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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

25
Jun09

DOMVS INSTITVAE

shark

O Provedor da Justiça anterior deu à sola depois de esperar ao longo de meses que o substituíssem. O seu possível sucessor mais badalado desistiu de aguardar por um consenso entre PS e PSD. O Bastonário da Ordem anda sob fogo cruzado das virgens ofendidas da sua classe por meter a boca no trombone.

E dos juizes, desde o caso da menina que despacharam para a Rússia, nem piam.

 

É impressão minha ou instalou-se a bagunça nos bastidores da coisa?

24
Jun09

KEEP IT SIMPLE

shark

O ponto alto da minha manhã deste dia foi uma reunião com o meu melhor cliente, o que sempre torna qualquer reunião determinante e quase decisiva para mim. E não estou a exagerar: a perda daquela empresa teria como consequência inevitável uma profunda mudança no meu estilo de vida.

 

Nem sempre decorreram de forma agradável as reuniões periódicas de acerto das agulhas que um relacionamento comercial frequente implicam. Contudo, a de hoje provou-me até que ponto o sucesso está ligado à atitude, mais até do que com a eficiência.

Na prática acaba por ser uma questão de atitude. À minha evidente descontracção (não tenho veia de actor, era mesmo o caso) correspondeu de imediato uma reacção menos tensa e muito mais informal por parte das outras três pessoas na sala.

Descontracção não equivale necessariamente a balda e tudo passa pela confiança que conseguimos transmitir, a par com a bagagem necessária para nos provarmos capazes para a função. E se eu fosse atrás do receio instintivo de que algo pudesse correr mal, certamente correria. É fatal como o destino.

Assim, a reunião resultou clara e profícua para as partes interessadas.

 

Tudo isto para vos dizer que a vida só não é fácil porque a complicamos (exceptuando as fatalidades imprevistas que nos aterram no prato da sopa, claro) e no que toca a relações comerciais (que são relações humanas na mesma) as pessoas começam a estar saturadas do excesso de formalidade que num contexto de crise financeira só serve para atrapalhar com fatos e gravatas o roupeiro e o mealheiro de uma pessoa. Isso mais o próprio tom com que as conversas podem decorrer, em função das nossas escolhas nessa matéria.

Ganho a vida como comercial e possuo uns anos de tarimba nesta coisa de lidar com pessoas. Se alguma coisa aprendi foi que nas épocas mais complicadas preferimos lidar com as coisas de uma forma mais simples, mais directa e sem mariquices supérfluas ou desnecessárias.

 

E hoje partilho convosco a alegria da renovação da minha ligação comercial mais importante precisamente para que tenham sempre em conta esta alternativa nas vossas decisões de relacionamento com terceiros, qualquer que seja o seu âmbito ou natureza. Mal não faz e até pode ser que os resultados vos surpreendam.

24
Jun09

A POSTA RED BULL

shark

Vontade de voar. De subir sem parar até ao ponto do céu onde nem passam os aviões, estratosfera ou ainda mais, sem fôlego perante a imagem azul do nosso espaço comum.

Vontade de me elevar até onde o mundo pare de respirar, mesmo antes do espaço que as estrelas enfeitam de luz. Lá em cima, bem alto, lá em cima onde não existe o som, na fronteira entre o espaço que sonhei um dia conhecer e falhei e um outro espaço no qual concretizei os desejos que me inspiraram os beijos teus.

 

A realidade tangível na ponta dos meus dedos e as asas dos meus medos que partiram quando o amor se impôs sem apelo nem agravo e com ele esta vontade de voar, de subir sem parar, dentro de ti, até ao ponto do espaço, o ponto no tempo, em que uma estrela explodiu, o teu orgasmo, e o espaço negro e vazio se iluminou em todas as cores que o universo conseguiu inventar.

O brilho nesse olhar que me sorri quando aproximo de ti a mão que passeia nesse rosto que o destino escolheu para me encantar, algures no céu onde dizem morar os divinos artesãos que moldam com as suas mãos as mais perfeitas criaturas, tão belas, tão puras, que só os eleitos conseguem entender únicas e especiais.

 

Vontade de amar, cada vez mais. De sentir sem parar a emoção. De poder passear a minha mão na aura da terra e depois aterrar para lhe poder tocar a pele, a tua, a pele que sentiu, e nascerem flores como sinais indisfarçáveis de um imenso arrepio.

 

23
Jun09

A POSTA SEM REDE

shark

É raro escrever directamente no editor de um blogue. Escrevo quase sempre em Word (agora andam a chatear-me com o código do produto e mai não sei o quê da treta do Office que vinha metido no computador que comprei e só tenho mais 23 utilizações até me cortarem o pio e por isso mais vale habituar-me a isto), para evitar calinadas foleiras ou apenas para ter que premir mais do que o simples botão "publicar" e assim ter algum tempo para me arrepender de o fazer.

Mas hoje estou a escrever directamente na folha branca que o Sapo nos oferece para criar algo de jeito ou apenas para debocharmos com umas larachas. Sai como sair e nem sequer tem um mote pensado. É um risco calculado, em função da cada vez mais flagrante certeza de que tanto faz.

 

Isto da blogosfera tem tanto de magnífico como de bestial (de besta mesmo). Podemos acertar na mouche com uma frase da treta ou ficarmos a falar sozinhos com aquela posta em que investimos montes de nós para o texto ficar a sós no oblívio que o jogo do empurra das postas mais recentes provoca. As outras, magníficas ou bestiais, descem até desaparecerem no pó dos arquivos que só uma minoria daquelas mesmo minoritárias decide vasculhar.

Por isso acabamos por nunca saber o que interessa dizer. Who cares? Perguntamo-nos isso de cada vez que arriscamos uma incursão pelo mundo do showbiz virtual gratuito.

So what? Julgamos perguntarem os que do outro lado do fio levam com as criações ou as larachas de cada um dos artistas da (de) tanga.

E nesta salada de interrogações anglófonas encontramos as pontas afiadas deste dilema de mostrarmos tantas vezes o cu (ou a mona, o que é bem pior) sem nada que o justifique ou remunere (sim, em certas coisas sou uma puta mental), a quem até pode olhar e ver apenas o cotovelo ou, em alternativa, a pila que nem nos passaria pela cabeça mostrar.

 

São coisas sem nexo, próprias de quem bloga demais, e só servem para dificultar a nobre missão de encontrar em cada dia um motivo decente para entreter as pessoas.

 

Eu ando nessa fase cíclica de qualquer pessoa que bloga demais e que ainda por cima tenta encontrar um sentido para a cena.

 

Não criem demasiadas expectativas nesta fase da lua. O tubarão já conheceu melhores dias...

 

22
Jun09

A POSTA QUE FALAMOS DAQUI A VINTE ANOS, TALVEZ MENOS...

shark

Ele entendeu que no seu país a escolaridade deveria ser obrigatória até aos 14 anos. Note-se, até aos 14 anos e não até a um qualquer ano lectivo. Ou seja, não há passagens de ano “obrigatórias” e quem chumba marca passo. Mas ele não fez depender o cumprimento dessa lei com base numa chantagem com rendimentos mínimos. Se impunha tal obrigatoriedade, o ensino teria que ser gratuito para todos.

E mais, certificou-se que o sistema de ensino iria garantir que a maior parte da população do seu país iria dominar três idiomas.

A crise aterrou no país dele com o impacto típico dos países dependentes das receitas do turismo provindo de países agora menos abastados. Contrariou-a com uma política de incentivo às empresas de contrução civil para que investissem na construção de bairros decentes mas a custos controlados para que a classe média possa adquirir uma casa e pagá-la num prazo máximo de dezoito anos. E forçou uma maior adaptação das pessoas a hábitos estranhos à sua essência, à sua cultura, no sentido de tornar menos visíveis as diferenças entre o seu país e os dos que tanto contribuem para a sua subsistência, para tornar tudo ainda mais acolhedor e apelativo.

 

Sob enorme pressão que a própria conjuntura externa e uma vizinhança menos tranquila impõe, conseguiu controlar o desenvolvimento de ideologias fundamentalistas e criou as condições necessárias para que num país pobre e parco em recursos e onde metade da população tem menos de 25 anos de idade as pessoas possam efectivamente optar pelo modo de vida que mais as sirva, em termos religiosos ou sociais. A tolerância vê-se nas ruas, espelhada na diversidade de opções. Cada cidadão escolhe a forma de estar que melhor veste a sua convicção ou mesmo a sua fé.

Os seus súbditos não escondem a admiração e a reverência, nada ingratos para com o desempenho do líder que lhes tocou na roleta hereditária, e quase todos os espaços públicos ostentam uma foto do jovem monarca que gere os seus destinos desde a morte do pai.

Pela forma como o falam trata-se de uma homenagem e não de uma obrigação como a sintam.

 

Agora tem em mente alargar as redes rodoviárias e ferroviárias por forma a corrigir o erro da França colonialista que abandonou à sua sorte todo o sul do país, por nele predominar o solo infértil. Um desafio sério para uma nação pobre, mas que já se nota na construção de autoestradas e no melhoramento das vias existentes. Uma economia também se mantém activa dessa forma, transmitindo ao mesmo tempo o sinal de que os desníveis entre regiões de um mesmo reino não interessam por serem focos de instabilidade que a desigualdade de tratamento sempre induz.

 

Essa foi a realidade que me foi dada a observar nestes últimos dias, num país chamado Marrocos onde reina um tal de Mohamed VI e que tanto impressiona pela negativa os burgueses ocidentais, nomeadamente os portugueses, que já esqueceram o seu passado recente em matéria de salubridade e de higiene pública.

 

Por cá, já sei que a nação anda entretida a debater a mudança de personalidade (ou será de penteado?) do Primeiro-Ministro ou lá o que é…

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