A CORDA QUE PODE PARTIR
A questão das cedências que todos temos que fazer para que resultem todo o tipo de relações é das mais melindrosas, precisamente porque não existe uma unidade de medida ou um instrumento de medição que permita avaliar a cada momento o equilíbrio nas proporções.
Acabamos, cedo ou tarde, por descobrir que cedemos a menos ou, pelo contrário, a mais.
E essa constatação acaba muitas vezes por constituir o embrião de uma revolta surda cujo desfecho, na maioria dos casos, é o fim das próprias relações que as cedências visavam viabilizar.