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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

22
Jun09

A POSTA QUE FALAMOS DAQUI A VINTE ANOS, TALVEZ MENOS...

shark

Ele entendeu que no seu país a escolaridade deveria ser obrigatória até aos 14 anos. Note-se, até aos 14 anos e não até a um qualquer ano lectivo. Ou seja, não há passagens de ano “obrigatórias” e quem chumba marca passo. Mas ele não fez depender o cumprimento dessa lei com base numa chantagem com rendimentos mínimos. Se impunha tal obrigatoriedade, o ensino teria que ser gratuito para todos.

E mais, certificou-se que o sistema de ensino iria garantir que a maior parte da população do seu país iria dominar três idiomas.

A crise aterrou no país dele com o impacto típico dos países dependentes das receitas do turismo provindo de países agora menos abastados. Contrariou-a com uma política de incentivo às empresas de contrução civil para que investissem na construção de bairros decentes mas a custos controlados para que a classe média possa adquirir uma casa e pagá-la num prazo máximo de dezoito anos. E forçou uma maior adaptação das pessoas a hábitos estranhos à sua essência, à sua cultura, no sentido de tornar menos visíveis as diferenças entre o seu país e os dos que tanto contribuem para a sua subsistência, para tornar tudo ainda mais acolhedor e apelativo.

 

Sob enorme pressão que a própria conjuntura externa e uma vizinhança menos tranquila impõe, conseguiu controlar o desenvolvimento de ideologias fundamentalistas e criou as condições necessárias para que num país pobre e parco em recursos e onde metade da população tem menos de 25 anos de idade as pessoas possam efectivamente optar pelo modo de vida que mais as sirva, em termos religiosos ou sociais. A tolerância vê-se nas ruas, espelhada na diversidade de opções. Cada cidadão escolhe a forma de estar que melhor veste a sua convicção ou mesmo a sua fé.

Os seus súbditos não escondem a admiração e a reverência, nada ingratos para com o desempenho do líder que lhes tocou na roleta hereditária, e quase todos os espaços públicos ostentam uma foto do jovem monarca que gere os seus destinos desde a morte do pai.

Pela forma como o falam trata-se de uma homenagem e não de uma obrigação como a sintam.

 

Agora tem em mente alargar as redes rodoviárias e ferroviárias por forma a corrigir o erro da França colonialista que abandonou à sua sorte todo o sul do país, por nele predominar o solo infértil. Um desafio sério para uma nação pobre, mas que já se nota na construção de autoestradas e no melhoramento das vias existentes. Uma economia também se mantém activa dessa forma, transmitindo ao mesmo tempo o sinal de que os desníveis entre regiões de um mesmo reino não interessam por serem focos de instabilidade que a desigualdade de tratamento sempre induz.

 

Essa foi a realidade que me foi dada a observar nestes últimos dias, num país chamado Marrocos onde reina um tal de Mohamed VI e que tanto impressiona pela negativa os burgueses ocidentais, nomeadamente os portugueses, que já esqueceram o seu passado recente em matéria de salubridade e de higiene pública.

 

Por cá, já sei que a nação anda entretida a debater a mudança de personalidade (ou será de penteado?) do Primeiro-Ministro ou lá o que é…

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