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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

06
Nov12

A posta nas ideias brilhantes e nas fontes luminosas

shark

Recebi, entre uns quantos forwards, um email (sem autoria identificada) com o sugestivo título de Aos poucos tudo se sabe a informar que o líder do PS, António José Seguro, e passo a citar, foi um dos professores (da Universidade Lusófona) que ASSINOU a Licenciatura do dr. Miguel Relvas.

Costumo ignorar este tipo de mensagens sem proveniência clara mas esta prendeu a minha atenção, acima de tudo pelo facto de me cheirar a esturro em matéria de motivações.

Decidi então averiguar a proveniência dessa “notícia”, ou pelo menos a respectiva fonte de inspiração ou de “legitimação”. Segui-lhe o rasto e depois foi fácil dar com o resto.

 

Isto é um blogue. Nos termos da liberdade de expressão que tanto valorizo, e acautelando a hipótese de uma acusação por difamação ou por violação do direito de autor, posso publicar o que me der na telha. Suspeitas, teorias da conspiração, tudo me é permitido porque não tenho obrigações éticas ou legais nem mesmo qualquer compromisso com a verdade dos factos porque isto não é um órgão de Comunicação Social.

O meu grau de responsabilidade é por isso diminuto e essa realidade aplica-se também aos blogues ditos sérios ou de referência, embora a exigência de credibilidade aumente nas expectativas dos leitores.

 

Contudo, ao encontrar a fonte primária da informação não acreditei que proviesse dali a “legitimação” para o tal email e isto precisamente porque as páginas pessoais do Facebook têm um estatuto semelhante aos blogues enquanto fontes fidedignas de informação. Os boatos, nomeadamente os que podem fazer a diferença em matérias relevantes, carecem sempre de algum tipo de fundamento (por exemplo, a lógica do só ouvi dizer mas foi da boca de alguém acima de qualquer suspeita) e o deste email em concreto encontrei-o aqui, num jornal dito sério e de referência.

 

As fontes mais seguras para meter água

 

Sou do tempo em que os chefes de redacção davam uma vista de olhos em tudo o que havia por publicar, precisamente para garantirem a credibilidade da publicação cujo compromisso com a verdade andava sempre braços dados com a responsabilidade inerente à divulgação (e consequente amplificação) de quaisquer factos.

Era essa a diferença entre um jornal e um pasquim e deveria ser nesta altura a distinção entre um periódico de expansão nacional e um blogue como o meu.

Porém, o jovem cronista citou algo que encontrou na net sem verificar a respectiva autenticidade. Na prática ouviu dizer e bastou-lhe a credibilidade do suposto estatuto de professor universitário do cidadão que lançou a atoarda no seu espaço virtual para o considerar digno de citação num jornal e sem que alguém tivesse, espero que apenas por incúria, forçado a verificação de autenticidade da informação ali contida.

 

A partir daí, e porque um jornal ainda é uma coisa séria, a “notícia” começou a espalhar-se pela blogosfera, tanto nos posts ingénuos ou mal intencionados como nas caixas de comentários (com recurso ao decalque do email que dá origem a este lençol) e a mentira repetida começou a ganhar contornos de verdade insofismável.

O boato ganhou pernas para andar e não faltarão interessados em vê-lo correr a galope pelo terreno fértil da difamação da classe política tão do agrado popular e mesmo, veja-se o exemplo de Sócrates gatuno, corrupto, gay e mais uma data de verdades forjadas que nem a Justiça conseguiu confirmar, dos interesses político-partidários mais obscuros.

 

Uma verdade inconveniente?

 

Agora vamos aos factos e arrumemos a questão:

 

António José Seguro, um fulano que não aprecio e no qual jamais votarei, nunca frequentou a Universidade Lusófona como aluno ou como professor, mas sim a Universidade Autónoma. E mesmo nesta não pertencia ao Conselho Científico pelo que nem ali poderia assinar licenciaturas seja a quem for.

 

Isto é um blogue e eu não sou jornalista, não tenho qualquer dever de apurar factos com rigor e de os descrever com imparcialidade e isenção.

Mas bastaram-me dois telefonemas para validar esta informação.

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