A POSTA QUE NINGUÉM PODE DESMENTIR
A malta costuma dizer que na blogosfera podemos pintar-nos como quisermos, podemos mudar de género, de nome, de identidade, de atitude, seja o que for.
Contudo, existe sempre a necessidade da coerência. É que isto de a pessoa registar as suas larachas por escrito e ficar tudo em arquivo dá a faca e o queijo a quem queira escrutinar a veracidade ou mesmo a integridade de alguém que bloga.
Ou seja, na blogosfera é mais fácil apanhar um mentiroso do que um coxo.
Por isso mesmo, o primeiro de Abril é um dia talhado para dois tipos de pessoas que blogam: as que mentem sempre e neste dia podem até dizer uma verdade que fica sempre a dúvida e as que nunca mentem e neste dia podem optar entre a mentira ou entre uma verdade que, lá está, por ser dita hoje pode sempre ser uma peta e ninguém tem hipóteses de afirmar qualquer das condições.
Quero com isto dizer que hoje vou aproveitar a confusão para misturar verdades que talvez não admitisse revelar sem o manto protector do primeiro de Abril (ah, isso era só a reinar…) e mentiras tão bem contadas que só mesmo um reduzido grupo de eleitos/as poderá, talvez, identificar.
E começo por vos dizer que nisto da blogosfera tenho sido um embuste. O meu nome verdadeiro é Joaquim e sou um jovem com pouco mais de vinte anos (a foto é de um gajo giro que piquei no Google images), trabalho num café de Alcântara e vivo na Ajuda.
Por outro lado, fui sincero quando me afirmei dotado de um gigantesco e mimado… umbigo e isso reflecte-se imenso na qualidade final deste blogue porque os blogues são os espelhos dos donos (por quantos bigodes postiços ou cabeleiras louras arranjemos para nos disfarçar).
Mas a piada deste dia consiste precisamente em tudo ser possível de afirmar sem medo de consequências ou se represálias. Ou seja, como um tipo pode sempre dizer “ah e tal, caíste que nem um/a patinho/a” e fazer de conta que estava só a brincar quando até se desbroncou à força toda, é um dia perfeito para isso mesmo.
Claro que um gajo pode sempre ter tino e pensar que o dia está perfeito é para se pirar para a rua e ir sair com uma tipa muita gira que bem conversadinha até é capaz de se apaixonar pela pessoa e o camandro, que às tantas até acaba por se envolver com um gajo numa prolongada sessão de sexo tórrido e mais-não-sei-o-quê e um mês que começa assim só pode ser um mês muito bom.
Mas mesmo que eu dissesse isso hoje ninguém acreditava, certo?