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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

25
Abr12

25 DE ABRIL? SEMPRE!

shark

Quando uma estrela nasce é garantido que acabará por morrer, acabando nesse processo do fim por gerar o material de que a própria vida, a nossa vida, é feita.

Na prática, tudo o que nos rodeia já fez parte do núcleo de uma estrela e por isso somos todos um pedacinho de céu e nem a transformação que a morte implica nos retira esse estatuto.

O legado de uma estrela, a vida nascida a partir do resultado da sua explosão, corresponderá ao que cada um de nós consiga deixar aos que ficam e aos que virão a seguir, reduzindo a coisa à escala da nossa inquestionável pequenez.

 

Pouco mais fará sentido numa existência, depois de peneirado o essencial, a própria sobrevivência, do que esse rasto que deixamos, como cometas, feito das lembranças mais marcantes desse percurso que, tal como o das nossas antepassadas quentes e luminosas, não tem hora determinada para o fim.

Cultivamos a História que é o registo de rastos de outros e da influência da sua passagem nos percursos de todos e do resultado como o interpretamos deriva o legado colectivo que é a soma das partes, a forma como nos encaixamos no registo do tempo à luz da nossa visão subjectiva mas que outros irão avaliar sem filtros emocionais.

Por isso identificamos hoje um período da História como a Idade das Trevas, reduzindo séculos de existência à relação de forças entre os poderosos cruéis e prepotentes da altura e a imensa multidão de miseráveis oprimidos em nome de um deus menor e de uma organização social inquinada.

Por isso deveríamos preocupar-nos a todo o tempo, estrelas que somos, não com aquilo que outros hoje dizem de nós mas com aquilo que deixaremos para gerações futuras aprenderem amanhã.

 

Dos muitos legados de que nos podemos orgulhar enquanto grupo (grupo de pessoas que calhou coexistirem), o da liberdade parece ser dos mais apreciados pelos que acreditam poder reclamá-la. É esse pelo menos o ensinamento dos tais apontamentos que tomamos acerca do que está a acontecer para que os factos perdurem. E a lógica diz-nos que sem liberdade nem mesmo essas notas podem ser levadas a sério, se desconfiarmos da autenticidade das motivações, se percebermos que se trata da versão imposta por ser mais favorável à imagem de uma besta qualquer que por algum acaso chegou ao poder de abusar que a liberdade e a democracia sua aliada nunca permitirão tolerar.

 

Há pouca volta a dar quanto a alguns valores que hoje podemos, na nossa arrogância de meninos mimados a sós no topo de uma cadeia alimentar, apelidar de universais. Nenhum regime, em tempo algum, conseguiu legitimar a privação da liberdade como um conceito duradouro, como uma alternativa para a vida das pessoas ser uma realidade melhor. Cedo ou tarde alguém se revolta e não raras vezes esta alastra como que por contágio e a maioria acaba por derrubar qualquer poder que sinta errado de raiz.

E são-no todos, quando a liberdade é reprimida de alguma forma pois só pela mentira e pela omissão um poder excessivo consegue prevalecer. A verdade liberta e enquanto existirem pessoas que pensam e que falam para lá dos limites artificialmente impostos por quem tenha algo a esconder não haverá tréguas nem sossego para nenhuma forma de poder que queira arvorar-se de imutável. Ou de eterno, ainda pior.

 

Uma das forças da vida, um dos seus motores, é a evolução e compete-nos a todos fazer força no leme para a encaminhar num sentido bom, num rumo que sentimos perfeito para nós e não hipoteca um futuro diferente, se possível melhor, para os filhos que são nossa responsabilidade e fazem parte do tal legado que deixamos e são quem mais queremos felizes para usufruir.

E qualquer vislumbre de um amanhã que possamos pensar para os descendentes de todos os que andamos por aqui agora, qualquer previsão, inclui a liberdade por inerência como componente fundamental.

 

É isso que está em causa quando celebramos este dia, estrelas que somos, na constelação da democracia.

E essa brilha sempre como um imenso farol no firmamento da esperança.

08
Mar12

A POSTA NAS FORÇAS DA NATUREZA (QUE NÃO É FEMININA POR MERO ACASO)

shark

Hoje é o Dia Internacional da Mulher.

E é também o dia em que chega à Terra o efeito da maior tempestade solar dos últimos cinco anos e cujo impacto se faz sentir ao nível da perturbação nas comunicações e na desorientação de sistemas habitualmente tão rigorosos como o GPS.

 

Se existisse um dia internacional da coerência era hoje também.

18
Jun11

UM ANO DEPOIS

shark

 

josé saramago

 

 Foto: Shark

 

 

É difícil de contestar o pressuposto de que não há insubstituíveis, pois a vida continua muito para lá do fim da de cada um de nós. Três gerações passadas e já somos não mais do que uma referência secundária, uma imagem difusa que outras, com a nitidez que só o presente confere, substituem no quotidiano dos que cá ficam.

Essa é a verdade, dura para quem não gosta de encarar estes factos ainda que os reconheça na sua própria realidade de contacto com antepassados distantes por algumas décadas, para a esmagadora maioria de nós.

 

Sim, somos substituíveis e somos substituídos mas há sempre quem sinta que saiu a perder, filhos, pais, gente próxima demais para ignorar a nossa falta e conseguir de alguma forma compensá-la.

Porém, existem pessoas que de tão dotadas estendem a sua presença para lá das fronteiras normais, acabam adoptadas, figuras públicas, por desconhecidos que as sentem como verdadeiros familiares ou até mais.

Essas pessoas também são substituíveis, outras nascerão em seu lugar para lhes ocuparem os mesmos espaços em tempos distintos, e outras a seguir. Mas a presença dos melhores, dos mais reconhecidos nos talentos que o mundo mais valoriza em cada época, acompanha gerações a fio, preenche a memória dos que acompanham a história e vivem a vida, às tantas, sob a influência de estranhos que nos seus legados deixaram a influência decisiva para definir os contornos do caminho a seguir porque ninguém os conseguiria substituir nessa dimensão transcendente que é privilégio de apenas alguns.

 

Insubstituíveis não haverá, pois a vida sempre encontrará uma alternativa, acontece nas pessoas como nas flores que nascem de entre as fissuras de um muro quando o vento do acaso transporta as suas sementes para um lugar assim.

Mas o rasto dos eleitos perdura no tempo, numa ausência sentida a cada momento, a imortalidade garantida sob a forma de uma saudade espalhada por contágio e que parece não ter fim.

04
Mar11

DEZ ANOS DEPOIS, ENTRE-OS-RIOS AINDA SE CHORA

shark

Azares acontecem. Coisas como catástrofes naturais e assim.

Mas quando cai uma ponte e morrem dezenas de pessoas o azar transforma-se num bode expiatório, numa fatalidade postiça que serve apenas os interesses dos responsáveis pela incúria.

A Hintze Ribeiro não caiu por azar mas sim por falta de responsabilidade de culpados fáceis de apontar e que como consequência não sofreram sequer uma reprimenda digna desse nome. Ficaram impunes, um insulto às famílias dos que perderam a vida. E mais um contributo para o culto da falta de responsabilidade, da tradicional (e prejudicial) bonomia excessiva de um país onde existe o mesmo direito de em qualquer outro de podermos confiar nas estruturas que nos servem e nas instituições (nas pessoas) nomeadas para lhes garantir a integridade.

 

E a que não garantem acaba por ser a mesma que lhes falta.

14
Fev11

SÃO MUITAS HORAS DE PONTA...

shark

Sinceramente, malta, não sei o que se passa na blogosfera. Então a notícia do ano é divulgada pela Comunicação Social e nesta comunidade népia?

Sobretudo vocês, rapaziada, que estamos sempre a levar no lombo com as bocas farsolas delas quando nos vilipendiam (fónix, vilipendiam é bonito) por essa blogosfera fora e mainãoseioquê, não percebo como não sacam dos galões e metem o mulherio armado aos cucos no seu lugar…

 

É que não são as terceiras, nem as segundas. São as sexualmente mais satisfeitas, como o comprova um estudo de âmbito europeu!

Claro que para a malta com pila isso não é surpresa alguma, um gajo percebe a verdade dos factos por detrás da pala de que é tudo orgasmos fingidos e coitadinhas andam aí aos caídos e na volta quando confrontadas com a questão de forma directa são incapazes de esconder o que as distingue das restantes cidadãs desta Europa a várias velocidades onde os portugas assumem a liderança naquilo que verdadeiramente interessa.

 

Isto não há cá funfum nem gaitinhas: se as portuguesas são as sexualmente mais satisfeitas e as sex-shops até se safam melhor na terra das outras só há uma conclusão a extrair e essa está à vista.

Sim, somos muito bons nisso. E se tivermos em conta os que não a usam porque não conseguem ou porque não gostam ou porque não sabem como, we the few provamos chegar para as encomendas e na hora da verdade aí estão as parangonas que atraem as suecas, as holandesas e, olhando para estes resultados, as gajas da Europa toda e arredores que aí aterram em busca do sol e da paisagem e do que só não vê quem não quer.

 

Claro que por uma questão elementar de justiça temos que partilhar este sucesso colectivo com as nossas parceiras e amantes, é impossível negar que este brilhantismo macho está directamente ligado ao nível de exigência que nos confronta: compete-nos dar assistência às melhores mulheres de todo o mundo e isso dá muito traquejo à pessoa, é inegável.

Mas interessa sobretudo agradecer a todas elas, aproveitando a efeméride que hoje se celebra e nos impingiram nem sei de onde, a sinceridade com que arriscaram atrair a inveja e a cobiça por parte de tantas outras que agora ficaram a saber que não é só o tinto alentejano de 90 que justifica a deslocação a esta terra santa.

 

E pela parte que me toca não precisam agradecer. Tem sido literalmente um prazer contribuir com o meu quinhão para esta honrosa estatística.

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