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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

20
Set10

IMAGENS DE MARCA

shark

Sempre que alguém de quem gostei me desapontou com sinais evidentes do cariz postiço das suas alegadas emoções concedi oportunidades de sobra para se redimirem com um simples assomo de sinceridade que jamais utilizaria como arma de arremesso.

Essas oportunidades ofereço-as muitas vezes sob a forma de indirectas, de insistências cada vez mais claras num determinado aspecto que aos meus olhos desmascarou quem preferiu fazer de mim parvo em vez de aproveitar a minha capacidade de ultrapassar as questões com base nessa forma de redenção tão simples que é a frontalidade sem tretas. Até porque não sou um menino de coro eu próprio e há muito desisti da utopia da perfeição seja em quem for.

 

Apenas duas pessoas em toda a minha vida não quiseram agarrar essa opção e por isso ficarão para sempre aos meus olhos como indignas de terem partilhado fosse o que fosse de mim e o seu papel na minha vida resumir-se-à ao de exemplos concretos de tudo aquilo que sempre temi por parte de quem comigo se cruza no caminho.

 

E por inerência justificam a crescente cautela com que me vejo obrigado a gerir qualquer tipo de aproximação aos outros para me poupar ao somatório de desilusões recíprocas.

17
Set10

RENT-A-COACH

shark

O pateta que gere os destinos da Federação Portuguesa de Futebol lá anda por terras de Castela em busca do Salvador da Pátria em part-time, numa peregrinação (a perseguição de uma ideia peregrina) que, considerando o ridículo da coisa, deverá incluir também o pedido do direito de cedência do equipamento do Real Madrid para os próximos dois jogos da selecção nacional.

A ver se o Cristiano Ronaldo se baralha e assim...

15
Set10

A VIDA COMO ELA É

shark

Como consequência de ser um fracasso enquanto mercador tive no passado que pedir emprestado para garantir a manutenção da minha vida de cidadão integrado na sociedade (o que quer que isso signifique).

Contudo, no presente constato que liquidei sempre as minhas dívidas mas quando olho para o futuro não vejo portas onde bater em caso de aflição.

12
Set10

JUSTIÇA POPULAR

shark

A popularidade da justiça é muito grande a nível mediático, quase tão grande que já estranho não regressar o célebre programa da SIC com os julgamentos da treta.

E prova disso é o facto de que de tanto ouvir lavagens de imagem do condenado Carlos Cruz não tardo a baralhar-me e a exigir a condenação imediata das crianças da Casa Pia que (alegadamente, claro) abusaram do pobre coitado.

11
Set10

AMOR BATRÁQUIO

shark

Descuro num canto obscuro a memória abandonada de uma etapa desgraçada da existência que não me atormenta a consciência, renego sem hesitar a lembrança que quero evitar de um momento perdido no meio do tempo acumulado na cabeça ou noutro lado e percebo que vontade é esta, aproveitar o tempo que resta, que me move adiante numa ansiedade que é constante, a verdade perturbadora escondida na história desoladora, nesse canto desleixado da memória cuja chave há muito perdi num lugar que, de resto, esqueci pouco tempo depois de um mais um não serem dois e entretanto aquilo que foi passou a ser uma recordação que não dói no coração ou na mente concentrada na vida que quero gozada sem reticências, sem medo das incongruências que atraiçoam a confiança em tudo quanto se diz e fazem perder a esperança de se conseguir ser feliz.

 

Descubro numa esquina da vida o desmentir da oportunidade perdida que não o foi, a realidade sonhada que se vê concretizada num instante mágico, uma gargalhada, o sentido da vida tão cómico que em cada estrada desenha cruzamentos que são, afinal, intersecções de segmentos e é tão natural que as emoções se sobreponham nas almas que lutam pelas utopias que se sonham e por isso são tão reais como os factos que entendemos normais apenas por serem mais fáceis de produzir, fasquias que nos ensinam a baixar a um ponto sustentável que é tudo aquilo que acreditamos viável e, no fundo, não passam de ambições pequeninas que nos são impostas pelas vontades franzinas de quem se recusa a acreditar que é possível, basta lutar, ir um pouco mais além e tornar imbatível o poder do amor sobre a causa sofrível dos remediados que não se escondem desconsolados pela ausência de vitórias na sua existência de contadores de histórias que são mentiras piedosas para disfarçarem as atitudes medrosas com que enfrentam as paixões e os amores que ocultam nos bastidores de uma farsa qualquer.

 

Descuido no dia a dia a prudência dos que percorrem a linha da circunferência dos seus caminhos sem progressão, os ciclos viciosos que rejeito porque prefiro abrir o peito, o coração, e assumir, vertical, aquilo que aos outros parece mal à luz do efeito que invariavelmente se produz quando a sinceridade se impõe, a rejeição de que a sociedade dispõe para punir qualquer rumo traçado em linha recta que é algo que nunca se aceita de bom grado por ser foleiro para quem só vê pecado no que é verdadeiro em vez de camuflado numa amálgama de mentiras e de enganos, numa trama de pequenas traições e de planos mal elaborados que conduzem a desilusões quando desmascarados os piores actores de entre uma multidão clandestina.

 

Destruo, com esta regra que é a minha, a falsa benesse do sossego inquieto de quem tem a mania que é esperto mas recebo em troca uma paz de espírito colossal que resulta da escolha entre o bem e o mal representados na paleta das cores disponíveis nas decisões inadiáveis que qualquer dilema nos apresenta, o problema que nos confronta dobrado por si mesmo e pelo resultado das opções que aparentemente se multiplicam mas afinal se quantificam numa só, a que melhor desatar o nó na garganta e de nada adianta complicar com a piedade de uma omissão que é um gesto cobarde sem remissão por privar de escolhas quem tenha que as fazer, por muito que possa doer a f(r)actura exposta na ausência de uma resposta consentânea à vontade instantânea de fazer perguntas a mais.

 

Devolvo, em circunstâncias ideais, tudo aquilo de que possa privar quem corra o risco de me amar, com uma postura genuína e uma aposta total na rejeição de tudo quanto seja artificial no que respeita à emoção afirmada ou à expectativa criada quanto àquilo de que sou capaz e isso é mais do que muita gente faz quando opta pelo logro egoísta, a impunidade no topo da lista onde a seriedade nem chega sequer a constar.

 

Derroto, com esta forma de estar, os fantasmas nos armários, inexistentes, mais os medos permanentes associados à hipocrisia ou a uma relação de fantasia onde o príncipe só encanta até ao dia em que desponta o mais ínfimo traço do batráquio oculto pelos beijos mágicos, cada vez mais escassos, de um amor a espaços, tão difuso que algures se desvaneceu.

 

Uma paixão tão frívola e desnorteada que no meio do caminho se perdeu.

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