09
Mar05
A POSTA ATÉ JÁ
shark
Às vezes fico com a ideia de que nunca sei dar os passos certos nem consigo interpretar os passos que as outras pessoas dão. Como se num dia tudo fosse claro, simples de entender, e no dia seguinte as certezas se convertessem num borrão.
Apesar de ser um tipo com a obrigação de já ser impermeável à maioria das desilusões, não sou. E intimida-me a forma como algumas pessoas reagem aos meus problemas (com indiferença), às minhas limitações (com agressividade) e às minhas iniciativas (com receio evidente ou sem uma reacção que eu possa interpretar de alguma forma).
Nunca serei uma espécie de calimero, pois também já reuni ao longo da vida muitas evidências em sentido contrário e não me cai bem a pele de coitadinho. Porém, espantam-me e deixam-me algo desnorteado a frieza, as meias tintas e a insensibilidade com que tanta gente me presenteia. Penso no assunto porque gostava de assumir as minhas culpas no cartório. Com o mal dos outros posso eu. E tento analisar o que há de errado na forma como digo ou faço as coisas para suscitar algumas atitudes tão hostis e algumas ausências tão perturbadoras da explicação que se impõe.
Não consigo ainda adivinhar o que vai na alma dos que lidam comigo. Talvez mais alguns anos de maturidade possam colmatar essa falha na minha perspicácia. Mas conheço as minhas motivações e faço o possível por transmitir de forma inequívoca tudo quanto a minha mente produz. Deveria ser o bastante para me garantir alguma imunidade, alguma tolerância e alguma compreensão. Mas não é.
Basta um passo em falso ou uma hesitação para me tratarem como um gajo que nunca merece perdão. E se falo em alhos, respondem-me com bugalhos e não consigo tirar conclusões, ficando entregue à dúvida e à especulação.
E isso tem-me acontecido acima de tudo nas relações com a malta da blogosfera, que não compreendo hoje o que afinal esperam de mim.
Por isso, preciso de fazer uma pausa como o Eufigénio, para organizar a vida e as ideias e dizer-vos até já.
Apesar de ser um tipo com a obrigação de já ser impermeável à maioria das desilusões, não sou. E intimida-me a forma como algumas pessoas reagem aos meus problemas (com indiferença), às minhas limitações (com agressividade) e às minhas iniciativas (com receio evidente ou sem uma reacção que eu possa interpretar de alguma forma).
Nunca serei uma espécie de calimero, pois também já reuni ao longo da vida muitas evidências em sentido contrário e não me cai bem a pele de coitadinho. Porém, espantam-me e deixam-me algo desnorteado a frieza, as meias tintas e a insensibilidade com que tanta gente me presenteia. Penso no assunto porque gostava de assumir as minhas culpas no cartório. Com o mal dos outros posso eu. E tento analisar o que há de errado na forma como digo ou faço as coisas para suscitar algumas atitudes tão hostis e algumas ausências tão perturbadoras da explicação que se impõe.
Não consigo ainda adivinhar o que vai na alma dos que lidam comigo. Talvez mais alguns anos de maturidade possam colmatar essa falha na minha perspicácia. Mas conheço as minhas motivações e faço o possível por transmitir de forma inequívoca tudo quanto a minha mente produz. Deveria ser o bastante para me garantir alguma imunidade, alguma tolerância e alguma compreensão. Mas não é.
Basta um passo em falso ou uma hesitação para me tratarem como um gajo que nunca merece perdão. E se falo em alhos, respondem-me com bugalhos e não consigo tirar conclusões, ficando entregue à dúvida e à especulação.
E isso tem-me acontecido acima de tudo nas relações com a malta da blogosfera, que não compreendo hoje o que afinal esperam de mim.
Por isso, preciso de fazer uma pausa como o Eufigénio, para organizar a vida e as ideias e dizer-vos até já.