Descobri no Aspirina, como é hábito, o novo episódio da saga anti-blogue liderada por Moita Flores, Miguel Sousa Tavares e José Pacheco Pereira, o trio maravilha a quem sugeriria (como referi na caixa do post em causa) a abertura de um blogue colectivo ao qual daria o mesmo título desta posta.
Estes McCarthy de trazer por casa meteram na cabeça que a blogosfera é um antro de vilões embuçados nesta sala e de vez em quando adicionam mais uma classe de bandidagem capaz do piorio.
Agora foi JPP o protagonista (eles alternam para evitarem o desgaste da imagem), acusando os malandros dos donos ou empregados das agências de comunicação de manobras subversivas de ataque à sua Manuela de estimação. Pelo tom, deve estar danado por terem forçado a senhora a falar. Ele preferiria o manto do silêncio que, na prática, não municia os ditos meliantes com as bujardas que Ferreira Leite sempre produz.
E o indignado blogueiro com pele de cordeiro mostrou-se de novo um lobo feroz para os capuchinhos vermelhos ou rosa que esta floresta de umbigos oculta.
Esta postura de denúncia (calúnia, não havendo nomes apontados) do nosso ilustre colega confirma o desconforto já antes manifestado quando, numa tirada digna de um profissional da coisa do calibre de um Moita Flores, sentenciou como lixo noventa por cento da blogosfera.
Pacheco Pereira é o último moicano no topo do bastião dos poucos (10%, para ser mais concreto) que blogam para defenderem esta comunidade impura e iletrada erguendo bem alto a espada da cultura, por detrás do poderoso escudo do mutismo que um blogue sem caixa de comentários implica.
Vacinado contra a má influência das opiniões contrárias à sua deixadas à solta no seu reduto, JPP percorre os blogues em silêncio em busca dos maus.
E os maus somos nós todos, os que blogam, pois quando um membro de qualquer comunidade a ataca perdemos todos por tabela na bonita imagem que essas pequenas traições internas cultivam.
Falta-me a pachorra para colegas como Pacheco Pereira, quase tanto como me saturam as tiradas ignorantes de Moita Flores e vingativas do MST.
Mas não duvido que seria um sucesso reunir este trio num espaço colectivo (vocês é que pensaram no Miguel Bombarda, não fui eu que o referi) a partir do qual pudessem reunir esforços na detecção dos alvos para a sua ansiada purga de tudo quanto os assusta, incomoda ou perturba nesta comunidade que tanto se esforçam por denegrir com as suas atoardas.