Por mais voltas que dê ao assunto não consigo encontrar uma base de sustento para qualquer raciocínio que me possa afastar do preconceito de que os comentadores que aproveitam o anonimato para mandarem umas bocarras não passam de uns cobardolas.
É um tema recorrente na blogosfera, dada a aparente tentação sentida por alguns (e algumas) para destilarem os azedumes por detrás da mascarilha (que já lhes deu mais cobertura no passado, agora às vezes entala-se um ou outra…) por não terem a dignidade e a coragem e mais uma data de coisas que fazem a diferença para melhor em qualquer ser humano.
Onde é que está a dificuldade de darem a cara pelas suas opiniões? Têm vergonha de serem tão mesquinhos/as e de se assumirem em público nessa condição?
Pois, é uma gaita a pessoa ter que dar a cara pelos seus impulsos destravados. Tem consequências desagradáveis, bem o sei. Mas é a única forma de não vestirmos a pele das criaturinhas merdosas que se arrastam num lodaçal interior e quando este transborda preferem manter a pala de pessoas de bem.
Não o são ou fariam de outra forma, com mais inteligência (por exemplo). Mas até podiam entrar a matar, sabendo de antemão que obteriam muito melhores resultados se assumissem a pele verdadeira por debaixo da mascarilha que tanto enoja quando a ideia é atacar a imagem dos outros.
Acreditem que não está sequer em causa para mim a legitimidade dos desabafos ou dos pretextos que lhes dão corpo. Apenas me repugnam desde sempre as denúncias anónimas, pela cobardia inegável por detrás de tal opção e que acaba acrescida pelas coisinhas de treta que na blogosfera costumam motivar quem não sabe reprimir as suas emoções negativas. Ou seja, se os/as cobardolas são incapazes de darem a cara por assuntozinhos irrelevantes é fácil de adivinhar a sua essência quando têm que enfrentar situações sérias de conflito ou de simples antagonismo com alguém.
E surpreende-me que pessoas aparentemente inteligentes não consigam chegar por si mesmas a estas conclusões.