do que se terá, hipoteticamente, passado que pudesse levar uma professora ao estado que se viu.
Contudo, revendo os comentários desta caixa não topei a ignorância a que fazes alusão.
Podes iluminar-me nesse particular para situarmos melhor a questão? É que se calhar escapou-me algo...
Confesso que depois de ler com mais atenção os comentários, vejo que fui injusto. Interpretei mal algumas passagens por estar pouco atento a passagens anteriores...
O que, curiosamente, só corrobora a minha opinião quanto ao valor da interpretação de frases descontextualizadas.
Teté a 20 de Maio de 2009 às 23:55
O uso de gravadores ou de telemóveis para reportar o que se passou na aula, quer sejam casos aberrantes destes ou simplesmente para tornar mais fácil o estudo na matéria, não me parece ilícito.
Espero que a aluna não seja punida por tal!
De resto concordo com tudo o que dizes: bons e maus professores sempre existiram, existem e existirão. Neste caso específico, parece-me mais uma mente muito desequilibrada e frustrada...
Se a aluna for castigada, não será pela gravação, mas porque uma gravação, descontextualizada, é sempre uma forma injusta de acusar outrém.
Quanto à "mente muito desequilibrada e frustrada"... depreendo que a cara Teté nunca tenha dado aulas no contexto em que se dão aulas actualmente. Mas concordo consigo, sabe: aquilo é sinal de uma mente frustrada e desequilibrada.
O meu espanto é que, estando as coisas como estão, não haja mais mentes desequilibradas e frustadas entre os professores... Muitos santos há por aí...
shark a 21 de Maio de 2009 às 00:57
E não há volta a dar, Teté. Somando o fraco calibre de alguns seres humanos academicamente habilitados para o ofício à pressão de que fala o Manuel Anastácio mais acima é quase um milagre ainda existirem alguns professores sãos.
Mas lá está, existem uns quantos sem colocação e que estarão certamente em melhores condições para assumirem tal responsabilidade...
O que, somando umas reformas antecipadas por invalidez (o que implica aceitar a demência precoce nos professores como doença profissional, tal como o stress pós-traumático no caso dos militares), com as respectivas aberturas de vagas, será largamente aceite pelo corporativismo docente: Shark para Ministro da Educação, já...
shark a 21 de Maio de 2009 às 01:20
Seria difícil fazer má figura...
:)