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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

30
Jun10

O ALJUBARRETE

shark

Imaginemos que ao D. Nuno Álvares Pereira tinha dado para em vez de rezar e depois fazer ele próprio o milagre com uma estratégia brilhante lhe dava para retirar do campo de batalha os seus mais briosos atacantes e alterado o plano ganhador, desmoralizando as suas tropas ao ponto de serem esmagadas como seria de prever.

Ou então, e para não elevarmos a fasquia a um ponto tão radical (proporcional ao desgosto que nos dão), imaginemos antes uma empresa na qual o chefe decide mandar para o desemprego precisamente o funcionário que mais rendimento e empenho exibe ao ponto de arrastar os colegas de trabalho nessa dinâmica ganhadora.

No futebol, um exemplo similar deu ontem o seleccionador nacional.

 

Perdemos e estamos todos com uma grande telha. Não apenas porque perdemos o jogo que podíamos ganhar nas calmas com o mesmo onze e a mesma disposição com que esmagámos os norte-coreanos, mas porque é nosso o maior fiasco do Mundial da África do Sul. Dá pelo nome de Cristiano Ronaldo e da sua participação no mesmo palco onde Messi, Villa e outros brilham fica a memória de bolas ao poste e de talvez o golo mais caricato e trapalhão do importante evento desportivo.

 

E fica também a ideia de que as vitórias (e as derrotas) constroem-se mais no balneário do que no relvado.

18
Jun10

TUDO NUMA NET, PERTO DE SI

shark

Os que procuram o conforto da integração num grupo qualquer.

Os que exibem a ingenuidade infantil dos sonhadores.

Os que abraçam a missão como algo de determinante e outros antes pelo contrário.

Os que actuam com a frieza e o pragmatismo dos distantes.

Os que se refugiam no silêncio.

Os que buscam desesperadamente comunicação.

Os que mandam.

Os que deixam.

Os que pensam pequeno.

Os que alardeiam enorme.

Os que desenvolvem afectos a partir do nada.

Os que em nada encontram emoção.

Os que desbaratam.

Os que aforram.

Os que treinam a ganância.

Os que fogem ao confronto.

Os que o promovem.

Os que sim.

Os que não.

 

Muitos talvez.

10
Jun10

CONTAS COMPLICADAS

shark

Se fizermos as contas nunca são muitas as pessoas que ao longo de uma vida nos amam ou são amadas por nós. Claro que depende de muitos factores, alguns tão aleatórios como o simples acaso de cruzarmos caminhos com este alguém e não com outra pessoa qualquer.

Sorte ou azar. É essa a primeira opção com que a existência nos confronta, sem nos dar muito a escolher.

A sorte de encontrarmos pessoas que nos amam e são amadas por nós.

Ou não.

 

São poucas, nem façam as contas para não desanimarem e para não chorarem os que ficaram por viver, os amores que nem chegaram a acontecer ou aqueles que deixamos extinguir de forma leviana, são mesmo poucas as pessoas que esbarram connosco e descobrem em nós algo de diferente, de especial.

É que a janela de oportunidade começa tarde e para a maioria acaba cedo demais ou nem chega a abrir-se de par em par. É assim que muita gente acaba por se instalar numa relação morna mas duradoura ou opta pela solidão. É o azar de aparecer sempre a pessoa errada ou nem chegar a surgir alguém digno de nos merecer o amor que queremos oferecer e receber em troca.

São poucas as pessoas capazes de nos acelerarem o coração, de nos prenderem a atenção como focos de luz no meio de uma madrugada sem luar.

 

Contudo, as pessoas, todos nós, acabam por não agarrar as oportunidades que surgem. Deixamo-las escapar por entre os dedos no meio do fino pó de um capricho ou de uma birra qualquer, como se não fizesse falta um amor quando é possível substituí-lo, em teoria, por imensas e excitantes presenças que só trazem o que uma relação oferece de melhor. Tudo menos o amor, claro, mas esse já o assumimos dispensável quando dele abdicamos por não querermos ou não sabermos como lutar.

Ou apenas porque desaprendemos de amar, também é capaz...

 

E nem quando fazemos as tais contas percebemos a dimensão da falta que essa emoção nos faz.

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