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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

27
Dez08

A POSTA NA FIGURA DE MALUQUINHO

shark

Às vezes dou comigo a olhar o céu e a primeira coisa que me vem à ideia é perceber se esse céu está bonito o bastante para o fotografar. Não porque passe o tempo livre a ver as fotos que tiro ou as imprima sequer, mas apenas porque quando vejo algo que me pareça susceptível de vos agradar tento captar a imagem para a partilhar convosco aqui.

Com os textos que escrevo passa-se o mesmo. É-me difícil por vezes escrever noutro formato que não o de uma posta e até pensar os temas sem os avaliar nesse prisma.
 
Neste tique que vos confesso, bem capaz de me expor como um bloguista viciado, resume-se aquilo que me move neste espaço que vos ofereço sem mais pedir em troca do que o vosso agrado, ou qualquer outra reacção, eventualmente registado na caixa de comentários que mantenho aberta.
É óbvio que a minha forma de blogar tem os dias contados e a crueza dos números confirma-o, não deixando margem de manobra para que o talento (que alguns me imputam mas os factos não me permitem assumir) constitua tábua de salvação para este Charquinho que, já o disse, deixará de existir logo que eu perceba que estou a monologar num espaço público (o que, como todos sabemos, é fazer figura de maluquinho).
 
Contudo, apesar de eu conseguir adivinhar ou pelo menos palpitar um futuro que não inclui os blogues de “amadores”, pessoais, intimistas, e que não acompanham as imposições do progresso tecnológico, das tendências de “consumo”, os feeds, os you tubes, os acrescentos e acertos que transformam aos poucos os blogues em sites comuns (só falta desaparecerem as caixas), apesar de eu antever um futuro que me exclui nestes moldes e que até a realidade dos contadores confirma não consigo encontrar motivação para a necessária mudança.
 
Em teoria deveriam prevalecer os blogues melhores, os mais bem escritos, os mais dinâmicos, os mais interessantes, os mais bonitos e tudo mais. Mas também em teoria as novelas e os reality shows não deveriam ser os programas televisivos com maiores audiências (a mesma medição do nosso “sucesso”), nem havia tanta procura para o Correio da Manhã ou o Eu Carolina por comparação com outras publicações reconhecidamente melhores.
E aqui não enveredem pelo caminho fácil de me presumirem convicto da “traição” que esta constatação me possa soar, tão bom que eu sou. Tenho olhos na cara e reconheço em imensos/as uma capacidade que se expressa em obra muito superior à que consigo produzir.
 
Porém, muitos desses estão abandonados ou perto. Parados no tempo por falta de interesse de quem os fazia para ninguém querer saber. E outros, sem ponta por onde se pegue, pululam alegremente na sua popularidade legitimada pela respectiva frequência.
As coisas são mesmo assim e permitem aos blogueiros como eu, assumidamente atentos à evolução dos números e por isso sem tapete para as suas oscilações negativas, chutar para canto a decadência (palavra terrível, bem sei) com base no encaixe forçado numa das pretensas injustiças que acima citei.
Não o são.
 
As escolhas das pessoas são influenciadas por imensos factores e resta pouco espaço de manobra para que o “jeito prá coisa” constitua um factor determinante no resultado final, esse é um facto indesmentível. Mas também o é a verdade implícita na desistência dos frequentadores habituais seja do que for, a perda de interesse naquilo que antes lhes prendia a atenção. E aí só pode restar uma explicação, das duas possíveis: ou os gostos variaram (algo de perfeitamente normal) ou o interesse de quem se expõe diminuiu (algo de absolutamente corriqueiro em boa parte da blogosfera que acompanho e que aqui também reconheço).
Em ambos os casos a tal “injustiça” só existe na cabeça dos medíocres emproados ou dos mais ingénuos sonhadores.
 

E eu, porquanto viciado nesta cena, sonho habitualmente com coisas muito melhores…

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