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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

31
Dez10

JONAS BROTHERS

shark

A situação que se transformou num turbilhão onde caiu a Jonas está cada vez mais clara nos contornos: a Jonas não é uma pessoa abastada e os furões da ensitel já descobriram. E por isso, como é hábito nestas coisas num país onde o Poder Judicial raramente cumpre a sua função de equilibrar forças entre as partes, a ensitel avançou com um processo judicial que serve apenas dois propósitos que constituem afinal os argumentos mais sólidos para abraçarmos tudo isto como uma causa justa e pela qual vale a pena irmos um pouco mais além do que a intervenção escrita. O primeiro propósito é o de atacar directamente a liberdade de expressão de uma blogger cuja transparência os incomoda, abrindo um precedente que os poupe a futuros desabafos de quem não consegue produzi-los nos tribunais (como se viu), na Imprensa (como se sabe) ou em qualquer outro lugar que não esta ferramenta democrática de que dispomos enquanto cidadãos; já o segundo, implícito, tem a ver com o simples desequilíbrio de forças que leva uma empresa financeiramente poderosa a querer vergar a espinha de uma pessoa cuja capacidade para prover à sua defesa é limitada.

Bastaria esta última para me convencer a lutar pelo que a Jonas é e pelo que nesta circunstância representa.

Sim, vou ser um dos financiadores da sua luta contribuindo através do sistema que ela PRECISOU de instalar no seu blogue porque só assim poderá aguentar a pancada que os ensitéis lhe andaram a preparar enquanto ela já nem pensava no assunto que tanta revolta lhe deve ter provocado.

 

E apelo a todos/as vós para que terminem este ano com um gesto que se impõe quando as palavras já não bastam para provar que as Jonas deste país não passam de peões isolados à mercê dos caprichos e/ou das prepotências de quem selecciona os seus alvos com critérios de predador: quanto mais indefesos melhor.

 

 

ACTUALIZAÇÃO: A ensitel já divulgou a sua intenção de desistir da acção legal. E a Jonas, pessoa acima de qualquer suspeita, não tardou a devolver-me (e estou certo de que a todos os outros contribuintes) o simbólico donativo que lhe enviei. A isto eu chamo um final feliz!

30
Dez10

NU(M) INVERNO

shark

Árvores despidas, raras as folhas penduradas à espera de um sopro mais forte do vento de Inverno para as levar até ao chão.

Árvores desnudas, aparentemente envelhecidas nessa calvície temporária que a natureza entende necessária para garantir a sua eterna renovação.

Árvores esquecidas, as suas sombras apetecidas no pino do Verão mas sem utilidade na função quando o frio até mendiga alguns raios de sol nos intervalos da chuva, água dura em árvore mole, que se assume cabeleireira quando pesa na folhagem derradeira e corta como tesoura os escassos sinais que a Primavera deixou à sua passagem por aquele ponto da sua viagem, eterno retorno, e as folhas não são andorinhas para fugirem ao Inverno e as árvores, despidas, limitam-se a dançar ao sabor do vento o ritmo dos caprichos do tempo que lhes restar.

29
Dez10

A CARTOLA TARDIA

shark

A Democracia sofreu um enorme revés com o surgimento tardio do madeirense Zé Coelho na contenda para as Presidenciais, considerando os momentos hilariantes que o homem da suástica certamente iria protagonizar aligeirando o tom sisudo e cinzentão dos debates a que pouca gente tem prestado atenção que se veja.

 

No lado sério da questão sente-se cada vez mais a falta do Garcia Pereira, essa é que é essa...

28
Dez10

A POSTA NA QUESTÃO DOS PRINCÍPIOS

shark

Eu até estava para não postar até ao ano que vem, mas chegou-me ao conhecimento uma situação que exige uma tomada de posição imediata e sem reservas.

Em causa está uma colega, a Jonas, acima de qualquer suspeita em termos de credibilidade no que me diz respeito, pelo que nem me passa pela cabeça que ela não tenha toda a razão no seu diferendo com a ensitel (sim, em minúscula, e é porque não há mais pequena).

Mas ainda que não tivesse toda a razão mas apenas alguma, a actuação da tal de ensitel (que a mim jamais venderá seja o que for, a que pretexto for e aviso que como pouco queijo) que em vez de optar por resolver o problema de forma comercial e digna optou por atacar a Jonas naquilo que nós, os que blogam, temos de mais precioso.

 

Pois é. A tal empresazeca de meia-tijela entendeu por bem avançar com ameaças judiciais para forçar a Jonas a apagar os posts onde descreve a sua verdade dos factos. Note-se: a ensitel (sue me, please!) preferiu atacar a blogger do que atinar com a cliente, no que constitui um grave precedente a que nenhum membro da nossa comunidade deve alhear-se.

 

Assim sendo, o Charquinho manifesta-se aqui solidário com o blogue da Jonas e recomenda expressamente a todos os bloggers do país que exprimam publicamente o seu desacordo para com a atitude da ensitel e, acima de tudo, NÃO COMPREM NADA A ESSA EMPRESA ENQUANTO NÃO FIZEREM O QUE LHES COMPETE NO CASO DA JONAS EM CONCRETO E NÃO DESISTIREM DE CALAR A VOZ BLOGUEIRA que como se vê, por estas e por outras, não mata mas mói...

26
Dez10

A POSTA NO CASULO

shark

Aos poucos vão-se diluindo os instintos do animal social em mim. Vou deixando cair a vontade de me integrar num qualquer grupo, num qualquer lugar em que redescubra a sensação de pertença. Vou fugindo, aos poucos, do convívio com outros ou apenas à simples manutenção do contacto mínimo para justificar qualquer tipo de ligação.

E sei que tenho a razão do meu lado quando me permito esse luxo de deixar cair na mesma proporção em que me soltaram algures e entenderam não fazer falta tudo aquilo que tenho para dar, apenas, se calhar, por causa do que menos agradável me faz.

Não critico nem esmoreço perante a evidência pois faz parte do crescimento aprender a lidar com a hipocrisia instintiva que prevalece nos contactos de ocasião.

 

Mas lamento de forma sincera o quanto isso me confirma a ausência de verdade nas palavras levianas a que, estupidamente, sempre prestei tanta atenção.

25
Dez10

A POSTA NATALÍCIA

shark

Sou agnóstico, uma opção que já me valeu ser baptizado de cobarde intelectual por um padre.

Realmente ele no fundo tem razão, se tivermos em conta que se trata da posição intelectualmente mais confortável. Difícil é encaixar a fé numa qualquer lógica racional e há quem o consiga, da mesma forma que existem os que aparentemente conseguem destruir na sua mente todos os pressupostos, todas as dúvidas e incertezas que lhes possam abalar uma convicção de tal forma firme que lhes permite assumirem-se ateus.

 

Os agnósticos ficam a meio do caminho neste diferendo. Nem sim nem sopas. Assistimos na bancada aos intensos debates que caracterizam os pólos opostos da questão, ambos cheios de argumentos para fundamentarem a sua razão, e aguardamos um sinal divino que nos ilumine ou pela confirmação científica inquestionável da inexistência de algo mais do que aquilo que somos e do que somos capazes de conseguir ao longo do tempo que Deus ou o acaso nos derem.

Claro que se num dia normal não é coisa que nos faça perder o sono, quando chega o Natal a coisa adensa em termos de desconforto neste sofá do cepticismo moderado que nos obriga a escolher uma posição se quisermos salvaguardar alguma coerência.

 

Se uma pessoa não acredita em Deus pode soar tolice festejar o Natal, uma efeméride religiosa por quanto a coca-cola se esforce por conferir uma existência de facto ao seu ícone ancião.

Porém, é fácil a um agnóstico assumir a existência de um tipo absolutamente notável chamado Jesus e que impressionou de tal forma a malta do seu tempo que ainda celebramos o seu aniversário mais de dois mil anos depois do nascimento acontecer.

Isto resolve o problema da celebração, havendo um bom pretexto não há porque recusá-la.

Claro que isto elimina da equação a missa do Galo e outros rituais que a tradição inclui, mas uma pessoa consegue ser feliz só com base no bacalhau, na troca de prendas, no presépio e na árvore de Natal.

 

E no fundo é esta capacidade de sermos felizes com aquilo que temos que distingue a forma como vivemos cada momento e sobretudo os momentos que preferimos especiais. Ou seja, é possível a um agnóstico viver com tanta ou mais intensidade a magia do Natal, a religiosa como a pagã, como qualquer pessoa que celebre cheia de fé o seu profeta ou, pelo contrário, abrace a coisa com a distância de quem não acredita em nada que não possa ver ou, de preferência, apalpar.

 

Eu vivo a magia do Natal no sorriso da marafilha e no brilho do seu olhar.

E por ela, pela gravação das suas memórias do que esta época do ano representa, como por mim, que não dispenso qualquer das vertentes do meu papel enquanto pai e absorvo com sofreguidão toda a felicidade que lhe consigo proporcionar, não concebo nem admito qualquer hipótese que a possa privar das emoções que o Natal parece concebido para enfatizar.

 

E nesse contexto, como noutros que vão sendo criados para nos lembrarmos das coisas verdadeiramente importantes da vida, mantenho uma fé muito minha e que não depende de ícones pagãos ou de rituais de cariz religioso para se sustentar.

Depende apenas do amor a pessoas (ou a causas, porque não?) e da energia e da magia que Ele (o Amor) é capaz de inspirar em qualquer um de nós.

E basta, posso garantir, para alguém ser capaz de sentir o espírito do Natal e de aprender a vivê-lo como mais um lembrete de como a felicidade é possível e mais do que nela acreditar é fundamental querer abraçá-la.

 

Eu sou agnóstico quase ateu. Mas apenas na parte em que isso me fornece o pretexto para querer, ou pelo menos alimentar essa fé, a todo o instante apalpá-la...

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