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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

20
Out13

Eu também gosto de dar os meus bitaites

shark

"Acreditem, o blogue só tenderá a melhorar porque estaremos mais focados no que realmente interessa: publicar conteúdo."


Já lá vão 3 semanas desde que o Bitaites, o meu blogue de eleição, não publica conteúdo algum. E entretanto, com razões plausíveis na perspectiva e circunstâncias dos autores, o blogue deixou de ter caixas de comentários (o trecho acima é parte da respectiva justificação).


Temo o fim da Blogosfera às prestações. O exemplo acima só contribui para cimentar esse meu receio.

24
Ago13

A posta na PDI postada

shark

No momento em que o facebook entrou na Internet como uma gigantesca plantação de eucaliptos vesti a pele de velho do Restelo e, em absoluto contra ciclo, amuei.

Nesse preciso instante dediquei-me a obter informação acerca desse fenómeno que, de uma penada, liquidava de vez o Hi5 e congéneres e, na minha perspectiva, ameaçava de morte a própria Blogosfera como a conheci até então.

Percebi na hora o que estava em causa, a ameaça que essa invenção do demo representava para esta comunidade a que aderi com entusiasmo, embora fosse notório o meu papel de voz clamando no deserto.

Poucos anos decorridos desde essa profecia da desgraça à qual ninguém conferiu qualquer tipo de relevância, os factos estão à vista para me darem a razão que de bom grado abdicaria.

 

A nostalgia, porquanto evidente, nem constitui o móbil para este simulacro de desabafo. Participei com entusiasmo na era de ouro blogueira, mesmo constatando a óbvia infiltração de hordas dos deserdados dos chats que se viram obrigados a enfrentarem esta prova de fogo de terem que preencher, todos os dias, um espaço capaz de atrair gente com sede de conversa mas, chatice, com sentido crítico o bastante para identificarem um trabalho de merda quando o apreciavam.

Nas tentativas frustradas dos menos capazes em conquistarem o seu lugar ao sol nesta plataforma de comunicação, a ditadura dos contadores que lhes deixava as caixas de comentários às moscas, traduzidas no cariz efémero da maioria dos blogues, percebi o potencial de algo como o facebook e o entusiasmo de muitos (quase todos os) outros, como previ, esmoreceu.

 

Na prática, esse novo formato ofereceu de bandeja uma saída airosa para os menos capazes, aqueles a quem algo mais do que a publicação de uma foto da treta ou de citações de terceiros (ou mesmo o plágio descarado) surgia como uma barreira intransponível à sua sede de projecção ou apenas de engate.

E começou aí a debandada dos medíocres, o que até seria porreiro se o tal livro das caras não se tornasse num imenso curral para o numeroso rebanho que, apenas e só por essa mesma expressão numérica, acabou por se tornar numa coisa montes de relevante e provocaria um efeito semelhante ao que as novelas e os reality shows criaram na televisão: a ditadura das audiências.

 

Esta história, para mim triste porque assisti ao fim de muitos blogues excelentes à míngua de quem os visitasse e ainda menos participasse nas respectivas caixas de comentários, resume a tal profecia que me guinda ao estatuto de visionário que antecipou a inevitável adesão dos melhores desta comunidade ao formato que concentrou as atenções do mundo inteiro e ao qual, coerente, recuso aderir.

 

Agora o facebook é o líder incontestado de audiências, a TVI da net.

E a Blogosfera transformou-se de repente na RTP2.

25
Fev13

A posta na bosta de digestão fácil

shark

É verdade, nunca fui apreciador de pipocas. De resto, a importação do seu consumo para as salas de cinema foi o primeiro e determinante pretexto para deixar de frequentar as ditas.

Contudo, sendo fácil dispensar a ida ao cinema onde salas como o antigo Monumental, o São Jorge e outros salões onde o espectáculo começava ainda antes de as luzes se apagarem terem sido substituídas pelos cubículos incaracterísticos em centros comerciais, o advento da pipoqueira à blogosfera de que a Força Suprema me colocou a par a partir do único medidor de audiências fidedigno, confirmando uma tendência televisiva neste meio, ameaça ser o derradeiro pretexto para que a minha presença na blogosfera equivalha à que mantenho nos cinemas perto ou longe de si.

 

Nada me move contra blogues da treta como o actual líder de audiências. Garanto que estou a ser sincero, pois seria absurdo ter algo contra espaços que não frequento e que em nada me aquecem ou arrefecem. Há em tudo na vida lugar para a boçalidade, para os temas menos profundos e até para o branqueamento anal: cada um come do que gosta e até tem todo o direito a mudar a cor do centro nevrálgico dos seus apetites.

No entanto, a caminho dos dez anos de imersão neste fenómeno em plena decadência (este blogue é um espelho fiel da mesma) fico desolado perante o facto de blogues como, por exemplo, o Aspirina terem menos de um terço das visitas de algumas realidades do top ten da blogosfera nacional.

 

É um facto que nas conversas de café toda a gente se afirma perturbada por programas de grande qualidade da RTP 2 terem um cagagésimo da audiência da casa dos segredos e outras pimbalhadas. Mas é igualmente verdade nessas conversas que ninguém ajudou a eleger o actual governo que todos criticam. Tudo treta, bustos de Napoleão para fugir à seringa com o rabinho da futilidade e da leviandade nas escolhas que se apropriou da maioria das pessoas. Sim, da maioria. Os números comprovam-no nas audiências dos media como nos desta triste blogosfera entregue aos temas ligeiros e de digestão fácil. As Pepas desta nossa comunidade são afinal a realidade que a mantém viva, ligada à máquina do superficial que tanto parece agradar às hordas de consumidores boçais.

 

A verdade dos números é a que se exprime nas medições. O esforço intelectual para produzir trabalhos com alguma qualidade é vão e isso está à vista na realidade do que afinal atrai os mirones de qualquer rede social, como o exemplo do Nilton no Twitter reforça e estou certo de que nas estatísticas do Facebook também estala o milho nos espaços mais procurados por quem busca alternativas ao lixo que nos oferecem nas outras plataformas de comunicação.

O país americaniza a um ritmo alucinante (deprimente) e não no sentido que nos dava mais jeito: não temos tanto pilim como eles mas investimos com o mesmo entusiasmo na estupidificação das massas.

04
Set12

A POSTA QUE A FAENA VALEU UM RABO E UMA ORELHA AO NOVO HERÓI A CAVALO

shark

Eles reclamam, e com toda a propriedade, o acesso da opinião pública à sua versão dos acontecimentos protagonizados pelo cavaleiro tauromáquico Marcelo Mendes, esse justiceiro incompreendido e vítima da violência que transparece do relato deste blogue pró-touradas.

Dificilmente abordaria de novo o assunto, mas perante a justíssima reclamação resta-me reproduzir aqui alguns aspectos destacados por quem assume a defesa do pobre coitado a cavalo e, naturalmente, comentá-los de acordo com a perspectiva de quem não esteve lá e só pode valer-se de imagens e de declarações amplamente divulgadas. Vamos a isso:

 

tal como era de esperar, os meios de comunicação, por uma questão de defesa de uma das partes ou simplesmente para colher mais audiências com a notícia, apenas se deram ao trabalho de expor um dos lados da história: a dos manifestantes anti-tourada, claro!

 

Esta é a primeira conclusão dos defensores do jovem do sétimo de cavalaria: a Comunicação Social, nomeadamente os canais televisivos que nos impingem a toda a hora as suas próprias corridas tv, colocam-se do lado dos malandros dos manifestantes anti-tourada para aumentarem as suas audiências.

E qualquer pessoa, amantes de touradas ou não, percebe que teria muito mais audiência uma notícia acerca da agressão por parte de um muy macho cavaleiro aos pacifistas amantes dos animais do que o contrário (o que na verdade terá acontecido, de acordo com a faena verbal que move esta posta).

No fundo é a lógica do homem que mordeu o cão, transportada para o pacifista defensor dos animais que apedrejou o equídeo ao ponto de o dono agir em sua legítima defesa. Claro que ninguém ia prestar atenção à notícia dada dessa forma…

Mas há mais.

 

Ponto 1- Ao que apurei nas redes sociais - sim, porque só nas redes sociais é que se pôde "ouvir" o lado dos aficionados e dos que estavam presentes na praça ou nas suas redondezas, infelizmente - os manifestantes estavam numa zona designada para o aquecimento dos cavalos e dos seus cavaleiros. Ora, não é preciso saber muito de cavalos para perceber que com tanta barulheira e confusão que para ali  ía os cavalos começaram a ficar nervosos e inquietos. Tal não era nada positivo nem para o cavalo, que não aquecendo e estando nervoso se podia lesionar aquando da lide na praça, nem para o cavaleiro, que com o nervosismo do cavalo, e o dele que, provavelmente, estaria a crescer tanto pela entrada em praça mas também pela triste manifestação a que era obrigado a assistir, podia, como consequência, lesionar-se a ele também!

 

Ou seja, as redes sociais, essas sim, são fontes fidedignas. Os manifestantes afinal estavam no sítio errado à hora errada e apesar de serem cerca de 40 conseguiram superar o barulho e confusão que centenas ou milhares de pessoas fazem numa praça de touros sem que isso perturbe os cavalos.

Talvez por serem apenas quarenta, os cavalos estarão mais habituados a assistências numerosas….

E depois há o risco de lesões, naturalmente impossíveis de acontecerem na sequência de um galope para o interior de um grupo de pessoas. Não é preciso saber muito de pessoas para concluir isto.

 

Ponto 2- Ao que parece, a manifestação não foi assim tão pacífica como os anti-touradas tentaram mostrar aquando do directo da RibeirinhasTv e transmitir aos meios de comunicação em geral.
Parece que os tais manifestantes "pacíficos" começaram por atirar pedras aos aficcionados, digo cavaleiros, ajudantes, etc., que ali estavam ( na zona de aquecimento, repito) tendo mesmo atingido um dos cavalos (dizem-se eles defensores dos animais...) o que levou, obviamente, a uma revolta dos que assistiam a tudo aquilo. Daí o primeiro "ataque", como dizem os anti, do cavaleiro Marcelo Mendes. Nada mais que uma investida para tentar marcar posição e afastar os manifestantes da SUA zona!

 

Aqui confirma-se a teoria da Comunicação Social a tomar partidos: filmaram tudo menos isto, provavelmente porque imagens de amantes dos animais a apedrejarem cavalos não fazem subir as audiências. Não é preciso saber muito de audiências para concluir isto.

 

Ponto 3-No entretanto, enquanto alguns manifestantes faziam mais umas "queixinhas" à RibeirinhasTv pelo suposto violentíssimo ataque que tinha sucedido e enquanto o cavaleiro tentou voltar ao aquecimento do seu cavalo, um outro manifestante agrediu verbalmente o cavaleiro Marcelo Mendes durante largos minutos, o que levou o cavaleiro a perseguir, por assim dizer, o tal homem para o tentar identificar e apresentar queixa perante as consequentes ameaças que ele lhe fazia a ele, claro está, e ao seu cavalo.
Não se tratou, como disseram os anti-touradas, de mais uma investida, mas sim de uma tentativa de, como disse, identificar um "pacifista".

 

Portanto, os manifestantes fizeram queixinhas à tv enquanto o cavaleiro só as fez às redes sociais, nomeadamente das agressões verbais que o levaram a perseguir (por assim dizer o próprio perseguidor) um fulano que entretanto deve ter esgotado o stock de pedras disponíveis para lançar, já que fugiu em vez de apedrejar, o nhonhinhas.

De resto, e ao contrário do que as imagens tendenciosas possam transmitir a bem das audiências, não se tratou de uma investida mas sim de uma tentativa de identificação do indivíduo. O cavaleiro é que estava com um nadinha de pressa e nem teve tempo de desmontar para exigir a apresentação da papelada.

Aliás, o próprio cavalo tinha a expressão típica de um quadrúpede muito empenhado em dar uma vista de olhos ao BI do agressor verbal.

 

Ponto 4- Como os manifestantes "pacíficos" vieram, alguns, de tão longe, como fizeram questão de dizer aos meios de comunicação - como que a fazer justificar os seus argumentos e as suas vontades de acabar com as touradas - não se podiam ir embora apenas com uns apedrejamentos. Pois bem, fizeram ainda questão de violentar o carro do cavaleiro Marcelo Mendes ( ainda estou para descobrir como é que sabiam qual era o carro dele) ao partir vidros e pintar o carro com tintas.

 

Sim, aqui está a pergunta que se impõe a todos quantos tentam conspurcar a imagem do Marcelo Mendes: como é que os vândalos anti-tourada sabiam qual era o carro dele e não conheciam o mau feitio do seu cavalo?

O mistério aqui levantado pode estar na origem de uma cacha que talvez traga boas audiências: os anti-tourada são também anti-automóvel e não percorrem longas distâncias em vão. Ou defendem os animais das touradas que os massacram ou defendem os peões dos veículos que os atropelam, vale sempre o caminho.

Pintarem o carro com tintas não é original, mas violentarem-no (o carro) é algo que confere toda uma nova dimensão ao tubo de escape e justifica que os jornalistas presentes nem quisessem enfatizar tamanho horror sofrido pelo cavaleiro que, de resto, ainda não confirmou às redes sociais e associadas se possui seguro contra todos com a cobertura de vandalismo. E há quanto tempo.

 

Como podem ver, estes manifestantes eram tudo menos pacíficos! Nada que me surpreenda porque já estou habituado a ver as manifestações "pacíficas" de antis-touradas e de outros que tais, de partidos semelhantes aos que por lá passeavam,  que acabam sempre em confrontos com as forças políciais. Mas que fique claro que a polícia é que os provoca sempre....

No entanto, o importante a retirar deste episódio é que os aficionados, a começar pelos cavaleiros, não se ficaram nesta guerra que tentam criar.

A tradição e o costume falarão mais alto!

 

 

Com as palavras acima dá-se o assunto por concluído da parte de um porta-voz dos aficionados da festa brava.

O importante a retirar deste episódio é que os aficionados, a começar pelos cavaleiros, não se ficaram nesta guerra que tentam criar (sic).

 

Por mim já estava retirado, esse importante. O resto, sem dúvida muito tradicional, é folclore.

17
Mar12

A POSTA NUM PICOITO INTERROMPIDO

shark

Volta e meia os moralistas do costume decidem reagir por antecipação, aproveitando o ensejo para adicionar as guerras perdidas no passado e que acabam por relacionar umas com as outras porque acham que faz tudo parte do mesmo esquema medonho, da gigantesca conspiração das minorias para conspurcarem o sistema perfeitinho e maneirinho que vêm moldando desde os tempos da santa inquisição.

Parece ser o caso, pois o Picoito não é o primeiro a (ab)usar (d)o microfone e (d)o teclado para influenciar mentalidades a tempo de estarem prontas para enfrentarem eventuais referendos no futuro, inclusive na estratégia estafada de relembrar derrotas do passado, como a da IVG, para tornarem ainda mais terrífico o papão libertário.

 

Julgo que a esquerda actual tem mais em mãos para ficar entretida do que trazer para a berlinda o melindre da adopção por casais não compostos pelo ancestral binómio macho/fêmea. Não, nem lhes chamo casais homossexuais pois se a lei lhes reconhece o estatuto de casais é isso que são e nem mesmo a ILGA deveria destacá-los dos restantes como se fossem uma espécie ameaçada.

É impossível dar conversa e entender a motivação de alguém que se veste paladino de uma causa que consiste em desacreditar cidadãs e cidadãos da sua capacidade de criarem filhos por via da sua orientação sexual não padronizada nos cânones da maioria. Contudo, é igualmente impossível aceitar que transmitam o contágio conservador por todos os meios ao seu dispor sem tentar equilibrar a parada da argumentação. Sobretudo quando o impulso é prematuro e, por inerência, a motivação se torna um tudo nada missionária.

 

A questão dos princípios parece-me ser a que está em causa em ambos os lados desta divergência. Se para os Picoitos deste mundo a cena do amor e do casamento e da família só é como deve ser se nela intervierem sempre cidadãos de géneros diferentes (ou será que se comprovadamente não forem homossexuais já podem ser do mesmo?), para muitas outras pessoas sem acesso a microfones o princípio é outro e diz que toda a gente é livre de se assumir nas suas diferenças, ainda que se trate de grupos minoritários, e não merece por isso um tratamento distinto por parte de quem as não tolera.

A coisa vista deste lado soa a medieval porque qualquer fundamento para a discriminação tem que recuar a esses dias em que os costumes eram impostos à bruta, ou pelo menos aos tempos mais recentes em que a diferença era tida como uma ameaça a exterminar, se tivermos em conta a necessidade de inferiorizar grupos de cidadãos na sua capacidade plena por via da cor da pele, da orientação sexual ou do diabo que carregue os tais cruzados com sede repressora.

A coisa vista deste lado soa a desprezo não por quem é portador de uma diferença incómoda mas por quem ousa assumi-la e reclamar esse direito às claras. Não faltam os escândalos de alcova, os segredos escapados a bastiões, mesmo sagrados, alegadamente insuspeitos, dessa moral tradicional para o evidenciar.

 

Por tudo isto estamos perante mais uma falsa questão, mais um erguer do eterno papão antes que a Democracia, algum referendo maluko ou assim, faça das suas e desminta pela maioria expressa em votos a ilusão alimentada por uns quantos de que ainda é a sua a versão correcta e generalizada de um mundo como se quer.

É esse o medo que agita os Picoitos nas catacumbas da sua sociedade perfeita na uniformidade, sem mácula à superfície, perdoada em segredo pelos seus desvarios nos bastidores, incapazes de aceitarem a mudança que não se pode proibir como dantes se podia e de reconhecerem aos outros o mesmo estatuto se não o souberem merecer com, pelo menos, o sigilo, o encobrimento dessas tentações demoníacas que só podem entender como doenças ou, num patamar superior de alucinação, como maldições que desejariam banidas mas, no mínimo, pretendem impedir de usufruírem de uma cidadania plena se for desajustada da realidade que os Picoitos pretendem, de facto, impor.

 

Eu não subscrevo essa irritante mania.

15
Ago11

A DOR DE CABEÇA QUE A DISCORDÂNCIA DÁ

shark

Nunca escondi a minha admiração e o meu apreço pelo blogue Aspirina B, um espaço que tem feito parte do meu passeio diário por aquilo que a Blogosfera nos dá.

Podemos avaliar um blogue pelo nível do que publica e/ou pelo calibre das pessoas que o fazem. Prefiro sempre optar pela primeira hipótese, nem que seja pela coerência relativamente ao que sempre defendi em relação à minha pessoa, mas isso não me cega aos comportamentos que considere indignos ou aos pressupostos que violem princípios que o mesmo espaço afirme defender.

 

Nos registos deste blogue existem diversas intervenções minhas que me embaraçam, nas postas como nas caixas. E nestas últimas cheguei a desafiar um comentador para a porrada (era muito novo, não pensava...), o que diz bem do quanto me irritou na altura a intervenção do dito comentador.

No entanto, e apesar de conhecer a identidade do aparente anónimo, inibi-me de a divulgar porque encaixo essa atitude oportunista de aproveitar a obrigatoriedade de fornecer um email nos comentários para obter e, pior ainda, divulgar o nome que as pessoas mostram não querer revelar publicamente, num esquema óbvio de coacção para dissuadir os comentadores inconvenientes de exercerem o seu direito que, em caixas abertas, nunca é uma oferenda.

 

Por outro lado, se alguém utiliza o seu email verdadeiro apesar de manter o anonimato na face visível do seu comentário é porque não teme responder pelo que afirma. Sugerir, como o Valupi aqui o faz em defesa do seu par, que o melhor seria não fornecerem um email honesto para não correrem o risco de verem o nome ou o género divulgados, é algo que fala por si mesmo enquanto conceito: é o apelo às mascarilhas que parece interessar a quem não possui estaleca para aguentar comentários desfavoráveis, ainda que plenamente justificados no seu teor.

 

Sim, privilegio o teor das postas em detrimento da personalidade dos respectivos autores.

Mas não pactuo com ditaduras de pacotilha que aplicadas a um aplicar-se-ão no futuro a todos e desvirtuam tudo aquilo que uma caixa de comentários aberta e sem moderação representa.

 

Inibir comentadores com base no conhecimento obtido nos bastidores de um blogue é algo de censurável e não aceito qualquer tipo de justificação, muito menos de teor prepotente, para essa postura.

E por isso mesmo comento aqui, sem reservas, aquilo de errado que encontro no que me “oferecem” no Aspirina.

Não pretendo ficar a dever-lhes coisa alguma.

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